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Melanie Pov's

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Melanie Pov's

Sai dali para atender a ligação, ignorei completamente o que aconteceu a alguns segundos atrás.

A tela do celular mostra que a ligação era do meu pai. Ele só me liga quando é muito urgente. Estranho.

Oi pai, tá tudo bem?

— Onde você está Melanie? — sua voz passava um tom de raiva.

Em uma festa da faculdade. Aconteceu alguma coisa?

— Sua mãe sofreu um acidente, ela não aguentou. Melhor você ir para casa e se arrumar para o enterro, vai ser amanhã às oito da manhã — ele falou quase sem importância e desligou, sem deixar eu dizer algo.

Sabe aquela sensação de achar tudo ao seu redor estranho? Sentir seu coração disparado, suas mãos trêmulas, sua respiração desregulada, seu estômago embrulhar e você não acreditar nas coisas? É exatamente isso que eu estou sentindo, porém não consigo derrubar uma lágrima.

Como ele teve a coragem de dizer tudo isso tão friamente? Eu ainda não quero acreditar que ouvi isso.

Fui embora da festa com meu carro e deixei uma mensagem para Nailea dizendo que eu estava indo para casa.

Eu não estava em condições de dirigir, mas não me importei. Eu só quero que aquilo seja um pesadelo. Que eu acorde com Avani pulando em cima de mim.

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, quando me joguei na cama, minha ficha caiu. Minha mãe morreu. Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida.

Não aguentei e comecei a chorar. Eu só queria um abraço dela. Apenas isso.

E o que mais me surpreende é o jeito que meu pai falou. Como se isso não tivesse importância nenhuma. Eu sei que para ele isso também dói. Mas não precisava ter falado desse jeito.

Ouvi a porta ser aberta e risos altos ecoarem pela casa. Logo as meninas bateram na porta do meu quarto, mas não obtiveram resposta. Porém, elas entraram e se depararam comigo chorando.

— O que foi Mel? — Nailea foi a primeira a perguntar.

— Ela morreu — falei um pouco desesperada e as duas me abraçaram.

— Quem morreu? — Avani disse ainda no abraço.

— Minha mãe Nai, ela sofreu um acidente — deixei mais lágrimas escaparem.

Ficamos abraçadas, percebi que elas também estavam chorando baixinho. Minha mãe era importante para todos.

[...]

— Bom dia Mel, quer ajuda? — Avani falou triste ao entrar no meu quarto já arrumada.

— Não precisa, só vou terminar de passar o corretivo — ela assentiu e saiu.

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