Descobrindo minha mente confusa com palavras cruas, eu não sei o que seria o fim de uma história assim, se não o fim de tudo que há.
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Não leia rápido demais
𝓹𝓸𝓻 𝓾𝓶𝓪 𝓭𝓪𝓼 𝓿𝓮𝓻𝓼õ𝓮𝓼 𝓭𝓮 𝓢𝓲𝓪
Aquele mundo era tão solitário, e apenas um ser vivia nele, dia e noite trabalhando, como se fosse um escravo de si mesmo. As vezes um pouco da neve derretia, por baixo da terra se ouvia a voz de uma criatura que vivia no exterior, dizendo para ele parar, mas ele sequer conseguia amar. O vazio de fato era sua ruína, mas aquele era o mundo real, e ele não só seguia sobrevivendo como havia boatos de que se saia melhor que os outros. Pelos olhos externos aquele mundo era perfeito por mais que sufocasse.
Não conseguir amar nada nem ninguém. Aquela neve era feita de lágrimas. Mas quem poderia tirá-lo dali, se não ele mesmo? Quem aceitaria um coração tão podre? Aquele coração estava tão velho, tanto a ponto de desistir da própria vida, e já não adiantava se importar com algo, porquê nada tinha solução. De tanta falta de tempo para olhar as estrelas, ele não tinha mais esperança. Parecia frio como um monstro...
E esse monstro sou eu.
Passei tanto tempo, me dedicando a proteger meu coração, de tudo e todos, como um vício, agora sou frágil e não pude evitar que ele se partisse em milhares de pedacinhos milhares vezes (uma vez deixei que se quebrasse 3 vezes em um dia), mas os olhos envenenados jamais puderam enxergar, encantados com uma pureza que não possuo. Eu perdi o controle, o equilíbrio, sinto que está tudo perdido, não há como voltar, nem nas fotografias eu consigo te encontrar. Eu sequer sei quem procuro, venha me salvar, estou em apuros.
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Esse parece ser o último capítulo para mim, espero não perder a esperança, não quero acabar assim. Se o próximo capítulo demorar um pouco, ainda estou procurando por ela.
