🤍 Chapter Two 🤍

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Karol Sevilla/ Boa moça ou tomatinha.

No Domingo, a noite.

Minhas fantasias ultimamente estão me traindo. Juro que tento parar de desejar esse homem. De sonhar com ele fazendo coisas deliciosas comigo.

Parece até que estou na seca.

Na verdade estou mesmo. Não que não tenha tentado ficar com outros homens, tentei, fui a baladas e desci até o chão. Acho que deixei minha alma lá aliás. Porque estou com uma puta dor de cabeça e meu corpo todo parece cansado.

Enxaqueca desgramada.

Sai um pouco pra respirar ar fresco e coloco as mãos dentro da calça legging de academia. Já dormi a tarde inteira.

A noite está muito bonita e a lua grande e iluminada.

Ando de cabeça baixa e suspiro depois inspiro.

O que está acontecendo com meus pensamentos? O melhor o que meu querido chefe está fazendo comigo?

Só tenho pensado nele. Em estar em seus braços, sentir seu perfume e sua boca passeando por meu corpo inteiro.

Ave Maria.

Tenho que tomar vergonha na minha cara.

Ele nunca vai olhar pra mim do mesmo jeito. Nunca vai querer nada com uma pessoa distraída, desastrada e normal. Não tenho nada de interessante pra que sintam atração.

Foda-se!

Chuto uma pedra que estava no caminho e balanço a cabeça para afastar qualquer pensamento. Porém fez foi com que a dor aumentasse.

Beleza.

— Que droga! Vou ter que tomar outro remédio.

Resmunguei sozinha.

Adiantei o passo, mas paro quando meu corpo se choca com uma parede de músculos.

Opa!

O cheiro do meu perfume preferido adentrou minhas narinas e fiquei sem fôlego por um instante.

Meu docinho sorridente.

De repente, esqueci da dor de cabeça.

Ruggero remédios para cuca.

Que ridículo isso.

Rio de mim mesma e um soluço escapa da minha garganta.

Por que só pago mico?

Esse homem deixa qualquer uma sem estruturas.

— Não tem problema. - Falo depois dele se desculpar.

Problema nenhum, chefinho.

O Deus sou eu de novo. Se for da tua vontade, que seja.

— Está tudo bem com o senhor? - Pergunto deixando que puxe minha mão me fazendo levantar do chão.

Não me machuquei.

Deve ter um pouco de terra na minha bunda, nada demais.

É irrelevante.

— Você é tão bonito!

Elogio sentindo meu coração bater mais forte.

O bendito faz aquele gesto com a língua, passando pelos próprios lábios.

Ele corou levemente, e agora sim pude constatar. Apesar de estar de noite, a luz da lua estava a vista.

Me atrevo a tocar seu rosto, senti meu corpo inteiro arrepiar e sua barba fazendo cócegas na minha mão. Aproximo o rosto do seu e sorrio vendo que Ruggero não se afasta. Parece tão ou mais ansioso por isso que eu.

Será que devo?

Beijá-lo seria muito bom.
E não nego, quero muito.

— Posso? - Ele fecha os olhos, quando encosto nossos lábios. - Eu posso beijar você?

Sem esperar mais e entendendo que sim, junto nossos lábios.

Tem dias que eu acordo pensando em você
Em fração de segundo, vejo o mundo desabar

E aí que cai a ficha que eu não vou te ver
Será que esse vazio um dia vai me abandonar?

Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã
Tem o perfume doce de toda manhã

Você tem tudo
Você tem muito

Muito mais que um dia eu sonhei pra mim

Ruggero Pasquarelli/ O chefe charmoso de óculos ou tomatinho

Que incrível. Ela me beijou. Simplesmente me beijou.

Seus lábios são tão macios, ela solta um suspiro e morde minha língua. Seguro seu rosto acariciando as maçãs delicadas do mesmo e sorrio.

Como pode ser tão linda?

Quero morar nesse beijo pra sempre.

Sempre e sempre.

Como queria experimentar essa sensação. É algo novo pra mim, apesar de já ter visto muita coisa e ser mais velho que a rainha e o Papa juntos, essa sensação é nova e incrível.

Não que nunca tenha beijado ninguém.

Mas nunca, nem mesmo a Eleonor me causa e deixa assim. Com o coração batendo feito um louco e o corpo reagindo como se tivesse formigas em todo lugar, mesmo que não arda, quer dizer, arde e esquenta tudo.

Porém, estou suspirando.

— Humm... Eu... Foda-se! - Ela sussurra e volta a me beijar.

Quando a mesma me agarrou pela cintura, lembro das minhas asas.

Droga e Cáspita!

Juntei seu corpo ao meu e agarrei em suas mãos. Com o cenho franzido, me afasto dela devagar. Depois lembro que as asas só aparecem quando preciso delas ou quero voar para dispensar a mente.

Não posso voltar para lá pra cima. Tomei a decisão de viver aqui na terra e viver entre eles, não pretendo voltar para meu antigo lar.

Sou tão lerdo que pensei estar com elas agora. Amostra, mas não estou.

Karol olha pra mim perplexa e ofegante. Eu não estou muito diferente.

— Você... Me desculpe!

Falamos em uníssono e sorrimos.

Ela mexia na manga do blusão que vestia e sorri. Aquele lindo sorriso doce e inocente.

— É, queria te beijar desde o primeiro dia que nos vimos. - Confessa sem medo ou vergonha. - Bem, como eu disse aquela vez na ponte, sonhei com você.

Ainda sonha.

Eu sabia que ela ainda sonhava porque uma vez fui zelar por seu sono e a ouvi chamar meu nome. Guardo comigo essa lembrança assim como a daquele dia na ponte.

Tem a pureza de um anjo querubim
Eu trocaria tudo pra te ter aqui

Eu troco minha paz por um beijo seu
Eu troco meu destino pra viver o seu

Eu troco minha cama pra dormir na sua
Eu troco mil estrelas pra te dar a lua

E tudo que você quiser
E se você quiser te dou meu sobrenome

Depois que a mesma veio trabalhar na gravadora, não sai dos meus pensamentos.

Meu rosto se ilumina ao saber que ela queria tanto quanto eu o beijo.

— Ah, a gente podia fazer de novo. Só pra ter certeza se foi...

Um barulho irritante chama a atenção de ambos e xingo mentalmente.

Perdão Pai.

— Hum, é meu telefone. Com licença, foi bom te ver, chefinho. - Sussurra a última parte e vai embora.

Eu fico no mesmo lugar, temendo que seja apenas um sonho bom o que acaba de acontecer minutos atrás.

Nos Braços de Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora