MAITÊ NARRANDO
Eu sai tão possessa perto do Gabriel, o anel não significa nada, eu tô enlouquecendo guardando tudo que eu sinto. Fui pra perto do Arrasca que percebeu a minha tristeza mais uma vez e me abraçou.
Arrascaeta - Pela sua cara não adiantou muita coisa né? – falou.
Maitê - Não é isso, ele ficou com ciúme disse até que eu sou apenas dele. – sorri fraco e uma lágrima teimosa desceu de meus olhos. – Mas ele acha que é só colocar um anel no meu dedo e tá tudo certo. – ele estranhou.
Arrascaeta - Mas não é isso? – indagou.
Maitê - Claro que não, eu quero que ele fale o que ele sente Giorgian. Um anel é só consequência, eu nunca pensei que diria isso, mas eu amo o Gabriel. Na verdade eu sempre amei. – encostei a cabeça no ombro dele enquanto dançávamos.
Arrascaeta - Não chora Ma, vai dar tudo certo. O Gabriel é lento pra essas coisas, mais ele sente o mesmo, eu tenho certeza. – fazia cafuné em suas costas.
Maitê - Não sente não, porque se não ele já teria me dito. – olhei pra ele. – Eu não passo de um casinho, de uma transa sabe? Eu tinha que ter percebido isso, mas eu fui otária em me deixar levar tanto. – bufei. – Que ódio de mim! – bati em minha própria testa.
Arrascaeta - Isso não é a Maitê falando, você bebeu muito, mi amor. – falou com aquele portunhol engraçado, ela riu. – Tá vendo!
Maitê - Desculpa, é que você falou engraçado. – ria.
Arrascaeta - Você precisa beber água, chega de bebida e colocar alguma coisa no estômago também. – falou e saiu puxando ela pra cozinha.Adentramos a cozinha, encontrando Marília, Everton e Gabriel. Minha amiga analisava a mão machucada dele, eu me assustei e andei rápido até ele preocupada.
Marília - Você vai precisar de uns pontos, vou chamar o Tannure. – falou.
Maitê - Que houve aqui? – olhou preocupada pra ele.
Gabriel - Nada! – puxei minha mão e enrolei minha blusa nela. – AÍ CARALHO. – gemi de dor.
Everton - Tira isso agora, vou chamar o Tannure agora. – saiu correndo.
Maitê - O que houve, Gabriel? – toquei seu rosto.
Marília - Eu pedi pra ele cortar carne pra mim e ele acabou se cortando. – mentiu olhando pra Gabriel. – Vai ficar tudo bem!
Maitê - Eu to aqui com você tá?
Gabriel - Não precisa, pode sair daqui. – falei sério.
Maitê - Tá falando sério? Porra Gabriel, você tá insuportável hoje. Tá pior que criança mimada. – bufei.
Gabriel - Engraçado né, você fica com esse aí o tempo inteiro, atenção pra mim foi pra casa do caralho né? Reveja suas atitudes e vê se você tá em posição de cobrar alguma coisa. – falou sério e Carol adentrou a cozinha acompanhada de Tannure e Everton.
Carol - E chegamos em um momento ruim. – mordeu os lábios nervosa.
Maitê - Eu com certeza tô em posição de cobrar algo, você passou a festa inteira de cara emburrada e destruindo sorriso pra ela. – olhei pra Carol, que arregalou os olhos. – Eu sou uma idiota mesmo, nunca foi sobre eu e você, mais sim sobre vocês dois. E eu aqui toda idiota achando que...– pensou e riu sarcasticamente. – Deixa pra lá, eu tô indo embora.
Marília - Amiga não, relaxa um pouco e depois vocês conversam. Não adianta fazer nada de cabeça quente. – falou.
Maitê - Eu preciso ir! – me afastei e abracei Marília.Eu tava tão triste, entrei no Uber com as lágrimas já descendo pelo meu rosto. Olhei pra trás e vi o Arrasca parado no meio da rua buscando fôlego, pedi pro motorista seguir.
" 1 SEMANA DEPOIS "
Maitê - Eu sei mãe, tô comendo direitinho. – ri, abrindo a porta da minha casa me equilibrando com aquele tanto de saco na mão. – Eu sei, era só a minha imunidade baixa. – justifiquei porque parei no hospital e eles receberam uma ligação de madrugada. – Tá bom, não sei ainda se vou. – me referi ao churrasco que teria lá em casa pra receber o Gabriel independente do resultado das quartas de final da libertadores. – Eu não tô evitando o Gabriel, nem a família dele. – fechei a porta com o pé e caminhei até a cozinha. – Depois a gente resolve isso, beijo, te amo! – falei e ela desligou.
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CONEXÃO
FanfictionSerá que o destino a esqueceu? Será que ela não nasceu pra ficar com alguém? Maitê sempre se questionou após o fim de "casos" curtinhos que tinha, porém sempre muito intensos. Até o dia que destino resolveu levá-la de volta a um caminho pra curar fe...