CAPÍTULO 30✨

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MAITÊ NARRANDO

Pela manhã acordei mais cedo que Gabriel e Rayssa, que aliás passaram a madruga inteira assistindo série e comendo pipoca. Eu tava tão cansada que não aguentei esperar eles e dormi.
Pelas 07:00 da manhã meu celular tocou incessantemente como nome da Dhiovanna aparecendo. Eu atendi ainda sonolenta.

LIGAÇÃO ON📲

Desculpa te acordar essa hora, será que pode vir me buscar.

Oi Dhio, que voz é essa? Onde você tá?

LOCALIZAÇÃO📍
Acabei de mandar por mensagem, preciso muito de você. Não fala nada com o Gabriel, por favor!

Fica tranquila, vou me arrumar rapidinho e tô indo aí.

Tudo bem, me desculpa mesmo, eu só tenho você nesse momento.

LIGAÇÃO OFF📲

Se o intuito dela era me desesperar, conseguiu com sucesso. Eu levantei e tomei uma ducha rápida pra acordar. Achei uma calça jeans escura, uma blusa do Gabriel branca e calcei meu dunk low preto. Prendi o cabelo num coque e ajeitei minha bolsa com algumas coisas. Deixei um bilhete pro Gabi e coloquei encima do celular dele.
Peguei uma fruta e sai do apartamento.

Em meia hora cheguei a localização que ela havia me passado e a encontrei na calçada junto de Matheuzinho me fazendo estranhar, cada passo que eu dava enxergava as feridas na mão dela e o sangue escorrendo em sua perna, apressei os passos e toquei seus cabelos.

Maitê - Fala pra mim quem fez isso com você, Dhio. Porque eu juro por Deus que vou matar esse desgraçado. – falei com tanto ódio que cheguei a tremer.
Matheuzinho - Agora tá tudo bem Maitê, ela queria alguém de confiança aqui. Só tenta acalmar ela preciso fazer uma ligação. – beijou a cabeça da menina e levantou.
Dhiovanna - Eu não quero que o Gabriel e nem os meus pais me vejam assim, porque eles me avisaram mas eu me deixei levar e fui trouxa, só que dessa vez eu não escapei. – falou com a voz trêmula e as lágrimas descendo por seu rosto.
Maitê - Me conta o que houve. – pedi.
Dhiovanna - Eu combinei com o Matheus de vir aqui pra gente se divertir um pouco com alguns amigos aqui do Rio até aí tudo bem, mas aí eu vi o Nicolas subindo pro camarote e ele não tava normal sabe, ele veio com tanta raiva e eu podia sentir isso. Mas ele acabou indo pra perto de outro grupinho, eu fiquei um pouco mais aliviada. Eram quase 06:00 da manhã quando fui ao banheiro e nisso eu não consegui escapar dele, ele me arrastou até o estacionamento....– chorava copiosamente. – Me bateu, me xingou de tanta coisa. Disse que eu era uma piranha que tava dando pra todo mundo ali, falou que eu terminei por causa do Matheuzinho, mas não foi eu terminei porque eu não estava mais feliz e confortável no nosso relacionamento. Eu tentei sair daquilo e me desvencilhar dele, tentei gritar, mas nada. Eu já estava tão no meu limite, sem forças, que se não fosse o Matheus porque ele foi o único que eu falei que o Nicolas tava ali também...ele rasgou minha calcinha e ia fazer algo sem meu consentimento e o Matheus chegou naquele momento junto com um segurança. – chorava e logo Maitê Maitê a puxou pra um abraço. – Ele ia abusar de mim, cu! Eu não tive nem forças pra lutar, se não fosse o Matheus.
Maitê - Dhio, eu nem sei o que te falar, porque eu nunca estive nessa situação. Mas eu te prometo que ele não vai sair impune, ele vai pagar por tudo que cometeu contra você. – falou com certeza. – E porque você não foi na delegacia?
Dhiovanna - Porque você sabe muito bem que se eu chegar lá vai sair em tudo quanto é lugar, vai virar uma coisa insuportável. Eu não ia aguentar.
Maitê - Dhio, eu tenho um amiga que é delegada da DEAM, se você quiser posso falar com ela e a gente vai lá. Vai ser tudo discreto eu prometo, mas isso não pode passar impune.
Dhiovanna - Eu tô com muita vergonha, como meus pais e o meu irmão vão me olhar? – gemeu de dor.
Maitê - Não se preocupa com isso tá? Todo mundo erra e infelizmente esse fato aconteceu, mais nada disso é culpa sua. Você acredita que as pessoas podem melhorar, tem um coração bom e infelizmente não saiu ilesa dessa história. – beijei a cabeça dela. – O segurança tá na delegacia com ele?
Dhiovanna - Ele conseguiu escapar, assim que viu o Matheus com o segurança meteu o pé, o segurança até tentou mas ele correu muito mais. – disse cabisbaixa.
Maitê - A gente vai encontrar ele, vou ligar pra minha amiga organizar tudo lá e já venho. Você provavelmente vai ter que fazer exame de corpo de delito. – ela assentiu.
Matheuzinho - Eu conversei com o meu advogado e por hora já deixei ele avisado sobre o seu caso ok? Você deve querer chamar o advogado da sua família, mais já deixei o meu sob aviso pra caso você precise também ta? – avisou e ela assentiu.
Dhiovanna - Obrigada Math, não sei o que seria de mim sem você. – ele sorriu fraco.
Matheuzinho - Não precisa agradecer, faço porque me importo com você. – disse fofo.

Enquanto eles conversavam falei com a minha amiga delegada, ela disse pra eu entrar por trás da delegacia que estaria nos esperando. Avisei aos dois e o Matheus foi o caminho conversando com o técnico avisando que tinha uma questão de urgência pra resolver e não tinha condições pra ir ao treino.

Maitê - Você precisa falar com os seus pais, Dhio. Pelo menos eles, até pra acionarem os advogados. – falei pra ela.
Dhiovanna - Você faz isso por mim, eu não tenho condições de falar sobre isso nesse momento. – disse chorosa.
Maitê - Claro que faço meu bem, vou pedir pra eles trazerem uma roupa pra você também. – ela assentiu.

Assim que pisamos na delegacia já tinha uma equipe nos esperando, entramos e antes liguei para os meus sogros que assim que dei a notícia vieram correndo. Diria que o tio Valdemir correu muito e podia até ter multas de trânsito.

Maitê - Antes de entrarem preciso falar com vocês. – toquei o ombro de meu sogro.
Valdemir - Seja breve, por favor. – ela assentiu.
Maitê - Ela já tá se sentindo pressionada ou julgada demais. Só acolham ela tá? Porque o que ela viveu ela nunca mais vai esquecer, apoiem e dê muito amor pra ela, porque nesse momento é tudo que ela precisa. – eles assentiram e logo entramos na sala da delegada.

Dhiovanna voltou a chorar novamente assim que viu os pais, podia sentir que ela achava que eles iriam a julgar ou apontar os erros dela, mas não, meus sogros a abraçaram. Falaram palavras positivas e pediram pra ela se acalmar porque ia dar tudo certo.
Sentei junto de Matheus e logo uns dois caras engomadinho adentraram a sala e se apresentaram como advogados dos Barbosa. Durante todo o momento permaneci quieta, Matheus deu seu depoimento também e logo começou a chegar mensagens de Gabriel. Sinceramente, eu não tinha forças e nem coragem pra contar o que tinha acontecido com o amor da vida dele, porque era isso que a Dhio significava pra ele.

Depois do exame de corpo de delito, ela voltou com o braço enfaixado e alguns curativos pelo corpo. Agora mais limpa e com os cabelos presos, se aproximou e deitou no meu peito, envolvi meus braços em volta de seu corpo e deixei que todo o meu amor pela Barbosa fosse transmitido.
Dhiovanna era muito importante pra mim, aprendi a cuidar e a lidar com ela por ter passado por coisas parecidas nessa idade, acabou que me apeguei e agora cuido e protejo como se ela fosse minha irmã.

Maitê - Vai ficar tudo bem, meu amor! Eu to aqui com você, isso vai passar...eu prometo. – beijei sua testa e senti as lágrimas dela molharem a minha blusa.

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OI MEUS AMORES❤️
COMECEI A ESCREVER UMA OUTRA HISTÓRIA, QUERIA SABER SE VOCÊS QUEREM QUE EU POSTE, COMENTA NESSE CAPÍTULO
BOA NOITE❤️

CONEXÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora