🤍 Chapter Four 🤍

150 21 22
                                    

Sinta a melodia, sinta o meu coração cantar só por você. Pegue e faça dele a nossa canção. ” Asm.

Karol Sevilla/ Boa moça tomatinha.

Hoje acordei melhor que ontem. O que é mesmo que nada.

As coisas continuam iguais.

Só vão mudar se eu me permitir fazer alguma coisa.

Vamos sem coragem mesmo, o medo em algum momento vai ter que sumir dos cafundós do Judas e nunca mais voltar.

Tentar pelo menos, sei que vou.

Cheguei muito cedo na empresa, como hoje é férias dos patrões a gente meio que está liberado também já que é fim de ano. Então vou adiantar o que tenho pra fazer e depois perguntar a Nina o que vamos ver na TV. Talvez a gente vá ao shopping, ou pra casa dos meus primos.

Agustín disse que vinha, mas até agora não vejo sombra. Nem dele e tampouco da Valu. O bonito não avisa se está bem, se aconteceu alguma coisa.

NÃO FALARAM NADA.

Nem um sinal de chapéu voando.

Como se eu soubesse o que fazer quando viesse algum sinal.

Se tiverem perdidos não vou buscar também. Eles que se virem. Não estou sabendo cuidar de mim, imagine de dois adultos crescidinhos.

— Meu Deus! – Sussurro com a mão na boca.

Nem havia me dado conta que cantarolava em alto e bom som, até ouvir vozes do outro lado da porta da minha sala. É , parece sério.

Minhas férias como disse, no meu caso será dentro da minha humilde residência única coisa deixada por meus pais para mim, antes deles me abandonarem.

Sim, eles sumiram e ainda disseram que não suportavam mais cuidar de mim.

Imagina como dói para uma adolescente de quatorze anos ouvir que os próprios pais não gostam dela.

Bem, não pude fazer nada. Apenas continuei estudando pra terminar até o ensino médio, eles deixaram também um pouco de dinheiro.

Eu queria meus pais, não dinheiro, nem ficar sozinha como uma coisa descartável sem valor importante.

Mas segui em frente. Apesar das merdas continuo aqui.

Tomara que ninguém tenha ouvido minha voz ao cantar.

Canto desde criança, mas sou insegura quanto ao meu potencial justamente por causa dos meus reprodutores.

Meu aniversário é semana que vem, não vou comemorar. Não gosto muito de aniversários por causa dos meus pais.

Também não é tão importante assim.

— Ruggero... Lindo? Sou eu, Eleonor. – Ouvi e arregalei os olhos.

Putz, então ele já tem alguém realmente.

Soube do noivado, mas quis achar que não passava de uma notícia fake. Sabe como são alguns sites de fofocas, né.

Nem tudo é verdade. Eles meio que distorcem.

Nos Braços de Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora