Reino de Luz & Trevas | MinJoong

Reino de Bláythín

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Eu queria ser um bom rei e faria de tudo para chegar a esse êxito. Até mesmo, aceitar a proposta do meu pai, o atual rei.

Como herdeiro, fui criado ciente de que deveria colocar meu povo acima de meus sentimentos e de minha própria felicidade. Reinar não é algo fácil e desde sempre, soube disso e aceitei meu destino sem pestanejar.

Meu reinado chegava à medida que meu pai se cansava e se tornava velho demais para todas aquelas obrigações. Eu não tinha medo. Não, eu sabia que iria vencer todas às dificuldades que me seriam impostas.

A aliança reforçaria o meu reinado e eu só esperava — a pequena parcela egoísta de mim esperava — que, meu suposto marido, também entendesse a responsabilidade de se reinar um império de tamanho esplendor como àquele que nos era destinado.

Eu era um seelie. Todos do nosso reino eram, não sendo à toa que levássemos o nome de “pequena flor". Comparado aos demais reinos, éramos pequeno em tamanho, mas sem sombras de dúvidas, tínhamos às terras mais férteis e a economia mais estável. Éramos um reino rico e isso, não demorou a despertar inveja e mau-olhado de outros reis e herdeiros.

Havia uma chama iminente de guerra entre nossa pequena flor e o reino mais próximo, de Solandys. O herdeiro era alguém excepcionalmente atraente, mas era astuto também e tinha suas ambições.

Park Seonghwa era um vampiro e estes seres só ansiavam por duas coisas: sangue e poder. Ele queria meu reino; ele iria guerrear para ter, pois com meu território, as coisas para Solandys ficariam mais fáceis. O reino que estava afundado em dívidas voltaria a crescer.

Mas eu não deixaria aquilo acontecer. De forma alguma, o que era meu continuaria a ser meu até o dia da minha iminente morte.

E por esse e tantos outros motivos benéficos, a aliança teria que ocorrer.

Os drow eram primos distantes dos seelies — minha espécie — e a maior diferença, sem dúvidas, era aquilo que nos separou por milênios. Minha espécie era boa, gentil e empática; os drow eram nossos opostos. Arrogantes, egoístas e de certa forma, maléficos.

Se aquela aliança não fosse algo bom para meu povo e para afugentar a guerra, eu nunca me casaria com um ser desses.

Contudo, nada tinha a ver com minhas opiniões e emoções. Então, aceitei sem pensar duas vezes. Confiava no senhor meu pai e acima de tudo, sabia no meu âmago que era a melhor opção.

Vivemos longas décadas de paz com todos os reinos vizinhos, para então, começarmos uma guerra. Tínhamos condições, claro. Soldados, armas e riquezas para conseguir vencer batalha por batalha, mas não queríamos perder pessoas inocentes para os vampiros. Guerrear com eles era o mesmo que os oferecer sangue de graça.

Com a união, ninguém seria tolo para se voltar contra os drow. Não temiam nós, mas temiam eles… o suficiente para nunca contrariar nenhum ser dessa espécie.

Sabia que isso resultaria em mais longos anos de pura paz. Só esperava que, meu marido, no futuro, não se voltasse contra mim…

Eu só o vi uma vez. Em algum baile no reino de Andraystez; o reino dos leais lobos que era comandado por Yunho e seu irmão Yeosang.

  Song Mingi era o nome dele, mas todos o chamavam de Lorde da Escuridão. Aparentemente, ele tinha o poder de controlar às sombras e toda a escuridão que as moldavam. Tremia só de imaginar as proezas que ele poderia fazer com isso…

Ele vestia um elegante terno preto de seda que se ajustava ao seu corpo grande e forte. Não precisava chegar perto dele para me sentir como alguém do reino dos anões.