Eu realmente não acredito em destino, não faço ideia de qual combinação o universo quis fazer quando me fez se apaixonar por você, as coisas andam sem objetivo. Talvez não fosse pra ser doce, e não sei se vou esquecer de um sentimento tão forte correndo pelas minhas veias, mas tudo bem, eu tenho memória ruim...

Faz um tempo que tenho evitado espelhos, e olhando aquilo que me parece tão proibido, não veria nada... Há quanto tempo deixei de existir?

Tentando estar confortável no próprio corpo, talvez na própria existência. Eu não deixo de notar o quão miserável é minha paixão por você...

Talvez oque eu falo aqui, não seja sobre você, porque eu tenho muito pra explorar depois do cadeado. Talvez não seja sobre um coração partido, talvez não seja sobre mim, porque eu não sei fabricar sentimentos. Quem faz por nós? Vê como as coisas terminam? Novamente, o destino parece funcionar perfeitamente. Você esqueceu meu nome. Dói tanto, dói demais, fingir que isso nunca aconteceu, que eu nunca morri de amor, como se eu tivesse esfriado e eu não conheço esse alguém.

Um conto que não acaba nunca, pois, o amor jamais teve início. O tempo não nos espera, mas meu coração parece esperar pelo seu fim, que fim? O tempo jamais nasceu. Meu corpo está morto, as cores do meu sorriso ficaram pálidas, o coração está esperando o tempo pra poder funcionar.

Tudo isso jamais nasceu, sem nada especial para lembrar em algo tão profundo, tão profundo quanto um poço, nessa maldita memória...

Quando se trata de você não sou eu quem está no controle, porque eu fui criado para ser seu castigo.

E renascendo, novamente me torno ingênuo...

Ingênuo como uma criança, a ponto de te dizer: esqueça meu nome.

E quem diria que crianças nascem, estou mais lúcido que nunca ou enxergo o presente como uma pergunta? uma pergunta sem resposta.

É como uma estrela, te vejo o mais belo brilho, que já está morto e jamais verei de perto, com um olhar de dentro, pra conhecer teu planeta, tão complicado que me envenena. A mim apenas meu mistério já é complicado demais, em quem o amor me transformou? Agora quero desvendar o impossível, ver o'que era bonito se tornar difícil, o'que me aconteceu? Para procurar ver poesia se despindo como mentira?

Diário de desesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora