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Capitulo 5

Juliette Freire

O porteiro acabará de interfonar avisando que uma loira de pouco mais de 1,70 de altura estava na entrada esperando minha autorização para subir.

Após relutar alguns segundos por causa do maldito sonho, eu atendi a notificação, agradecendo o seu Alfredo, um senhor de meia idade, que foi muito acolhedor quando eu cheguei no Rio, tinha um carinho enorme por ele e por todas as vezes que me salvou quando eu esqueci nos primeiros meses a chave em cima do balcão, ele me contou algumas vezes a historia dele de como foi deixar Portugal e vir para o Rio de Janeiro ainda em tempo de ditadura... Fui tirada dos meus pensamentos por batidas suaves na porta.

-- Boa noite. -Ela disse suavemente, por Deus, ela estava deslumbrante, espantei ao vê-la fora da farda policial. Mas também o que eu esperava? Que ela não tirasse aquilo nunca?

Sarah estava usando saltos pretos com amarrações em seus tornozelos, estava vestida em uma calça de jeans preto que se moldava perfeitamente em suas pernas, e usava uma maldita camiseta branca.

Seus cabelos loiros soltos me surpreendeu um pouco, e apesar de muito bem maquiada, o corte acima da sua sobrancelha me chamou atenção, lembrei do que havia ocorrido com ela à alguns dias atrás. Em suas mãos se encontrava uma garrafa de vinho que pude notar ser francês.

-- Entre. - Disse um pouco ainda atordoada.

-- Obrigada. - Ela disse com um pequeno sorriso nos lábios me entregando a garrafa.

Ao passar por mim pude notar a fragrância do seu perfume invadindo todo o ambiente, de cítrico adocicado com toques amadeirado, era marcante, assim como ela.

A segui até o sofá de couro branco na sala e pedi para sentar enquanto buscava duas taças para tomarmos o vinho. Eu não esperava que ela fosse tão educada, ela costuma ter aquela cara de poucos amigos e aquele mau humor a cercando, ela estava descontraída leve de uma forma ao ponto de ser angelical.

Ao voltar pra sala pude a encontrar com o celular na mão distraída.

-- Podemos começar quando quiser Srt Freire. - Falou tranquilamente ao colocar o celular na mesa a sua frente.

-- Acredito que possa me chamar de Juliette, como eu disse não é nada oficial o que vamos falar, é apenas algumas dúvidas. - Falei ao entregar a taça meio cheia para ela.

-- Bom se é para tratarmos pelo primeiro nome, você pode me chamar somente de Sarah. - Sorriu gentilmente.

Já havia horas que estávamos ali conversando sobre todo o caso e ela respondia com toda atenção as minhas dúvidas, já tínhamos secado meia garrafa do vinho, quando paramos de falar sobre o caso e começamos a falar sobre outros assuntos, riamos sem parar, quando por infelicidade do destino acabei esbarrando na taça de vinho que ela segurava e acabei manchando toda a camisa branca e meu tapete.

- Meu Deus Sarah, desculpa. -Disse envergonhada e levantando rapidamente. - Tira a camisa que se a gente lavar agora eu consigo salvar ainda.- A fitei nervosa.

- Tá tudo bem, não se preocupe com isso.- Ela sorriu tentando amenizar a situação.

-Eu insisto.-Falei me levantando.

Ela levantou, nossos corpos a centímetros de distância, e depois de notar o que ela iria fazer me questionei porque eu tive essa ideia mesmo, ela foi desabotoando os botões em minha frente e deixou a camisa manchada cair por seus ombros, mostrando sua lingerie bordô rendada a mostra, parecia até piada ser aquela cor.

LEI DA ATRAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora