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Durante o café da manhã, senti o peso não só da coroa, mas também em meu pescoço do lugar onde estava o cordão. Eu não sabia o que aquilo havia significado; não sabia o que Mingi quis dizer ao me chamar de meu sol. E o mais assustador das perguntas que me rondavam: o que diabos havia sido aquele beijo?Sentia meu ser tomado por uma inquietação atípica. Não tinha respostas para nada, porém, o dia não era o dos melhores para eu me deixar abater.
Tinha uma importante missão para com meu reino e antes de qualquer questão de viés pessoal, o meu foco, inteiramente, deveria se voltar à minha pequena flor e a segurança de seu legado.
Conforme a hora do baile chegava, eu me preparava, fisicamente e emocionalmente; tomei um relaxante banho de água fria para reduzir o estresse e blindei minha mente para qualquer pensamento que pudesse me atrapalhar.
Vesti um terno de veludo em uma cor verde musco com detalhes em arabescos dourados e como companhia à roupa, uma capa dourada que esvoaçava com seu fino tecido de seda. A peça principal daquilo tudo, era a coroa que ostentava seu poder, no topo de minha cabeça e cabelos castanhos ordenados com cuidado.
Me encarei no espelho, uma última vez e respirei fundo. Uma busca por coragem e para ter a maior calma possível para poder usar uma máscara, diante de tantas pessoas que a também usavam.
Éramos hipócritas. Fingindo gentileza e simpatia, enquanto no fundo, se pudéssemos, todos matariam um ao outro para roubar suas terras e suas riquezas para si e para seus próprios reinos.
Rindo disso com puro sarcasmo, sai de meus aposentos e como de praxe, Mingi me esperava, com os braços cruzados e encostado na parede ao lado da porta de seu próprio quarto. Levantou os olhos para me encarar e me analisou, dos pés a cabeça.
Senti as sombras ao nosso redor se movimentando. Sentia seus olhos analisando cada parte minha; atingindo e descobrindo meu âmago e meus mais profundos segredos. Me sentia exposto e não sabia como agir com aquilo.
Enfim, seus olhos pararam nos meus e a escuridão de suas orbes pareciam um buraco negro que me sugava para dentro de si… cada vez mais para si.
— Vamos? — perguntei nervoso assim que aquilo começou a me fazer engolir em seco de forma ininterrupta.
Mingi só sorriu ladino, percebendo o desconforto que conseguia causar, como se aquele fosse um objetivo maléfico seu de muito, muito mau gosto.
— Vossa alteza parece um tanto… nervoso. — Me estendeu o braço, eu enrosquei o meu nele. Ele riu com a rouquidão de sua voz grossa. — Algum problema?
— Não tem graça, Mingi — refutei à sua alegria.
Ele não voltou a fazer piadinhas durante o caminho até o salão de festas.
Mas, assim que paramos diante das portas, ele me segurou no lugar e não permitiu que eu as abrisse e entrasse. O encarei com raiva, à espera de outra imbecilidade. Novamente, o drow me surpreendeu:
— Você está lindo, Hongjoong — afirmou, os olhos ainda me sugando…
Pisquei algumas vezes, diferindo as palavras. Mordi os lábios, em um conflito interno sobre o que fazer ou falar. Optei pelo mais óbvio e por incrível que parece, pela sinceridade:
— Você também está, Mingi. — Me virei de frente para à porta, novamente.
— Eu sei — sussurrou em meu ouvido.
Quase engasguei ao sentir seus lábios roçarem meu lóbulo e seu hálito fazer cócegas em minha pele, mas me mantive com a mesma postura.
Os sentinelas ao lado da porta, se mantinham inexpressivos diante de nós e fazendo uma reverência conjunta, abriram às portas.
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Reino de Luz & Trevas | MinJoong
Fiksi Penggemar"Todas as suas decisões são pelo bem do povo. Não há espaço para sentimentos quando se tem um reino para governar. Como herdeiro, só lhe basta ser forte e aceitar suas obrigações... Hongjoong seguia isso à risca e por esse motivo, aceitou a temida...