4. Eu conheço alguém

613 76 43
                                    

Oi seus maravilhosos!

Demorei um pouquinho a mais, mas veio aí.

Sem mais delongas, boa leitura <3

---------------------------------------

- Como assim falida? - Eu continuava atônita.

- Digamos que o Império Freire no momento só possui o nome de prestigio porque na realidade, não fazemos um bom negócio há meses. Tínhamos parcerias com a prefeitura para colaborar na manutenção e construção de obras públicas mas fecharam acordos com outra empresa terceirizada. Com a crise na economia Brasileira, nossa situação só piorou. Os números só descem. - Clóvis indicou os papéis com os dados financeiros.

- Você ainda não está falida já que possui os bens deixados por seu pai, mas é questão de tempo até que a situação se agrave e medidas drásticas sejam tomadas. Para evitar que chegue nesse ponto é importante que você trabalhe e dê conta de gerenciar essa crise. - Clóvis me explicava tudo com a maior calma e eu tentava não surtar com aquelas informações.

- Ça craint! - Penso em voz alta.

- Como disse, senhorita?

- Como esperam que eu resolva isso? Acabei de chegar a empresa. - Digo, ignorando a pergunta.

- Nós vínhamos discutindo o assunto há um tempo e chegamos à conclusão de que iremos precisar da ajuda de um consultor de marketing ou especialista na área, temos anos de experiência aqui, porém o mercado sofreu diversas alterações nos últimos tempos.

- Certo, Bill. Vocês já têm alguém em mente? - Pergunto focando na solução.

- Ainda não, decidimos falar com a senhorita primeiro. - Ele me responde.

- Ok, fizeram bem. – Hum, consultor de marketing, penso nisso por alguns segundos e a minha mente voa em direção a Loira de olhar curioso que eu havia conhecido naquele final de semana. – Eu acho que conheço alguém, vou cuidar disso.

- Certo, acredito que podemos encerrar por hoje, senhores e senhorita. - Clovis anuncia o fim da reunião e se retira da sala sendo seguido por João.

Me recomponho ainda processando todas aquelas informações e me levanto para sair, mas sou impedida por Bill.

- Ju, tem um minuto?

- Claro, do que se trata?

- Acho que ainda não tive a oportunidade de te dizer o quanto eu sinto pela partida do seu pai, era um homem tão bom, tão generoso. – Ele diz ajeitando o seu topete.

- Obrigada, Bill. - Eu agradeço querendo que aquilo acabasse logo, já não aguentava mais receber condolências.

- Então Ju, eu sei que ele deixou explicito no testamento que você deveria comandar a empresa, mas está certa quanto a essa decisão? Pode não ser a melhor escolha. Se você quiser eu te ajudo, seguro a responsa, Jujuba. - Ele se aproximou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Eu sabia onde ele queria chegar me chamando por aquele apelido cafona, nós tivemos um breve namoro na adolescência e meu pai apoiava muito aquela relação. Sempre gostou de Bill como se fosse um filho, certamente ficaria honrado em vê-lo casado comigo e comandando a empresa. Mas aquilo havia ficado no passado, eu não sentia mais nada por ele.

- Bill, eu já tomei minha decisão. Vou enfrentar o desafio até o fim. - Digo, afastando sua mão do meu rosto.

- Tudo bem, linda. Se mudar de ideia sabe onde me encontrar. - Deu uma piscadela como se fosse um galã de filme.

Mission SecrèteOnde histórias criam vida. Descubra agora