{Primeira versão - Em andamento}
(Postagens esporádicas)
Dois jovens, que se encontram e separam de todas as maneiras possíveis.
De uma amizade nasce o amor; Intenso e avassalador.
Em meio ao esquecimento e as mutações de seus destinos, a esperança...
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Ainda podia sentir as mãos dele me tocando, um gesto tão simples mas delicado, de uma forma que eu jamais esperaria de um líder como ele, treinado para assassinatos assim como eu, mas com um toque ainda mais brutal pela forma como as coisas são dirigidas nesse país. A forma rigorosa como sei que Nikolai foi tratado a vida inteira. Mesmo assim, seu toque na minha pele parecia o toque de um amante, e apenas o conhecer disso me fez querer afastar, pensando se ele é o tipo de homem que primeiro engana com a fala macia e o toque singelo antes de destruir a vida de seus alvos. Ou se pela primeira vez na vida tive algo de sorte para chamar de meu um dia, me fazendo pensar se estava jogando fora com minhas ações futuras ou me livrando.
Quando ele aceitou, tudo foi muito rápido, e mesmo assim ainda mantive a máscara. Sem demonstrar que preciso dele nessa missão, que preciso dele para me dar cobertura, mas não tinha ninguém para pedir auxílio ou apenas mandar fazer. Não importa quem sou ou o quanto me respeitem, ninguém vai contra as ordens expressas dos nossos Dons, a não ser que não saibam o que estão fazendo.
Estamos no carro, Nikolai e eu, ele dirige por uma estrada estreita, tentando pegar o atalho até o Cais onde identifiquei Arthur por meio daquela papelada que mantinham no escritório. Eu mesma já fiz minhas cópias das papelada - escondidas num lugar seguro -, e queimei todo o resto original. Se eu não sobreviver a esse encontro, significa que Arthur não quer falar comigo como tenho esperanças que sim, talvez apenas queira se manter fora dos radares, e farei isso por ele se for preciso, levando os papéis para meu túmulo.
