Ele virá

Apaixonados por Cristo

Percebo como esse mundo é mal com quem serve a Cristo, hoje fui até a casa da mãe do Diego para apresentar a ela o pequeno Jesus, mas quando cheguei ouvi ela conversando com uma mulher e a mesma era a pastora da nossa igreja.

— Vim apresentar o Jesus para a senhora, mas vejo que vim em um mal momento.

— Ao contrário você pode nos ajudar, querida. — Ela pega o bebê no colo e sorri vendo o sorriso que ele abriu para ela. — Esse bebê é lindo demais.

— O que aconteceu? Por que a pastora está aqui?

— Ela veio pedir para eu abrigar uma jovem da sua idade que foi expulsa de casa por causa de Cristo.

— Como é possível? Onde fica o amor nessas horas?

— Te peço que fale com essa jovem, vamos recebê-la na Célula, mas não há nada melhor do que ela receber acolhimento de uma jovem da idade dela.

— Claro, eu falo com ela sim. — Sorri para ela com entusiasmo por poder ajudar alguém. — Onde está a jovem?

— Está no quarto de hóspedes o primeiro perto da escada à direita.

— Vou falar com ela. — Sorri mais uma vez e subi correndo as escadas indo direto ao quarto.

Assim que cheguei no quarto vi a jovem abraçada no travesseiro, ela chorava tanto que seus olhos já estavam vermelhos e inchados, então com dor em meu coração me aproximei dela e sentei-me ao seu lado.

— Olá! — Digo tocando em seu ombro, enquanto ela estava de costas para mim.

— Quem é você? — Ela me pergunta assustada.

— Calma, sou só uma amiga. — Eu sorri tentando transmitir segurança a ela. — Me chamo Julia e você?

— Mary, meu nome é Mary Evans.

— Muito prazer, Mary, saiba que está segura aqui e que a dona Carmela e a família dela são pessoas do bem, tementes ao Senhor.

— Eu escondi a minha fé por muito tempo dos meus pais, mas eles acabaram descobrindo e me expulsaram de casa.

— Mas agora você está segura aqui e em um lar cristão onde todos querem o seu bem, além de compartilharem da mesma fé que você.

— Obrigada por suas palavras de carinho.

— Conte sempre com elas. — A abraço e ela corresponde. — A dona Carmela quer que você participe da Célula com a gente, mas isso quando você estiver melhor.

— Estou me sentindo muito grata a vocês pelo carinho e me sinto protegida aqui, por isso, eu quero participar da Célula assim que chegar o dia.

— Que bom, me alegra ouvir isso. A nossa Célula é amanhã. — Me levanto para me retirar, mas ela segura em meu braço.

— Espera!

— Sim?

— Você é como eu, esconde a sua fé dos seus pais.

— Como sabe disso?