🤍 Chapter Twenty 🤍

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Karol Sevilla 🧡

Três mês depois....

Estava de folga, então resolvi viajar para um dos países que a tempos sonhava conhecer e hoje tenho a oportunidade.

Não que tenha ficado rica de uma hora pra outra, apenas juntei um pouco do dinheiro que tenho e vou passar uma semana em Peru, quero muito conhecer a "Cidade Perdida dos Incas", Machu Picchu. No domingo a noite estou de volta em casa. Vai ser legal.

Amo descobrir coisas novas e históricas.

Foi difícil conseguir as passagens porque a uma restrição que impede a entrada de pessoas de outros países, incluindo os brasileiros.

Por sorte a gente conseguiu.

Nina e Mônica vão comigo. Elas estão cuidando de mim e da minha rotina. Principalmente a alimentação e o meu humor.

Foram meses bem extasiantes.

Alguns dias eram bons, outros estranhos e ruins. E em todos nunca estive sozinha, sempre pudia me refugiar nos braços de uma delas e desabafar, me permitir falar e chorar.

Quando mais pensava em desistir, mais tinha certeza que não devia. Elas estão comigo, mesmo que nem sempre eu fosse boa e soubesse ter paciência para lidar com minha mente.

Meus pensamentos negativos, quase, quase ganhavam...

Daí que conforme as coisas e os dias passavam, percebia que eu me permitia sentir culpada, ficar com medo e deixar a dor, as frustrações e o rancor me dominar.

A cada dia percebia que deixava o meu brilho se apagar, me entregando aos piores males. As sensações que não ia conseguir seguir, mesmo que outra parte de mim gritasse querendo ser ouvida que sim, eu consigo, eu ia conseguir fazer e conquistar o que quisesse. Só... Só precisava e preciso, tentar... Tentar mais e confiar em mim.

Confiar em mim.

Confiar em mim.

Confiar em mim.

Amar, me amar e cuidar da melhor maneira possível.

Sim, elas estavam comigo, ainda estão. Mas também sei que não é assim para todo mundo, não é.

No entanto, mesmo tendo com quem contar a nossa própria cura depende exclusivamente da gente, de nós mesmos. Nós comandos e podemos mudar a nossa maneira de ver o outro, pensando primeiro em nós e em como estamos.

O que somos? Não na teoria, não relacionado ao gênero, a ciência.

Me refiro a nossa essência.

É muito importante se descobrir, se buscar. Querer se conhecer bem e saber mais sobre si.

Por anos venho perguntando a mim mesma se era, sou, digna de amor, carinho, afeto e algo bom. Tudo isso por causa do abandono, da falta de aceitação no âmbito familiar e social.

Enxerguei que sim, por culpa dos meus pais me perdi dentro do que acreditei que merecia.

Estou cuidando disso. De mim.

Nos Braços de Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora