CAPÍTULO 36✨

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MAITÊ NARRANDO

Desde que cheguei aqui no Japão eu sinto um mal estar fora do comum, eu não consigo comer nada de comida típica deles. Só o cheiro embrulha meu estômago e eu ponho tudo pra fora, sorte que tem uma lojinha perto do hotel que vende coisas comuns, é o que me salva. Dias e outros que eu consigo achar um restaurante que não tenha só comidas que no momento não estão me fazendo bem.

Eu estava em um hotel diferente da Rayssa, atleta não podem ficar com familiares, achei uma palhaçada. Esse fuso me deixa louca, falar com o Gabriel tem sido difícil, porque quando eu tô dormindo ele tá acordado e vice-versa, fora as brigas que nós estamos tendo por conta dele acompanhar as competições de madrugada e não tá rendendo nos treinos, ele não me escuta.

Acordei um pouco atrasada, até que enfim chegou o dia da competição. Escolhi algo confortável e menos fechado possível, o calor que tava fazendo era de matar um, eu juro. Escolhi um conjunto de short e top preto de elástico bem levinho, um blusão branco leve dobrado e nos pés um jordan com detalhes vermelho combinando com a minha bolsa da LV que eu ganhei num sorteio, é sobre ter sorte uma vez na vida hahahahahaha, finalizei com um óculos de sol. Passei o básico da maquiagem, bastante protetor solar e zero perfume porque só o cheiro me enjoa.

Cheguei no local de competição e vi a Rayssa com um grupo de pessoas, minha menina tava leve e risonha, eu amo isso nela. Peguei um lanchinho e fui até ela.

Rayssa - Oi tia, que bom que chegou! – sorriu e nos abraçamos. – Você ta bem? – disse preocupada.
Maitê - Só foi um mal estar, já tô bem. – sorri tranquilizando ela. – Como você tá se sentindo? – fiz um carinho nela.
Rayssa - Eu tô tranquila, as meninas me chamaram pra gravar um TikTok. – disse animada.
Maitê - Vai lá, vou comer rapidinho e já te alcanço. – falei e ela andou pra perto das meninas.
Leticia - Você é a Maitê? – tocou o ombro dela, que se virou.
Maitê - Eu mesma, você é a Letícia Bufoni certo? – sorri.
Leticia - Eu mesma, você veio acompanhando a fadinha né? – perguntou.
Maitê - Sim, não sabia que você a conhecia.
Leticia - Já competimos juntas em algumas competições, ela é uma garota incrível.
Maitê - Nisso tenho que concordar. – sorri olhando minha menina dançando.
Leticia - Eu queria conversar com você sobre algo sério, depois da competição pode ser? – perguntou.
Maitê - Claro Leticia! Boa sorte! – sorri e ela agradeceu.

Seguimos caminhos diferentes, sentei com a vista da minha pequena gravando tik tok, o que arrancava alguns sorrisos meus, ela entraria em alguns minutos pra competir e estava tão leve. Essa menina me surpreende a cada dia.

Nas provas de skate street, os participantes têm duas sessões de 45 segundos para andar pela pista e fazer manobras à vontade. Na sequência, cada competidor faz cinco tentativas de uma única manobra.
Todos os movimentos são avaliados por uma comissão de juízes. As três piores notas são descartadas e a soma da pontuação restante define o ranking.
Já final feminina, Nishiya tropeçou e caiu na aterrissagem nas duas primeiras tentativas de manobras únicas, mas acertou as três restantes.
Com isso, ela obteve uma pontuação de 15,26 e superou Rayssa por 62 décimos que tinha num total 14,64 pontos. Fazendo a atleta japonesa se consagrar campeã e ficar com o primeiro lugar e o ouro, em seguida, Rayssa com a medalha de prata.
Mas todos ali estavam tão encantados com o sorriso no rosto das duas e do quanto elas estavam felizes.
Eu não me aguentava de felicidade, gritei tanto com a equipe brasileira, acabou que a Letícia veio assistir a final comigo e comemoramos a medalha de prata da Fadinha.
Quando tive acesso a minha menina ela correu até a mim e me abraçou apertado, ela chorava de emoção.

Maitê - Eu te amo, meu amor. Eu tô tão orgulhosa de você e muito feliz pela sua conquista, essa é a primeira medalha olímpica de muitas que virão. – falei chorosa em meio ao abraço.
Rayssa - Tia, obrigada por acreditar em mim . Obrigada por me receber na sua casa e na família, isso é por mim e por vocês também, tudo que vocês investiram em mim espero ter dado alegria, sei que não foi ouro, mas acho que fiz um bom trabalho.
Maitê - Meu amor, mesmo que você não tivesse no pódio eu estaria orgulhosa de você. Olha onde você chegou...te amo, te amo e te amo. – enchi ela de beijos e ela gargalhava.

O pessoal da equipe chamou ela pra dar entrevista, então a soltei e fomos até lá. Fiquei por trás das câmeras vendo minha menina falar.

Rayssa - Essa medalha eu dedico a todos que acreditaram em mim, meus patrocinadores e em especial minha tia Maitê e menu tio Gabriel, eles me deram o combustível pra lutar e eu conquistar meu espaço aqui hoje. Isso é pra todos vocês. – sorriu e seus olhos brilhavam.
Jornalista - Então Rayssa, estão falando das meninas no skate e que elas não sabem andar, o que você acha sobre isso? – estendeu o microfone pra ela.
Rayssa - Isso me entristece muito, não deveriam existir barreiras de gênero no esporte. Acho que o skate é para todos. – disse por fim.
Jornalista - Parabéns mais uma vez e obrigada. – ela assentiu sorrindo.

Ela correu para os meus braços novamente e ficamos assim por um bom tempo, até o pessoal chamar ela pra tirar foto e pegar a medalha.
Enfim, foi um dia incrível e muito feliz, mesmo não me sentindo bem eu estava feliz. Voltamos pro hotel tarde e logo o Gabi ligou pra nossa menina pra falar com ela de novo, ele ta orgulhoso e apaixonado nela.

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