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Victoria Greene levou muito tempo para aceitar e compreender a existência de super-heróis ao seu redor. Ela tinha seus motivos para desacreditar que eles...
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P.O.V AUTORA
Peter Parker tentou se manter o mais imóvel possível em um espaço tão minúsculo quanto o elevador, principalmente quando esse se encontrava sendo ocupado por mais três pessoas além do garoto.
Ele estava inquieto, batucando o pé direito no chão com insistência e segurando a alça de sua mochila com certa força.
Quando o elevador parou no seu andar solicitado, Peter precisou se espremer por entre as pessoas até se encontrar nas portas duplas de metal que se afastaram para sua passagem. O corredor era silêncio, exatamente como estava acostumado, passava mais tempo naquele prédio do que no que dividia com sua tia. Peter parou na frente da porta com o número 112 desenhado na madeira, ajeitando a mochila em suas costas antes de tocar a campainha.
O som irritante ecoou no ar demoradamente, o fazendo ficar impaciente. Uma sombra refletida na fresta da porta provocou um suspiro aliviado por parte do garoto. A senhora responsável por abrir a porta, prontamente sorriu, sem hesitar em liberar a passagem para o adolescente.
—Bom–dia, Sr. e Sra. Greene — Peter os cumprimentou.
— Graças a Deus que você chegou, estávamos ficando sem opções — Edward Greene abriu um largo sorriso, o senhor de meia idade não perdeu tempo em puxá–lo em direção à mesa com o café da manhã recém colocado.
— Sem opções para que? — perguntou–lhe o garoto, sem entender.
— Victoria ainda não acordou — Lucy balançou a cabeça — Passou a madrugada toda ensaiando para o teste de uma peça teatral da escola.
— Ela quer interpretar a Julieta, vale pontos extras para algumas matérias — Peter disse.
—Estamos felizes por ela, querido, mas tente enfiar naquela cabecinha dura que passar tantas noites acordada não faz bem — Lucy lançou um olhar suplicante ao garoto.
— Tentamos de tudo — contou Edward.
— Mas temos certeza que ela ouvirá somente a você — Lucy rapidamente completou, lhe estendendo uma tigela com cereal — Café, querido?
— Oh, não, muito obrigado. Já tomei antes de sair.
— Você se importa de ficar com essa bomba? — Edward questionou em tom de brincadeira.
Peter sorriu e balançou a cabeça, então levantou da mesa e se encaminhou para o corredor curto que levava aos quartos e ao banheiro. Ter uma amizade de uma vida inteira com Victoria, fazia Peter ter certas vantagens em relação à amiga. Como o simples fato de ser o responsável por ela na maior parte das vezes, assim sendo para seus outros amigos.
