Até então fazíamos massagem um no outro - ela mais em mim do que eu nela, porque dizia que minha massagem era muito ruim - e comparava com a do ex, que sabia fazer uma massagem muito boa, segundo ela. Lembro de ela ter feito massagem em meus pés algumas vezes, e pedia para fazer igual nela em seguida. Levei um tempo para aprender, mas conforme ia melhorando, ela ia diminuindo a massagem que fazia em mim. Até que peguei definitivamente o jeito que ela gostava: a massagem em seus pés virou uma rotina diária, assim como masturbá-la. Esse contato diário com suas solas mais o tesão sempre lá em cima, serviu para quebrar minha resistência a podo. Ela notou - tanto meu nojo inicial quanto as resistências sendo quebradas -, e passou a pedir cada vez mais seguido que eu desse um beijo seus pés depois da massagem - e eu fazia cada vez com mais gosto (o que ela também notou). As massagens dela em mim foram rareando cada vez mais, mas vez ou outra eu ganhava uma, quando mandava muito bem nela - e dá-lhe me esforçar pra ser sempre essa que merecia a retribuição. Ela parou de pedir que beijasse seus pés, eu segui beijando - aparentemente por inércia, para ela não ter que ficar pedindo toda vez. Até ela dizer que não precisava beijar seus pés e eu devolver com um "mas eu quero" entre o choroso e o convicto: era mais uma senha de que eu estava cada vez mais submisso, cada vez mais aos seus pés - e ela saberia se aproveitar. Nunca mais recebi uma massagem dela: a recompensa por ter feito uma boa massagem (na verdade medida pelo tempo de massagem, já que eu estava muito bem adestrado no jeito que ela gostava) agora era poder beijar seus pés: a massagem não tinha durado o tempo que ela gostaria que durasse? Sem problemas, eu só não beijaria os pés dela ao final; claro que isso nunca aconteceu. Mas assumo, ainda que fizesse com prazer, eu morria de vergonha de fazê-lo (não sei explicar o porquê, se era pela submissão tão marcada, se por esse prazer fetichizado, por me sentir humilhado).
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Submissendo - Memórias de um submisso em evolução.
SachbücherOu Como cheguei ao ponto onde estou na submissão dentro do BDSM e por onde gostaria de seguir