CAPÍTULO 34✨

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MAITÊ NARRANDO

Amanhã já embarcamos rumo ao Japão e eu tive que transformar uma semana em um dia pra dar conta de tudo, no final de tudo ainda tinha que ia prestigiar o Gabriel no clássico de hoje.
Malas prontas, passagens e documentos também tudo certo. Rayssa tava bem tranquila pra quem iria competir algo muito disputado e esperado, mas fico feliz que ela esteja assim.

Após a derrota do Flamengo, desde a arquibancada tive algumas sensações estranhas, não sabia muito bem o que era, mas apertava meu peito. Tudo só foi se confirmando quando vi Gabriel totalmente diferente, fui paciente até porque eles acabaram de perder um jogo e eu sei o quanto ele está bolado nesse momento.
Tivemos uma discussão sem pé e sem cabeça por causa dele, primeiro que decidiu sair e poxa amanhã nós viajamos era a chance de eu curtir ele mais um pouco.
Ele nem me convidou também, mas ele tava diferente, eu sentia isso e não foi por causa do jogo.

Gabriel - Eu não demoro! Te amo! – disse por fim saindo do quarto.

Bati a porta com força sentindo as lágrimas invadirem meu rosto, essa sensação de não ter controle de nada apertava meu peito e me causava falta de ar. Eu chorava de soluçar, não sabia bem o que tava acontecendo, isso foi do nada, de manhã estávamos muito bem e agora tudo muda assim. Mas eu me recompus e me levantei, porque eu não aceito passar a noite chorando enquanto ele tá na farra, me deixando no escuro porque eu não tô entendendo ele.
Fiz um coque no cabelo e lavei o rosto, sai do quarto encontrando as duas na cozinha pegando algumas coisas pra comermos a pizza.

Rayssa - Você tá bem? – falou.
Maitê - Tô ótima, hoje a gente pode se divertir né? – fiz bico e sorri, elas assentiram na hora.
Dhiovanna - Eu tô com medo, quem essa na minha frente? – colocou as mãos na cintura.
Maitê - É a mulher que não chora por homem, só se for no casamento. – elas riram.
Dhiovanna - Gente mais ela se consola sozinha, eu amei isso. – riu animada.

O restante da nossa noite foi comendo algumas besteiras, nada melhor que curar uma discussão, com pessoas que a gente gosta e besteirinhas.
Eu não queria pensar na minha briga com Gabriel e não queria levar s sério, porque foi algo tão sem sentido, mas que parece que eu tava sentindo que ia acontecer, acabei adormecendo pesado.
Acordei por volta das 06:00 da manhã sentindo meu estômago muito estranho, levantei rápido e abri a tampa do vaso colocando tudo que eu comi pra fora. Mas foi tanta coisa, eu fiquei pálida, quanto mais eu achava que tava acabando é que vinha uma chuva de vômito. Eu tava sem forças pra chamar alguém ou levantar, então permaneci ali até que eu conseguisse me recompor. Quase uma hora depois eu levantei e abri a bica lavando o rosto e em seguida escovando os dentes, não tava me sentindo bem mesmo.
Era só o que me faltava, pensei.
Tomei um chá de erva doce e forcei o sono, foi a única solução.

Acordei horas depois, já tinha passado da hora do almoço o que me assustou bastante. Fui até a sala e as meninas estavam tomando sorvete e vendo " Emily em Paris " sentei ao lado delas e joguei meu corpo deitando a cabeça no colo da Dhiovanna.

Dhiovanna - Achei que não fosse levantar nunca. – sorriu fraco. – Nós pedimos comida, aquele seu prato favorito do coco bambu. – falou e a morena fez uma cara de nojo.
Maitê - Só de imaginar me deu um embrulho no estômago. – fiz careta e ela arqueou as sobrancelhas.
Dhiovanna - Ué, mas é seu prato favorito. Você tá bem?
Maitê - Só tô meio esquisita. – fiz bico e levantei. – NOSSA SENHORA DA BICICLETINHA, RAYSSA JÁ PRO BANHO. – olhei o relógio.
Rayssa - Tá cedo tia. – fez bico.
Maitê - Ray, tem uma galera querendo te desejar boa sorte.
Rayssa - Eu não posso mandar um áudio não? – encostou na porta do banheiro e fez cara de desânimo.
Maitê - GAROTA! – joguei a almofada nela rindo.
Dhiovanna - Essa é das minhas. – riu.
Maitê - Você não vem não. Já pro banho Rayssa. – falei e ela entrou rindo. – Dhiovanna, você não presta! – riu.
Dhiovanna - Mano, ela parece comigo. – riu.

Assim que chegamos no CT tinha uma galera boa incluindo minha família e a família do Gabriel, todos aplaudiram a Ray e o sorriso no rosto da minha garota era de ter certeza que fiz o certo e o quanto tudo isso valeu a pena.
Os capitães do time se aproximaram e falaram palavras motivacionais pra ela e não colocou um pingo de pressão o que era um alívio. Independente do resultado, eu quero que ela se divirta e aproveite.
Todos falaram com ela, mas os olhos de todos bateram na porta onde espontaneamente eu olhei encontrando Gabriel com a roupa de ontem quando saiu, o que gerou um ódio tão grande em mim. Deixei a Rayssa conversando com o pessoal e fui pra perto da minha sogra e a minha mãe que tomavam um cafézinho.
Debaixo dos óculos escuros eu o observava fazer o político falando com todos com um sorriso enorme no rosto, logo se aproximou de Rayssa que o abraçou com o um sorriso enorme e eu sempre tento evitar falar que briguei com o Gabriel perto dela, não quero que ela perca essa ligação com ele.

Ela sorriu. Ele também. Ele beijou a cabeça dela e fizeram o toque deles.

Estava distraída conversando com o Fabinho e o meu sogro quando o Gabriel se aproximou.

Gabriel - Bença pai! – fizeram um toque. – Fala mano! – repetiu o toque.
Fabinho - Apareceu a margarida. – falou.
Maitê - Eu vou pegar um café. – meu sogro assentiu e senti os olhos de Gabriel todo em mim.
Gabriel - Maitê, podemos conversar? – falou.
Maitê - Agora não, por favor! – falei e andei até o refeitório pra pedir um café.

Eu estava triste com as últimas atitudes do Gabriel, juntando a azia que eu sentia, então nada estava bom pra mim. Vi o Arrasca sentado em uma mesa, então peguei meu café e sentei com ele.

Arrascaeta - Que carinha é essa? – travou o celular.
Maitê - Nada demais, só cansaço. – sorri fraco.
Arrascaeta - Maitê, você é tão transparente a ponto de eu entender que algo tá te incomodando. – sorriu. – Fala comigo!
Maitê - É que...– olhei pra onde Gabriel estava.
Arrascaeta - O Gabriel aprontou pra cima de você não foi? E algo me diz que foi por causa da noite dele na Vitrinni, acertei? – ela assentiu.
Maitê - Eu odeio que me prometam as coisas e não cumpram. Ele me prometeu que passaria a noite comigo e a Rayssa, mas ele simplesmente resolveu dar uma de mimado e foi "esfriar a cabeça " na Vitrinni. – falei chateada. – E também tudo é a forma que você fala, não foi legal a forma com que ele falou comigo todo sem paciência sabe? Eu não gosto disso, como se ele tivesse de saco cheio de mim. Fora que se eu não perguntasse ele sairia sem falar pra onde ia.
Arrascaeta - Isso é muito chato né? Você falou com ele sobre isso? – ela negou. – Acho que seria legal você conversar com ele antes de ir viajar, porque cada vez mais vai te consumindo esse assunto, e o que era antes um grão de areia vira uma bola enorme.
Maitê - Será? – mordi os lábios em dúvida.
Arrascaeta - Eu acho legal você decidir logo, porque ele tá vindo pra cá. – falou.

Fechei os olhos, respirei fundo e senti as mãos de Gabriel em minhas costas. O Arrasca levantou e fez um toque com ele, logo o atacante ocupou o lugar do meu amigo. Eu estava tensa pelo que estava por vir, o que fez meu estômago revirar...

✨✨✨✨✨

OI AMORES❤️
OCORREU UM ERRO NO CAPÍTULO ANTERIOR E EU JÁ VOU AJEITAR, COMPENSEI NESSE E NO PRÓXIMO VIU🤣✨

CONEXÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora