III

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Juliette Freire

Havia acabado de chegar em meu apartamento, tirei os Scarpin pretos e me direcionei para o banheiro, o dia tinha sido totalmente agitado, não esperava que plena segunda-feira pudesse acontecer tantas coisas, coloquei a banheira para encher, dei play na minha playlist no Spotify, eu apenas precisava relaxar um pouco, eu tinha trabalho o suficiente para a semana inteira.

Puxei lentamente o zíper da minha saia social branca e joguei em cima da cama enquanto terminava de tirar o blazer, me direcionei para o banheiro colocando algumas gotas de óleo e sais na água, os paredes de mármore branco ecoava a voz sexy e suave na música First de SoMo, tirei minha lingerie de renda negra e me direcionei a banheira.

Me peguei pensando em tudo o que tinha rolado todo o dia, e os olhos verdes e tão cheio de ódio da loira passou em vislumbre por minha mente, existia algo nela que mexeu comigo, ela tinha um mistério, toda aquela raiva dela me fazia ficar curiosa sobre o passado, porque ela tava tão disposta a manter o Bil preso? E porque alguém havia tentando mata-la? Claro, ela era uma policial e isso já era motivo o suficiente para colecionar inimigos por todo o Rio de Janeiro, mas não podia ser coincidência tudo aquilo, algo nela tinha instigado a minha curiosidade, e sentia que precisava descobri.

Sair da banheira pegando o roupão que estava em cima da cadeira, juntamente com meu celular, precisava de algumas informações, queria poder resolver o quanto antes toda essa bagunça que o Bil se encontrava, me joguei na king dizer fitando a parede preta a minha frente e novamente pensei na loira.

-Ai aí Juliette, porque tão interessada?-Suspirei profundamente, com aquele pensamento.

Fui até o closet e peguei uma camisa preta com uma estampa do Arctic Mokeys e uma calcinha de renda vermelha, e voltei para a cama agora com o notebook em mãos, procurando saber mais sobre tudo o que estava ainda por vim.

Acordei 2h da manhã assustada com a tv ligada, eu havia cochilado em cima dos papéis a quais eu havia pegado para ler, eu ainda não tinha chegado em lugar nenhum, não existia nem mesmo um caminho pelo qual seguir, foi quando eu lembrei que o Arthur teria puxado tudo sobre a Sarah para o Bil, e então liguei para ele para pedi uma cópia de tudo.

-Arthur? Boa noite, eu queria saber se você ainda tem os dados da Sarah Andrade, e se poderia me enviar o que descobriu por email. -Falei enquanto caminhava até a cozinha atrás de algo para beber.

-Oi Ju, tenho sim, já te envio, só alguns minutos.-O loiro falava gritando, aparentemente ele ainda estava em alguma das boates do Bil.

Apesar de estar a 3 anos na cidade, poucas vezes eu frequentei alguma das boates, a música alta e a falta de noção de todas aquelas pessoas não me era atrativo. Meu notebook notificou a chegada de mais um email, e eu voltei para o quarto com uma taça de vinho em mãos. Era do Arthur como esperado, e um arrepio percorreu por toda a minha espinha.

Sarah da Costa Andrade, nascida em 22 de junho de 1991, nascida em Brasília, se mudou para o Rio de janeiro ainda pequena com sua mãe, não existe registro do pai na certidão de nascimento. Alguns fatos me chamaram muita atenção, não ela somente ela ter só 29 anos e ocupar um cargo tão alto na corporação, mas porque consta que morou em Los Angeles mas não existe nenhuma informação sobre, é como se tivesse sido apagada toda a vida dela lá, voltou para o Rio em 2010 para o funeral da mãe, uma policial militar morta em combate. Existe poucas coisas sobre relacionamentos, ou algo sobre amigos, consta somente que além de policial a mesma ainda prática box e muay thai.

-Alguem é bastante dedicada no que faz, em carreira nunca errou um alvo.- Aquela informação além de assustadora era extremamente sexy.

Sobre a morte da mãe, apenas diz que estava em linha de frente pela pacificação do morro do alemão, quando foi atingida brutalmente por um tiro de fuzil na cabeça, caindo sem vida instantâneamente.

LEI DA ATRAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora