Extra 7 - Desabando

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O bar no qual Huang Tuo e Shi entraram estava cheio

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O bar no qual Huang Tuo e Shi entraram estava cheio. Luzes estroboscópicas deixaram o empresário zonzo antes mesmo de começar a beber, havia um odor forte de álcool e suor misturados ao nauseante ar condicionado com gelo seco. Mal havia entrado e Shi já desejou ardentemente ir embora, não conseguia acreditar que o amigo era mesmo adepto daquele tipo de lugar, apenas não combinava com ele, o médico era o tipo que compartilhava vinho com a namorada em um quarto e não o tipo que ia para a balada com música alta, luzes caleidoscópicas e clima claustrofóbico.

Percebendo a expressão pouco animada do amigo, Huang Tuo passou o braço pelos seus ombros e o guiou para uma mesa na ala reservada onde não seriam incomodados por nenhuma garota em busca de diversão ou caras bêbados querendo briga gratuita. Um garçom os guiou pelo bar entre as mesas do centro cheias de mulheres com vestidos curtos e copos cheios, mais ao fundo do imenso espaço, havia várias mesas enfileiradas no meio de sofás de couro preto, divisórias altas tornavam-nas particulares não permitindo a mesa ao lado ver seus componentes, mas dando ampla vista a todo o bar. No meio daquele barulho infernal, Shi desconfiava que sequer conseguiriam conversar como parecia ser o propósito do médico.

— Então, como se sente? — Perguntou Huang Tuo quando se sentaram.

— Prefiro não responder. — Resmungou. — Me lembre de não aceitar seus próximos convites para sair.

Aya, pirralho, não aja como um velho ranzinza. — Riu o outro. — Você precisa de calor humano, ver pessoas e sair um pouco daquele seu mundo melancólico.

Shi não respondeu e deixou que o médico fizesse o pedido quando o garçom quis saber o que queriam. Ele não costumava beber nada além dos vinhos e champanhes sociais em eventos de negócios e jantares de família, nunca passava de uma taça porque não via qualquer prazer ou mesmo graça em embebedar-se. Além disso, conhecia seu limite alcóolico, mas sentia-se tão deprimido naquele dia que virou as costas ao seu comportamento habitual e decidiu tentar afogar as dores no copo junto com seja lá o que Huang Tuo tenha pedido.

Hao ba. — Ele entregou o celular para Shi. — Olhe isso e tire essa cara de velório, ela está indo muito bem. Chao Ya me mandou hoje de manhã.

No display, Yan Da aparecia sorridente enquanto desenhava algo em um tablet profissional, atrás dela, Pian Feng sorria segurando uma xícara do que parecia ser chá. Shi encarou o rosto delicado de sua linda Yan Da e encheu o coração de saudade, só a certeza de que ela estava feliz conseguia mantê-lo firme para viver mais um dia, mas não fazer parte daquela felicidade era demasiado doloroso em seu peito. O garçom voltou com seis garrafas de cerveja coloridas e as dispôs na mesa, Huang Tuo abriu uma vermelha para Shi percebendo que sua atitude tinha surtido o efeito contrário do esperado.

Sem pensar muito, o empresário virou metade do conteúdo da garrafa sentindo o líquido descer ardendo pela sua garganta. Era mais forte do que parecia. Com um sorriso travesso, Huang Tuo deu um gole em sua cerveja azul enquanto pegava de volta o celular que Shi lhe dava. Ele anuiu satisfeito ao ver o amigo "entrar no clima" e Shi secou a garrafa antes que ele conseguisse perceber.

爱如樱 |Love as Sakura - Livro 2 [+Extras]Onde histórias criam vida. Descubra agora