Storm - Yungi [ABO]

[14] Náufragos

Em meio as gigantescas ondas avassaladoras, a forte tempestade desempenhava o papel de antagonista, no dia mais assustador da vida de Song Mingi.

Não que o Capitão do Storm nunca tenha presenciado uma tempestade desta magnitude. Ele já viu e esteve em muito piores. Mas em nenhuma delas havia um ômega em que ele estivera tão ligado.

Song nunca teve tanto medo de perder alguém, até que viu Yunho ser lançado para fora da embarcação.

Naquele momento ele não se importou com coisa alguma. Ele só agiu com seus instintos, sem se importar com o que aconteceria consigo mesmo.

Yunho estava caindo, e ele precisava salvá-lo.

O alfa procurou em todas as direções, mas não o vira. Na certa, as correntes marítimas estavam puxando o ômega para o fundo do oceano. Ele então inspirou uma grande quantidade de oxigênio e submergiu. Um par de olhos vermelhos procurava pela escuridão das águas, fazendo-o enxergar muito melhor do que se estivesse com seus olhos "normais".

Ele viu o ômega balançando seus bracinhos enquanto tentava subir, mas a força da água estava elevada, e as correntes puxavam-no para o fundo. Yunho estava quase perdendo a consciência quando o alfa nadou até ele e o agarrou, levando ambos de volta a superfície.

O Storm estava sendo afastado gradativamente, enquanto as ondas levavam os dois que ficaram para trás, em outra direção.

Mingi obviamente não tinha força física para seguir a embarcação a nado, e levando um passageiro consigo. O Ômega estava fraco demais para nadar sozinho, e ele próprio também estava perdendo suas forças.

Mas ele aguentou. Ele se agarrou ao menor e manteve-se emergido a maior quantidade de tempo que conseguira. Tentou nadar e encontrar algum pedaço de terra, para que pudesse naufragar.

Yunho estava agarrado ao seu pescoço, tentando respirar em meio as ondas que eram jogadas sobre ambos e com muito medo. Ele não sabia exatamente o que havia acontecido, mas estava aliviado por não estar sozinho. Muitas foram as vezes que eles foram puxados, empurrados ou simplesmente puxados, empurrados ou simplesmente afogados pelas ondas que ainda se formavam. Uma última, antes da tempestade se afastar, caiu sobre eles com tanta força que os separou, lançando-os para dados contrários.

Yunho perdeu a consciência, mas Song logo o agarrou novamente, e nadou levando ambos em uma direção, na qual ele rezou mentalmente para que encontrassem terra firme.

Após longos momentos sem saber qual seria seus destinos, o universo finalmente pareceu conspirar a seu favor, e logo ele viu uma pequena faixa de terra ao longe. Ele estava terrivelmente fatigado, seus músculos estavam doloridos, seu corpo todo pedia para se entregar ao cansaço, mas ele continuou nadando até conseguir colocar Yunho deitado na areia firme.

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Enquanto isso, os alfas e betas do navio tentavam se recuperar da forte tempestade que os apanhou. Duas das velas haviam sido destruídas, eles perderam alguns botes, mas nada se
comparava a terrível perda.

O sentimento entre a tripulação estava dividido. Uns estavam de luto, enquanto outros acreditavam fielmente que seu Capitão havia sobrevivido, e com ele o ômega lúpus.

– O que faremos agora, senhor? — Com a ausência do Capitão, era o contramestre quem assumiria o comando.

—Vamos continuar seguindo a rota para o Triângulo da Morte. — Seonghwa decidiu.

— Espera! — Hongjoong protestou. — Devíamos ficar um pouco mais e procurar por eles!

— Não há mais nada que possa ser feito, Hongie.