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Caroline 🌻

Eu tava no quarto ouvindo tiros pra todo lado, eu fico preocupada com o Jv e os meninos.

Meu pai morreu dois meses atrás, culpa desses vermes.

Ele era um filho da puta? Era um filho da puta, mas porra, era o meu pai.

Agora eu to aqui agachada do lado da cama rezando pra todos os santos que existem.

Depois de horas, a poeira abaixou.

Ainda não dava pra sair, eu só escutava mães gritando pela morte de seus filhos caídos no chão.

Alguns eram do movimento, outros não. Eu imagino a dor dessas mulheres, não é fácil você criar um filho pra depois o carinha la de cima vim e tirar de você.

Eu respirei fundo e continuei agachada, minutos depois eu ouvir o celular o Jv tocando.

Eu fui la ver quem era, era um numero restrito, não dava pra ver de quem era.

A pessoa desligou e mandou uma mensagem:

"Pega a visão japa, vai na laje ainda agachada e pega uma bolsinha atrás da caixa d'água, não abre essa porra. Joga pela jenelinha do banheiro"

Eu li a mensagem e fiz o que a pessoa mandou, eu subi as escadas e fui meti a mão atrás da caixa.

A bolsinha tava pesada pra porra, e a curiosidade também tava me matando.

Mas eu não abri, deixei a vontade de lado.

Então eu desci pro corredor e entrei no quarto, eu peguei um banquinho fui pra janela que tinha li e vi o Jv olhando pro lado.

Eu assoviei pra ele que olhou pra cima, eu joguei a bolsinha pra ele e voltei pro quarto.

...

Jv entrou em casa com o Gb e formiga, eu desci as escadas e sentei no sofá.

Caroline: Tinha o que naquela bolsa?--- olhei pro Jv.

Jv: Não te interessa não, aquilo la era interesse dos cara--- fechou a cara pra mim.

Eu levantei e fui pra cozinha fazer um lanche pra mim.

Já era nove horas da noite e eu não comi nada.

Formiga: Da um pedaço ai, nunca te pedi nada--- puxou da minha mão.

Gb aproveitou pra pegar também, deu vontade de matar.

Caroline: Pode fazer outro pra mim, ceis acabaram com o meu lanche--- meti logo o tapão na cabeça dos dois.

Gb: Vlw vlw, to indo embora agora que a mulher ta me esperando em casa--- formiga saiu junto com ele.

E eu fiquei sozinha com o Jv, e aquele clima horrível no ar.

Jv: Namoral mermo, tu vai ficar com essa cara de cu mesmo?--- pegou o controle e ligou a tv.

Caroline: João você quer que eu fique como? Olha como eu passei meu aniversário--- meus olhos encheram de lágrimas--- Não faz sentido eu ta nessa vida, amanhã vai fazer três meses que meu pai morreu por causa desses vermes--- soltei todo o choro engasgado--- Minha tia ta entre e a morte, agora não tem como eu falar com ela por que e bomba quebrou.

Ele não falou nada, só levantou e subiu as escadas.

Depois pergunta o por que da minha cara amarrada.

Dois minutos depois ele desceu com uma sacola na mão, e sentou do meu lado.

Jv: Feliz aniversário...--- me entregou a sacola.

Quando eu abri, eu chorei mais ainda.

Era um celular, o novo Samsung que passa na tv.

Caroline: É sério mesmo? É meu?--- ele da de ombros--- Valeu mesmo, obrigada--- abracei ele.

Jv: Aquele celular teu ia explodir, papo retão mesmo, como tu mexia naquilo?

Caroline: Eu dava meu jeito, ué--- fui abrindo a caixa do celular.

E puta que pariu, que celular.

Eu configurei ele todo, fiz o backup das minhas coisas e coloquei meu ship.

Eu tava feliz pra caralho, a primeira coisa que eu fiz foi ligar pra minha prima pra saber sobre minha tia.

E já era de se esperar, o câncer ta afetando o pulmão dela.

Minha vó morreu de câncer também, eu sofri pra porra, ela era minha mãe meu tudo.

23:56

Eu subi pro quarto e me troquei, Jv tava no banho.

Eu tava deitada falando com as meninas sobre a gravidez da Helen que ta de um mês.

Jv saiu do banheiro e se jogou na cama, eu apaguei a luz e desliguei o celular e virei pro meu lado.

Eu senti um frio na barriga quando eu senti a mão do Jv me abraçando.

Em segundos eu dormi.

𝑀𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑑𝑎𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑐𝑎𝑑𝑜 | REPOSTADAOnde histórias criam vida. Descubra agora