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Orynth, Terrasen, 16 anos atrás.
O castelo de Orynth dormia tranquilamente naquela noite. Lareiras acesas juntamente com roupas e cobertores pesados eram obrigatórios para sobreviver no inverno rigoroso das montanhas de Terrasen.
Um homem encapuzado e armado andava silenciosamente pelos corredores brancos e gelados, se aproximando cada vez mais da área mais nobre do castelo. Curiosamente, nenhum guarda estava patrulhando ali naquela noite.
Chegando ao seu destino, ele abriu a porta sem fazer barulho. Ao entrar no quartinho infantil, avistou a garotinha ruiva, de quatro anos, dormindo profundamente e abraçada ao seu ursinho preferido.
Ele se aproxima e sacode levemente seus ombros.
— Vamos, princesa. Está na hora de acordar. — o homem falou suavemente.
Ela coçou os olhinhos azuis, tentando acordar.
— Papai? Tá frio. — ela tenta se aconchegar ainda mais nas cobertas, tomada pelo sono e pelo calor.
— Eu sei, minha princesa. — Arobynn falou, com o coração apertado — Mas nós precisamos ir antes que seja tarde.
Enquanto a menina se sentava na cama, ainda sonolenta, o pai revirou as gavetas em busca de roupas quentes para vesti-la. Ele não se importou com a bagunça que deixou, quanto mais bagunçado ficasse, melhor seria.
— Aonde nós vamos, papai? — ela perguntou enquanto Arobynn colocava suas pequenas botas.
— Para bem longe, Aries. Para o mais longe que conseguirmos.
— E o papai?
— Ele vai conosco.
— E o Aedion?
Arobynn hesitou. Não podia contar para ela a verdade, se não ela se recusaria a ir.
— Ele está nos esperando. Agora vamos.
O homem a pegou no colo; Aries se agarrou no pescoço do pai, puxando levemente seus cabelos longos e igualmente ruivos. Ela provavelmente pegaria no sono novamente.
Ele deu um sorriso sombrio para o escuro, ela sequer perguntou sobre a mãe.
Sem poder perder mais tempo, eles desceram o mais rápido possível pelos corredores e escadas menos movimentados do castelo, já previamente calculados para que não se encontrassem com ninguém. Ao chegarem nos estábulos, foram recebidos com uma voz rígida.
— Estão atrasados!
— Ou eu venho rápido ou eu venho discretamente! E pelo o que eu me lembro, você disse para sermos discretos! — falou para Rhoe Galathynius, príncipe herdeiro de Terrasen.
Essa com certeza não era a maneira correta de se dirigir ao seu soberano, mas Arobynn estava estressado. E não era como se ele ligasse também, não mais. Sua vida havia desmoronado novamente e ele estava lutando para tê-la de volta - pelo menos os aspectos mais importantes dela.
Rhoe fechou a cara, mas achou inútil discutir; sequer tinham tempo para isso.
— Venha, Ben e Quinn já estão lá fora, esperando.
Ele seguiu o príncipe até o lado de fora, onde o vento cortante os atingiu. Arobynn sentiu Aries estremecer em seu colo então ele pegou uma coberta de lã dos cavalos e enrolou a filha nele.
Ben, seu parceiro, já estava montado em um cavalo marrom. Com seus cabelos dourados, olhos castanhos e seu lindo sorriso bondoso, ele se virou em sua direção e soltou um “Graças aos deuses” baixinho. Quinn, o capitão da guarda, com seu pesado uniforme verde, que um dia ele próprio já havia usado, segurava as rédeas de um cavalo branco.
Arobynn se aproximou de seu parceiro e passou Aries, que já cochilava, para seu colo. Ben a acordou novamente, fazendo-a sentar na cela.
— Promete que vai tomar cuidado, seu idiota? — Ben questionou, rudemente.
Arobynn riu.
— Vocês não vão se livrar de mim assim tão fácil — ele subiu em seu cavalo — Tudo pronto?
Quinn assentiu.
— Saia pelo leste, Ben irá pelo lado oposto, nós cuidamos do resto.
Eles olharam para cima, tendo uma última visão do majestoso castelo de mármore branco com o coração pesado. Nunca mais pisariam naquela cidade novamente, apesar dos altos e baixos, foi o mais perto de um lar que tiveram em todos esses anos.
— Aedion…
— Vou cuidar dele, Arobynn, não se preocupem. — Rhoe interrompeu — Cuidem de vocês nesse momento.
— Obrigado — Ben agradeceu — Por tudo. Nós sempre seremos gratos.
O príncipe herdeiro fez um aceno com a cabeça.
— Boa sorte. — desejou.
Ben e Arobynn se encararam.
— Nos encontramos na cabana — o segundo disse — Amo vocês.
— Nós também te amamos. Te esperamos lá.
Assim, cada um seguiu seu caminho pelos densos bosques. Na manhã seguinte, Terrasen amanheceu de luto.
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Olá amores, como estão?
Vamos à alguns recadinhos:
• Está fanfic não tem compromisso com a história verdadeira de Trono de Vidro, haverá várias alterações no andamento da história, personalidade de personagens e ordem dos acontecimentos.
• Não recomendado para menores de 16 anos. Há gatilhos de sangue, assassinato, torturas, abandono, abuso físico e psicólogico, violência doméstica e palavras de baixo calão.
Espero que gostem da história, comentem e votem muito para me dar apoio! Estou insegura em postar isso kkkk
Até a próxima ♡
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BLOOD CROWN | trono de vidro
FanfictionCOROA DE SANGUE | Aries Hamel já nasceu banhada em sangue. Conhecida como Fúria Vermelha, sua reputação está sempre a perseguindo e fazendo-a ser testada. Mas agora ela será obrigada a vestir uma máscara e jogar um jogo para salvar sua melhor amiga...