Amar me despertou a preocupação que jamais senti, me distanciei assim que pude. Em tanto tempo descobri o que eu queria e senti liberdade. Eu era apenas uma criança, angustiada por não saber o que quer. E o tempo não passou de forma gentil, cada dia mais as criações da minha mente se tornavam selvagens e sombrias. Chegou então um dia que me sentei diante da escrivaninha, a primeira vez que eu quis fazer poesia. Não fiz por vontade, eu precisei das palavras, o motivo de eu nunca ter feito as coisas que passam pela minha cabeça, é a poesia que salva meus pensamentos em suas palavras misteriosas, que o próprio tempo leva suas respostas de mim, e renova meu coração, mesmo que me falte esperança. Impulsiva, escrevi as palavras com força ao segurar o lápis. Era janeiro, por mais que aquilo tenha sido único, dúvido que tenha sido a primeira vez que o fiz.

Passar o tempo sozinha nunca me deixou infeliz, até depois de maio, senti ausência de mim. Nunca escrevi tanto como naqueles dias sombrios. Eu só tinha força para aquilo. Mal ficava de pé com facilidade.

Passei aqueles dias sem me preocupar com minha aparência, criando fantasias, as vezes eu ria com minha família.

Não que depois disso algo tenha mudado naturalmente. Eu me perdi e me inventei para acalmar minha angústia. Sempre faltou algo, que eu não encontrava nem nas fotos antigas. Me inventei perfeita, mas até a perfeição me cansou, porque eu nunca consegui obtê-la. Eu baguncei meu mundo inteiro, quando vi que não podia mais me encontrar naquilo, algo em mim ficou lá, por mais que tenha passado, aquilo ficou lá morto, matei a pessoa que eu fui. Eu abandonei meu próprio planeta. 

Esqueci de publicar esse capítulo antes dos outroskkkkk n esquece de deixar a estrelinha, por favor, na amizade aí 😔

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