Australian Beach - Hyunlix

Capítulo 19 - Acredite também no que não existe

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O parque já havia fechado. As únicas luzes que iluminavam o espaço eram das jaulas dos animais e as portas de saída de emergência. Porém, Minho decidiu passar a noite no laboratório para checar algumas coisas que estavam lhe intrigando, como o motivo da agressividade dos animais naquele dia. Seus olhos já pesavam por ter a luz de um abajur na sua cara. Provavelmente já passava da meia noite.

— Por que não encontro nada? — Diz sozinho e impaciente enquanto olhava os papéis com os exames de todos os animais.

Um som ecoa atrás dele, vindo de fora do laboratório, no corredor. Ele se vira com o barulho, mas quando o som para ele ignora e volta a se concentrar no que estava fazendo.

— Deve ter sido só o vento.

Porém ele escuta de novo. Dessa vez mais perto. Ele se assusta com o barulho, mas estava de saco cheio. Minho se levanta e vai até a porta a abrindo e inclinando seu corpo para o corredor para ver o que era. Não escondia um pouco de medo, pois achava que estava totalmente sozinho. O corredor estava escuro, mas pode ouvir a porta das escadas de emergência se fechar. Com certeza tinha alguém ali. Minho engole seco e coloca as mãos no bolso do jaleco, tomando coragem para sair dali e seguir seja lá quem for.

Lentamente ele anda até a aporta de emergência que levava às escadas. Sua mão agarra a maçaneta e a empurra para baixo abrindo a porta. No exato momento que uma fresta se abre, uma mão agarra o colarinho de seu jaleco. Seu corpo congela assim como sua cara de espanto. Naquele momento mil coisas passam em sua cabeça, mas só podia ver seu corpo em um caixão sendo enterrado após ser assassinado violentamente.

Ele é puxado para dentro das escadarias e é preso contra a parede contraria da porta. Minho fecha os olhos, com medo.

— O que a Cinderela faz fora de casa depois da meia noite?

Ele reconhece a voz e abre os olhos aos poucos, não sabia se ficava feliz ou puto da cara.

— Han?

— Oi.

— O que... você está fazendo aqui? Eu quase enfartei por sua causa!

— Eu estava brincando com o Franco e quando passei por aqui vi uma luz acesa no laboratório.