Passou um mês da sessão de podolatria (que nunca mais se repetiu, eu não tive coragem de pedir de novo, apesar da vontade, ela talvez por ter conseguido o que inconscientemente queria) quando transamos novamente. O namoro seguia bom, no velho esquema de controle-submissão-satisfação-dela-pornografia-pra-mim, mas a abstinência sexual começava a pegar. Quando foi quatro meses depois dessa transa, ela terminou o relacionamento: disse que gostava de mim e não era justo me privar de sexo, como estava fazendo. No fundo, penso que houve uma somatória de fatores: desde que dera pra trans, ela não me via mais como "homem" apto a penetrá-la, tinha perdido esse tipo de tesão por mim (na verdade, desde o segundo ou terceiro mês de namoro, ela adorava elogiar o pau do ex-namorado pra mim, que era grande e grosso e dava tesão só de pegar - como nunca fui noiado com isso, ainda que não achasse o comentário dos mais agradáveis, não me incomodava tanto, no máximo me sentia desafiado a compensar de outras formas); ao ver que eu estava totalmente na mão dela, também perdeu a graça me "conquistar"; também notou que isso poderia continuar depois do namoro, sem o ônus de namorar comigo - esta era uma jogada de risco, mas foi o que aconteceu. Mantivemos uma amizade próxima por meia década - mas depois entroe nisso, agora conto da nossa última transa.
Já havíamos terminado há uns meses. Ficávamos de vez em quando - e quando ficávamos, invariavelmente terminava comigo masturbando ela. De vez em quando ela dormia na minha casa também - se caso ela fosse numa festa perto dela e não acabasse na casa de algum outro cara.
Uma tarde, eu estava na casa dela, trocamos uns beijos e comecei a provocá-la. O clima foi esquentando até chegar no ponto de ela dizer: "ou você para me provocar agora, ou vamos pro quarto pra você me comer". Fomos para o quarto, seguimos nos pegas. Levanto para pegar a camisinha, encapo o pau, e quando me volto para ela, está de quatro na cama. Linda, maravilhosa, a bunda empinada parecendo uma maçã do amor perfeita com aquela cinturinha que ela tinha. Era a primeira vez que eu a via assim. Era tirar sua calcinha e comê-la de quatro, finalmente! O tesão foi às alturas... e eu comecei a perder vigor. Ainda tentei agir como se estivesse tudo normal, mas estava me sentindo uma fraude, com ela de quatro pra mim: ela era superiora, não deveria ficar de quatro nunca pra ninguém. Ela mudou de posição, tentamos retomar, em vão. Eu provava ali que não era mesmo homem pra ela. Frustrado, humilhado, fui tomar um banho, gozei com uma punheta embaixo do chuveiro.
Não conseguir sustentar uma ereção seria uma constante a partir desse dia. Voltaria a conseguir manter o pau meia bomba quando voltei a dar para uma trans, cinco anos depois. Penetrar uma mulher, só conseguiria oito anos depois (por muito tempo isso foi para mim uma "mancha" no currículo; desde que assumi que sou sub mesmo, e é a vida, apesar da frustração desses anos todos, vejo como certo triunfo - ainda que seja um sentimento bastante contraditório, justo porque eu gostaria de ter comido muito mais mulheres).
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Submissendo - Memórias de um submisso em evolução.
No FicciónOu Como cheguei ao ponto onde estou na submissão dentro do BDSM e por onde gostaria de seguir