Capítulo 2 - Buscando respostas
Jungkook continuou o tratamento para hipotermia e pneumonia, acrescentando alguns dias de fisioterapia já que sentia algumas dores incômodas pelo corpo, segundo sua médica por ter ficado muito tempo deitado enquanto se recuperava. Melhorou rápida e significativamente mas fingia que não para fugir de seu pai que queria questionar mais sobre seu acidente, além de impedi-lo remarcar aquele encontro com a princesa da Ilha Esmeralda. Para mais sorte, nos mesmos dias o rei demonstrou estar cheio de compromissos, com falta de tempo, e lhe deixou em paz.
Quanto mais dias passavam, mais sua mente não sabia dizer o que exatamente aconteceu no mar. Todavia, os detalhes que disse em voz alta ainda eram claros graças ao seu servo Min Yoongi que não lhe permitiu esquecer por um segundo sequer. Ele estava sempre consigo desde que foi encontrado, ajudou a cuidá-lo e estava bastante empolgado em falar sobre o assunto, em poder desvendar aquele mistério. Tanto que o príncipe até se pegou acreditando na hipótese de ter realmente sido salvo por uma sereia. Mas a situação era estranha e confusa demais para ser aceita com facilidade.
A forma que os dois encontraram para Jeon tentar clarear mais a mente, afim de recordar-se de coisas que deixou passar e reforçar outras, foi começarem a frequentar à imensa biblioteca atrás de livros que dessem sentido a sua experiência, que comprovasse a existência de seres mitológicos que vivem nas águas, que afirmariam que as fantasias eram reais e não apenas delírios de um humano adoecido ao qual vivenciou uma quase morte.
Ao entrar na biblioteca de dois andares, a primeira coisa que se via era o espaço com janelas amplas de ambos os lados. Do direito havia uma extensão de mesa com computadores onde os filhos dos funcionários eram liberados para fazerem uso na parte da manhã para estudarem e fazerem trabalhos escolares. Do lado esquerdo, onde dava para ver o horizonte azul, algumas poltronas acolchoadas, e no meio um sofá circular extenso que tinha quebras em determinados pontos para passagem, no centro dele ficava uma mesa para ser posto o café.
Seguia-se então o extenso corredor com aparência típica de castelo luxuoso, com teto pintado lembrando o da Capela Sistina, e algumas esculturas de anjos enfeitando ainda mais o ambiente.
As paredes eram arquitetadas formando prateleiras recheadas de livros, próximo a elas costumam ter mini escadas para alcançar os que estão no alto. Em pontos específicos, escadas que levavam ao segundo piso ou simplesmente um banco acolchoado para caso se encontre um livro e queira ler por ali mesmo. A parte superior era idêntica, com a diferença que lá, entre as prateleiras, se tem enormes janelas.
Apesar de bem organizadas, e contendo um mapa no computador que mostrava onde estava cada livro, eram livros demais para procurarem o que queriam. Quem sabe encontrariam mais rápido se soubessem exatamente o que estavam procurando... No entanto, o que era?
Já a internet em si era confusa igualmente a mente de Jungkook, afinal, nela existia tudo e nada. O que não era cientificamente comprovado pelos estudiosos, era difícil dizer se era verdade ou pura invenção. Não dava para confiar em relatos de quem pensa ter visto coisas ainda mais pessoas as quais não conhecia e não sabia se tinham algum problema psicológico ou usavam drogas ou simplesmente eram criativas demais.
Talvez ele se encaixasse na última categoria e tivesse criado cenas inexistentes. Quem sabe sofreu um grande trauma e sua mente o fez acreditar ter visto coisas para lhe poupar a dor da verdade. Era uma possibilidade. Mas então por que sua intuição dizia que havia algo a mais?
— Me perdoe a inconveniência, Vossa Alteza. — disse Namjoon, andando atrás dele e do rapaz albino. — Mas já é a quarta vez na semana em que te acompanho junto ao Min e vocês me trancam do lado de fora da biblioteca. Vocês estão andando juntos para cima e para baixo, cheios de cochichos. Por acaso estão tendo um caso?
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Um era uma vez diferente {Jikook}
FanfictionEra uma vez um príncipe encantado pelo mar e a sensação de liberdade ao ver o horizonte sem fim. Sua maior vontade é tocar, se banhar, explorar àquelas águas, mas nunca a concretizou. Não poderia visto que seus pais o proibiam veemente. Até que, apó...