X

153 9 8
                                    

      "As impressionantes estatísticas sobre os crimes de homicídios no Brasil colocam o país numa encruzilhada frente ao processo civilizatório. Tanto do ponto de vista político quanto moral, é constrangedor conviver com números absolutos que, no correr desta segunda década do milênio, aproximam-se de 60 mil casos anuais. Em taxas percentuais, figuramos, a cada levantamento, em posição sempre próxima do 10° pior lugar entre as nações do planeta."

Narrador

Juliette e Sarah estavam vivendo em uma bolha social onde as únicas vezes que saiam do apartamento da morena era para pegar comida.

Sarah aproveitou seus dias de folgas acumuladas para passar aqueles dias com a morena que ainda estava traumatizada com todo o lance da boate.

Juliette recusava todo e qualquer tipo de interação com Bil, já havia se passado quase um mês desde o incidente.

A aproximação das duas era muito além de física, elas aproveitavam a companhia uma da outra, isso as deixavam leves.

Música on— Feels like This—Maisie Peters.

Juliette

–Você acha que isso tudo que tá rolando é perigoso? – Falei enquanto fazia círculos nas costas da loira.

Depende, do que você está falando exatamente? – Os olhos verdes confusos me encarando.

De tudo, do Bil, da boate, de nósSentir meu rosto corar ao perguntar.

Não posso mentir para você, e dizer que não é perigoso, porque é, estamos em lados opostos, você está o defendendo publicamente, e eu estou o investigando, mas...– A pausa da loira me causava calafrios.

Mas, eu estou aqui, nada vai acontecer com você, aquela noite foi um pesadelo, eu sei. Mas estou aqui e você está segura. E sobre nós, acho que só podemos deixar acontecer, para sabermos, não podemos acelerar o futuro, e muito menos mudar o passado, mas podemos viver o aqui, o agora. E agora senhorita Freire, eu gostaria de beijá-la novamente. – As palavras dela eram gentis e com um toque sutil de malicia, eu poderia beijar aquela garota por horas a fio.

Então me beije enquanto o presente for nosso único futuro. – Falei antes de colar meus lábios nos dela.

 A tarde se arrastou com risadas e beijos roubados, apesar do medo do que poderia acontecer quando decidíssemos encarar a realidade por fora daquela porta, tínhamos o aqui e o agora como ela havia falado.

Sabe o que eu estava pensando? – Sarah me arranca dos meus pensamentos, sentando-se no meu colo com uma perna de cada lado.

Em que senhorita Andrade? – Sorrio ao sentir ela depositar beijos em meu pescoço.

A gente poderia aproveitar esses dias que terei livre e irmos para Petrópolis, o que você acha? Minha família tem uma casa lá que fica fechada, acho que essa seria uma ótima oportunidade para você espairecer um pouco e sair do seu apartamento. – Ela diz olhando em meus olhos com uma carinha esperançosa.

Penso no assunto e meu semblante muda ao pensar na boate e em tudo o que aconteceu.

Você estará segura, prometo. – Fala segurando meu rosto ao notar a minha insegurança.

LEI DA ATRAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora