O reencontro

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Hashirama Senju

Sempre acreditei em teorias sobre o efeito borboleta, em coincidências do destino, e em como sua alma gêmea está destinada a voltar para você se forem feitos um para o outro.

O problema é que eu tinha certeza que a Mito não era minha alma gêmea, estava longe de ser, nós só estávamos juntos por causa dos nossos filhos, e, ainda sim, tudo era muito superficial; os beijos, os abraços, o sexo que fazíamos uma vez a cada dois meses, tudo estava no limite.

Ela sabia disso.

Eu sabia disso.

Até o nosso filho mais velho sabia disso.

E eu consegui respirar de alívio quando a ruiva chegou em casa com um documento em mãos pedindo o divórcio. Eu nunca fiquei tão feliz em assinar um papel, e fiz com alegria e ansiedade.

Mito arrumou suas coisas em uma mala e avisou que iria viajar com um grupo de amigas por alguns meses. Deixando a guarda dos nossos filhos para mim, por ora.

Meu filho e eu decidimos que era hora de voltarmos para nosso lugar favorito o qual nunca devíamos ter saído, nossa cidade natal, o lugar que nos trazia paz e conforto. Minha filha não tinha muito o que argumentar, afinal, ela tinha a recém completado seus três anos.

Eu fiquei ansioso pela mudança, com sorte, talvez eu reencontre minha paixonite de anos atrás.

Nunca esqueci de como quebrei ambos os corações naquela noite. E em como eu queria voltar no tempo para desculpar-me pelo o que fiz.

Mas eu não tive escolha, precisava fazer aquilo, foi o melhor para os dois, caso o contrário só íamos nos machucar.

Foi uma estratégia boa não sabermos os nomes um do outro, assim não ficaríamos desesperados procurando um pelo outro em redes sociais.

Entretanto, eu não precisava de um nome para reconhece-lo de longe, a imagem de seu rosto estava guardado no fundo da minha mente, eu fazia questão de recordar todos os momentos eróticos que vivemos juntos, toda vez que ia tomar banho.

Lembrava daquela boca chupando meu pau, daquela bunda rebolando contra o meu quadril, dos seus gemidos roucos.

Tudo nele era perfeito, ele era perfeito.

— Hashirama! — Fui tirado dos pensamentos com um Tobirama bravo me encarando.

— Oh, desculpe, disse algo? — Sorri de forma sínica e dei um gole no meu café.

— Perguntei se pretende comprar uma casa ou um apartamento. Onde está com a cabeça?

— Você nem faz ideia... — E nem vai fazer. — Me conta das novidades, como o Itama e o Kawarama estão? E você, está saindo com alguém? O trabalho como está?

— Nem me fala no nome dos pirralhos dos seus irmãos, eu quero esganar aqueles filhos da puta.

— Que agressividade, Tobirama. Garanto que eles não fizeram nada demais e você está exagerando aí.

— Acredite, eles fizeram muitas coisas sim. Eles ficam andando com aqueles dois Uchihas e perdem a noção das coisas. Eu já disse que aqueles Uchihas são má influência pros garotos e ninguém me escuta. O dia que o Itama e o Kawarama forem pegos pela polícia cometendo algum crime pode ter certeza que foi influência dos dois.

— O que eles fizeram de tão ruim assim? — Perguntei um pouco nervoso, apesar de que o Tobirama bravo não era bem uma novidade, ele sempre estava puto com tudo.

Dusk Till Dawn °HASHIMADA°Onde histórias criam vida. Descubra agora