Storm - Yungi [ABO]

[21] Sempiterno

O governador estava em sua mesa
conferindo alguns papéis, no que
deveria ser seu trabalho, mas se
perguntassem para ele o que estava
escrito naqueles documentos, ele não saberia responder. Seus pensamentos
estavam todos voltados ao seu filho
primogênito.

Yunho sempre foi um omega responsável e submisso, assim como lhe foi ensinado. Se nesse tempo alguma coisa tinha mudado, tudo era culpa do maldito Song Mingi. Ele havia seduzido o seu filho, e o levado a renegar sua família. Mas isso era algo que Jung Shinsung não deixaria passar barato.

Estava prestes a quebrar outro copo,
quando foi interrompido ao ouvir
batidas na porta.

— Entre. — O Comodoro Choi entrou e não estava sozinho. Ele trouxe consigo um homem de aparência vil, e o primeiro pensamento que o governador teve era que se tratava de um criminoso. — Do que se trata?

— Trouxe a pessoa que é capaz de
trazer seu filho de volta.

Os olhos do governador estudaram o alfa que, parecia não lhe dar importância mais do que dava ao seu gabinete. O homem observava cada canto do cômodo. Em seu cinto haviam pistolas e uma espada.

— E quem é esta pessoa ?

— Jung Wooyoung. Ele é um notável
caçador de recompensas.

— Terá seu peso em ouro se trouxer o
meu filho sem nenhuma arranhão.

— Trago a cabeça do Capitão Song, se
me permitir agir livremente sem ter a
Marinha Real interferindo nos meus
negócios.

— Se me trouxer a cabeça daquele bastardo, poderá até mesmo chutar a bunda da rainha se quiser.

Wooyoung sorriu sem mostrar os dentes.

— Temos um acordo, então.

— Choi, leve a Marinha para auxiliá-lo.

— Não quero os cães a me atrapalhar – Wooyoung afirmou saindo do gabinete despreocupado.

— Tsc, maldito! Tem certeza que este
alfa é confiável?

— Sua fama é respeitada.

— Tudo bem, que seja. Mas leve a Marinha junto

— Sim, Senhor.

— Papai? — A reunião entre os alfas foi interrompida, por um par de olhos azuis que espiava por uma brecha na
porta.

— San, entre meu anjinho.

— Desculpe, não quis atrapalhar. – disse quando olhou para o Comodoro

— Não atrapalha. — Choi sorriu respeitoso. — Vou cuidar para a missão, com licença.

— E então, filho, aconteceu alguma coisa?

— Eu só queria saber se encontraram o Yunho.

— Ele foi encontrado, mas infelizmente está sendo forçado a viver entre os piratas. Não conseguimos trazê-lo de volta mas não se preocupe, logo ele estará entre nós.

— A culpa é toda minha. — San afirmou com seus olhos cheios de lágrimas — O pirata da cicatriz ia me levar, mas o Yu interveio e eu não fiz nada para ajudar.

— Você não podia fazer nada meu
anjinho, não se culpe. — ele abraçou
o menor e depositou um beijo no topo
de sua cabeça. — Hoje a noite darei um jantar para lhe apresentar um alfa, que eu escolhi para ser o seu futuro marido.

— Mas, já?

— Nunca é cedo demais para prevenir o futuro de um ômega com um bom alfa.

— Mas eu só tenho quinze anos, meu pai.