BLOOD CROWN | trono de vidro

CAPÍTULO UM

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Aries estremecia sob o gelo e a neve que molhavam seu peito. Estava dolorido para respirar e seus membros já estavam dormentes, mas não podia se mexer, estavam perto demais de Endolvier, e ainda mais perto da comitiva de segurança do príncipe herdeiro de Adarlan. 

— Não tem o que fazer, não aqui, pelo menos. — declarou Ben, com uma gota de sensatez no mar de loucura que eram as ideias do marido e da filha.

Arobynn suspirou, condensando ainda mais sua respiração com o frio.

— E se deixarmos eles seguirem viagem por alguns dias? Pelo menos até longe o suficiente de Endolvier. 

— Ainda é arriscado! Eles são em 20, somos apenas três…

— Quatro, com Celaena. — Arobynn o interrompeu. 

— Não sabemos o estado de Celaena! — Ben se irritou com a interrupção repentina — Sabemos que ela está viva, isso já basta, o resto damos um jeito lá em Forte da Fenda.

— Dando um jeito como? Invadindo o castelo? Aqui na estrada é muito mais fácil! É só esperar, nem que seja por alguns dias…

— Dias? — foi a vez de Ben de interromper — Não temos suprimentos para dias! Ainda tem Lysandra e Orion, não podemos deixá-los sozinhos por mais tempo. Já estamos dias demais fora! 

Aries repousou o rosto nas mãos pensando em alguma ideia que seus pais não tiveram. Realmente não queria esperar; seu filho era pequeno, e por mais que confiasse em Lysandra para cuidar dele, ele precisava da mãe. Além de que mesmo quatro contra vinte seria perigoso, ainda mais naquelas montanhas, com aquele inverno e eles com poucas armas.

Mas, em Forte da Fenda, a única maneira que teriam de resgatar Celaena seria invadir o Castelo de Vidro, o que seria suicídio. 

Com tantas rebeliões e ataques rebeldes, entrar seria a maior provação, porém uma vez lá dentro, sair seria razoavelmente mais fácil. Então teriam que dar um jeito de entrar no castelo amistosamente, além de acharem uma maneira de permanecer lá dentro por tempo o suficiente para encontrar com Celaena e mapear uma rota de fuga decente.

Algo que apenas um empregado teria acesso.

Aries se arrastou até uma das árvores do bosque o qual se escondiam e declarou:

— Vamos para casa, eu encontrei uma maneira de invadir o castelo.

Os dois homens olharam para ela com uma mistura de incredulidade e ceticismo.

— Como? — perguntaram em uníssono, às vezes o laço de parceria faziam eles pensarem como um só, e quando não estavam pensando como um só eles estavam quase se matando, como alguns momentos antes.

— Vou pedir emprego no palácio.

Arobynn soltou uma risada engasgada.

— É sério! — a filha protestou — Assim teremos tempo de sondar o Castelo de Vidro por uma rota de fuga e ver o estado de Celaena. Vai ser uma maneira fácil de entrar e facilitará na saída! 

— Minha princesa, é o Castelo de Vidro! Dezenas de pessoas vão pedir emprego lá todos os dias! — disse Arobynn — E você não sabe fazer nada de útil para eles, porque eles te contratariam?

Aries abriu a boca para protestar mas Ben interrompeu.

— Exatamente. Não tem como garantir que você consiga um emprego, minha filha.

— Eu conheço alguém de dentro, ele vai me ajudar!

— Quem?

— O Capitão da Guarda!

Arobynn franziu o cenho.

— Como você conhece o Capitão da Guarda?

Aries hesitou, então resolveu continuar como se não tivesse ouvido a pergunta.

— Pensem nisso, é o melhor que vamos conseguir fazer! Ninguém vai negar emprego para uma mãe solteira e desamparada.

— Vai tentar emprego na Guarda então? — Ben concluiu e a filha concordou — Vai usar outro nome, não é?

A mulher negou com a cabeça, os pais estranharam.

— Agora sim que não vai conseguir o emprego! Você é uma Hamel, Aries, não vão colocar uma assassina para dentro do castelo para junto do Rei.

— Vão considerar se eu estiver fugindo dos meus pais abusivos! — ela provocou e Arobynn xingou baixinho — Talvez eu passe uma ou duas informações sobre vocês…— eles ficaram em silêncio, ponderando — Qual é, é o melhor plano que temos até agora!

— Não olhe para mim, a filha é sua! — disse Ben para o marido após sentir o olhar dele sobre si.

— Está bem, vamos voltar. Realmente é o plano que mais terá chances de dar certo.

— Mas se der errado vocês duas estão mortas, sabe disso, não sabe?

— É claro, mas eu preciso de minha irmã de volta, então vale a pena arriscar.

Aries não ia desistir, todos sabiam disso. Celaena era sua irmã, um tipo de gêmea de alma que vale mais do que qualquer conexão sanguínea. Devia isso a ela. Devia muitas coisas a ela…

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Olá amores, como estão?

Então, o que estão achando? Está bom? Estão curiosos?

Admito que faz muito tempo que não escrevia algo para mim, essa é a primeira coisa em anos e sabe, eu estou super feliz  tenho ideias incríveis para o andamento da história! Quero mudar e adaptar coisas que não gosto em tog e acho que vou fazer isso muito bem
Espero que me acompanhem nessa jornada

Até a próxima <3