Epílogo

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(37 semanas depois)

Os gritos guturais ecoam por todas a casa.

"Ainda bem que levou as crianças Penelope." Lucifer estava numa pilha de nervos e não estar ao lado da Chloe neste momento era terrível.

Ela estava lá sem ele. "Prefiro que espere lá fora." Disse a parteira e o médico para ele.

"De nada querido. Senta-te e tenta relaxar um pouco. O bebé vai estar aqui em breve." Diz-lhe Penelope, mas ele não conseguiu parar de andar de um lado para o outro.

"É muito difícil. Ela parece ter tanta dor."

"Não é fácil, mas ela é forte e vai conseguir."

"Ela já lá está há 2 horas." Diz ele impotente. "E se acontece alguma coisa?"

"Não penses assim."

Os gritos e gemidos pararam um pouco e um choro encheu a casa. Está aqui! Ele corre escada acima à espera que abram a porta.

O choro de bebé tinha parado. Podia ouvir as vozes claramente.

Continue a puxar Chloe!

Não consigo.

Puxe! AGORA!

Chloe gritou novamente.

"Lucifer? O que se passa?" Pergunta Penelope atrás dele.

"Eu acho que ouvi um bebé, mas estão a pedir para a Chloe continuar a puxar." Penelope colocou a mão no seu ombro.

"Pode ter sido outra coisa... a imaginação pode pregar-nos partidas."

Antes de voltar um choro de bebé volta a suar. "Isto não é a minha imaginação."

Muito bem Chloe! Está aqui! Descansa um pouco!

O Lucifer?

Ele vai estar aqui em breve.

"Porque estão a demorar tanto?"

"Devem estar a limpar o bebé e tudo primeiro." Diz Penelope.

"Posso entrar?" Pergunta-lhe.

"É melhor esperar alguém sair."

"Sr. Morningstar?" A enfermeira sai com um bebé nos braços. "Conheça as suas filhas."

"Filhas?"

"Sim. Duas gémeas lindas." Ela deixa-o pegar na bebé.

Lucifer e Penelope estavam chocados. Então não foi a minha imaginação. Afinal são dois bebés e não apenas um. "A Chloe está bem? Posso vê-la?" Ele não pode imaginar a dor que deve ter sido trazer aqueles pequenos anjos ao mundo.

"A parteira está quase a terminar, ela está bem. Eu já volto com a outra bebé." Ela volta a entrar no quarto.

"Eu não acredito, ela é muito perfeita Lucifer. Duas meninas... que milagre. Posso pegar?" Pergunta Penelope. Ela pega nela com cuidado. "Ela é muito pequena. Ela faz-me lembrar a Chloe, mas tem muitas semelhanças contigo."

A enfermeira volta a sair do quarto com a menina. "A sua segunda filha e a mais nova." Diz ela com um sorriso. "As duas muito saudáveis. Parabéns!" Lucifer pega na menina. "A Chloe está a recuperar bem, o médico está quase a acabar." Ela entra novamente.

"Elas são muito bonitas." Ele beija a testa da pequena filha com um sorriso aguado. Um cheiro delicioso a bebé enche as suas narinas. Ele seria muito viciando nelas, iria protegê-las de tudo. Amo-as!

"Podem entrar agora." Diz a enfermeira alguns minutos depois.

Chloe estava deitada confortavelmente, parecia exausta demais para se mover. "Como estás amor?" Ele beija-lhe a testa depois de se sentar ao lado dela.

"Melhor agora... não sei. Cansada, mas aliviada." Diz ela.

"A Chloe fez um ótimo trabalho." Diz a parteira.

"Tudo está terminado, voltarei mais tarde para ver se está tudo bem." Diz o médico antes de sair com as restantes senhoras.

"Meus Deus! Gémeas! Já escolheram nomes?" Pergunta a mãe da Chloe.

"Sim, os nomes estão escolhidos." Diz a Chloe.

"Aurora Claire Morningstar e Elizabeth Penelope Morningstar. Dois anjos." Diz Lucifer.

~oOo~

(3 anos depois)

Início das férias de verão, o Mike e o Jacob, foram para a cidade passar duas semanas com a Charlotte, a Claire e o Amenadiel. As três meninas ficaram em casa com o casal, mas Penelope insistiu em ter algumas tardes com elas para se distrair um pouco. A mãe da Chloe já não conseguia fazer grandes trabalhos por problemas de saúde, então começou a gerir o novo negócio de família. Chloe e o Lucifer decidiram começar o cultivo no vasto campo atrás da casa. O negócio estava a ir muito bem e já eram fornecedores de vários mercados nas redondezas dando emprego a muita gente das povoações vizinhas.

"Obrigada por ficares com elas mãe."

"De nada eu adoro ter as minhas netinhas para uma tarde de brincar. Tu e o Lucifer podem ter algum tempo para relaxar."

"Eu vou andando o Lucifer vai chegar em breve da escola. Até logo!"

"Até logo querida."

~oOo~

Lucifer ainda não estava em casa quando Chloe chegou. Ela pegou o avental e começar a limpar a casa... cada dia que passava sentia que não podia continuar a fazer tudo sozinha. Cuidar de 4 crianças, uma casa, mais os negócios com os fornecedores e o Lucifer que conseguia ser mais dependente dela do que as crianças quando queria.

O Lucifer já lhe tinha proposto encontrar alguém para a ajudar em casa, mas deixou sempre passar e continuar acomodada na mesma situação. Não sobrava muito tempo livre e ela sentia-se descuidar. Chloe queria voltar ao início da relação quando tinham muito tempo, ter mais tempo e quem sabe mais filhos com ele, mas parecia impossível.

"Não sabes o que esse avental me faz." Lucifer sussurra ao seu ouvido e ela assusta-se.

"Importas-te de não me assustar?" Diz para o Lucifer. O Abel que estava deitado no chão ao seu lado olhou para eles. "Podias ter-me avisado." Ele voltou a fechar os olhos.

Lucifer sorri. "A reunião correu bem?" Chloe pergunta-lhe.

"Sim, mas estou melhor agora." Ele pega-lhe pela cintura. "Onde estão as meninas?"

"Com a minha mãe, tenho de ir buscá-las mais tarde."

"Isso dá-nos muito tempo." Ele levanta-a sobre a mesa.

"O que estás a fazer?" Ele beija-a em resposta e passou as mãos em todos os seus pontos mais sensíveis.

"Hoje estás muito bonita... eu sei que pode ser estranho, mas..." Ele parecia um pouco constrangido com algo.

"O quê?"

"Eu acho muito sexy quando tens o avental."

"A sério?" Pergunta-lhe e ele dá-lhe um sorriso tímido. "Eu tenho de admitir que também tenho um fraquinho por professores bonitos de colete. Ou melhor... apenas um professor muito específico de colete." Ela dá-lhe outro beijo muito apaixonado.

Poucos minutos depois tanto o avental como o colete dele estavam no chão do quarto e o casal plenamente feliz junto. A cada beijo ela lembra-se da dificuldade, mas também da felicidade das escolhas que fizeram. Uma empregada e o patrão não era para dar certo, mas chegaram ali juntos.

Não podia ser melhor!

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