Capítulo 27

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Já dou diante mão que esse capítulo vai ser a coisa mais preciosa do mundo tooooodinho

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POV DIXIE

- Eu até tinha te achado muito educada, mas agora vi que você é exatamente o contrário do que eu pensei. - O homem a minha frente se aproximou mais do meu corpo, porém agora olhando pra loira ao meu lado. - E você, porque a deixou entrar aqui e falar daquele jeito comigo? - O olhar do mais velho fez Addison se encolher. - Nunca desejei tanto para que você não fosse a minha filha, definitivamente se não fosse a sua mãe e seus irmão, você já estaria fora dessa casa e...

- PARA! - Me assustei com o grito que a menina ao meu lado deu. Addison olhava para o pai com os olhos banhados em lágrimas. - Por favor não fale assim comigo pai, o senhor não vê que eu só quero o seu amor de volta?

- Não ouse mais gritar comigo sua aberração. Você é uma praga nojenta Addison! Eu tenho vergonha de ser seu pai. Se eu soubesse que você me daria tamanho desgosto eu mesmo impediria sua mãe de ter aquele bebê! - De relance vi Monty levantar a mão direita para dar um tapa no rosto da filha, mas antes que ele a atingisse eu segurei seu braço e o olhado com um olhar penetrador. 

- Em nela você não bate, pelo menos não em quanto eu puder protegê-la, pode ter certeza disso. - Fiz força com meus dedos apertando minha mão para evitar de fazer qualquer besteira naquele momento. - Eu deveria ligar pra polícia agora, mas sei que muitos daqueles homes não acreditariam na minha palavra por você ter maior influência. - Larguei o braço do homem, logo respirando fundo. - Porém da próxima vez que eu descobrir algo que você fez com ela, pode anotar, que eu conto para os meus pais e aí veremos quem tem mais chance de sair perdendo dessa vez. 

Monty me olhou com fogo nos olhos, se eu fosse de papel já teria virado pó com a respiração fogosa que saia de suas narinas. Um barulho ecoou no lugar, dado ao motivo do soco no balcão de mármore que ele tinha dado antes de subir as escadas.

Direcionei meus olhos para Addison que estava abraçada ao próprio corpo tremulo pelos soluços que ela dava. Não consigo nem imaginar o quanto que aquelas palavras ditas pelo próprio pai tinha lhe afetado, me amaldiçoei por ter a tratado tão mal no começo de tudo, por ter falado tantas coisas maldosas ao seu respeito sem ao menos conhecer a garota direito. Suspirei apertando meu olhos fortemente mas logo abri quando ouvi seus pequenos sussurros de "porque eu sou assim?" ou "eu só queria meu pai de volta" , nesse momento meu corpo todo arrepiou, veio uma sensação de proteção e de que eu devia dar um abraço apertado nela naquele momento. E foi isso que eu fiz.

Envolvi meus braços em volta de seu pescoço e colocando sua cabeça contra meu peito, logo sentindo seus braços se soltando de si mesma e os envolvendo em minha cintura, em seguida chorando, chorando tudo que devia estar dentro daquele coraçãozinho machucado, toda mágoa, tristeza, raiva e saudades escorriam diante aquelas lágrimas dolorosas molhando minha blusa, naquele momento eu não ligava se minha blusa estava encharcada ou não, eu só queria sessar a dor dela por um motivo que eu não consegui explicar. 

- Calma Addi. Vai ficar tudo bem.- A apertei contra o meu corpo afagando seus cabelos louros. - Eu sinto tanto.

Uma vez eu li em um livro que um beijo na testa é um modo de dizer a alguém: eu estou aqui, quero te proteger e nada será capaz de te machucar. E foi isso que eu acabei fazendo com a loira, afastei sua cabeça do meu peito, segurei seu rosto em minhas mãos, assim conectando nossos olhares, e beijei sua testa. 

Nós cobrimos nossos machucados com curativos. Para proteger o ferimento, para evitar infecções, para salvar alguém de mais sofrimento. Porém a parte mais difícil e quando tem que tirar o curativo, porque isso pode doer bastante. E Monty deveria ter tomado cuidado com as palavras pois sei que foi como uma pessoa bastante agressiva tirando o curativo com força de algum machucado, e isso havia causado um estrago no coração de Addison. Mas eu também sei que eu fui uma tremenda babaca e a fiz chorar, talvez eu tenha contribuído para que o seu coração esteja machucado agora. 

Aos poucos eu percebi que ela foi sessando o choro e aos poucos respirar tranquilamente, ela fungou e afastou seu rosto do meu peito. Suas bochechas estavam vermelhar e com vestígios de lágrimas ao lado de seus lábios. Ela passou a mão pelo nariz e olhou para mim.

Seus olhos eram brilhantes como os astros, que brilham sobre o céu ao anoitecer e amanhecer a cada dia. Por algum motivo desconhecido meus pensamentos se perderam nos castanhos dos olhos dela. Minha barriga dançava a cada suspiro que eu dava por estar encarando ela.

Passei muito tempo implicando com ela que eu não reparei muito no quanto a mesma é bonita. No quando seus cabelos são sedosos e hidratados, como suas bochechas são gordinhas e rosadas, como suas curvas são perfeitamente esculpidas por Deus, como suas mãos são delicadas combinando com ela, ou como sua boca é avermelhada e cheia. Ela era linda.

Pera, eu estava olhando pra boca da Addison!

- Dixie... - Despertei meus pensamentos quando minha irmã passou sua mão pela frente dos meus olhos. - Tá tudo bem?

- T-tá s-sim. - Merda Jane, não fraqueja agora gata. - Você está melhor Addison? - Olhei pra menina que agora tinha a cabeça deitada no ombro de Charli.

- Estou sim Dixie, inclusive. - Ela saiu de sua posição e se aproximou, me abraçando e enfiando a cabeça entre a curva do meu pescoço. - Obrigada, de verdade. - A loira sussurrou em meu ouvido me causando arrepios, pela sua voz e pelo ar quente que saia de sua boca. 

- Não precisa agradecer, eu faria isso por qualquer um. - Falei no mesmo tom de voz que a dela.

Droga Dixie, não era pra você ter falado isso. O que ela vai pensar agora?

Tá, mas agora porque eu estou me preocupando tanto com o que ela vai pensar sobre o que eu falei, eu não era assim. O que está acontecendo comigo senhor!

- Ok, agora para acabar com esse clima todo vamos aproveitar a vida como ela deve ser aproveitada. - Charli deu um gritinho animado, o que fez a garota abraçada a mim se afastar e rir. E que risada. Dixie!

Nos despedimos de Sheri que pediu perdão pelo acontecido e que não fazia ideia de que ele iria chegar a esse ponto. No fim dando um beijo estralado na bochecha da filha.

Todas nós entramos em meu carro logo tendo uma Charli entusiasmada ligando o rádio. Sabia que ela só queria distrair a menina no banco de trás, o que deu um resultado positivo pois quando dei partida as duas começaram a cantar, me fazendo sorrir com aquilo.

Naquele momento eu me toquei de tudo o que havia acontecido em menos de uma hora e do que eu tinha feito. Nunca em um milhão de batatas eu iria me imaginar abraçada com Addison e fazendo a mesma se acalmar após uma horripilante briga com seu pai. Mas eu estava feliz por ter conseguido acalmá-la.

Pela primeira vez na minha vida eu estou sentido algo diferente e bom dentro de mim, eu estava feliz por ter feito a Addison feliz. Isso não é coisa de pessoas que estão gostando de outras?

Ai meu Deus? Isso não pode está acontecendo!


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MORRI DE AMORES POR ESSE CAPÍTULO!!!!

Gente queria dar a péssima notícia de que os meus rascunhos acabaram e agora pode demorar um pouco para eu postar os capítulos, mas como estou de férias vou tentar escrever vaaaaaaaaarios para fazer maratona e talvez até terminar a fic

ATÉ A PRÓXIMA AMORES DA MINHA MÍSERA VIDINHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA






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⏰ Última atualização: Dec 17, 2021 ⏰

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