Cαpítulo: 4

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ʟᴀ ᴄᴀsᴀ ᴅᴇ ᴘᴀᴘᴇʟ - ᴘᴇʀᴅɪᴅᴏs ɴᴏ ᴀᴍᴀɴʜᴀ

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ʟᴀ ᴄᴀsᴀ ᴅᴇ ᴘᴀᴘᴇʟ - ᴘᴇʀᴅɪᴅᴏs ɴᴏ ᴀᴍᴀɴʜᴀ

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Memória

Todos nós estávamos hospedados em uma casa. Eu estava em meu quarto, sentada na cama desenhando com básico: Um lápis, um caderno e uma borracha. Não precisava de muito para me expressar em papéis em branco.

Lembro-me bem que aquele quarto estava caindo aos pedaços. Não sei por que, mas lugares desse tipo me perseguem.

Estava vestida apenas com uma calcinha preta e uma blusa preta, acompanhada de uma meia cinza e uma gargantilha preta. Meus cabelos estavam soltos, de vez em quando eles paravam na minha cara, fazendo com que eu os botasse atrás da orelha a cada cinco minutos.

Escutei umas batidas na porta. Parei de desenhar e pensei em quem poderia ser. Me levantei, coloquei meu caderno e materiais na escrivaninha ao lado da cama e fui direto a porta.

— Quem é? — Sussurrei para a pessoa do outro lado da porta.

— Sou eu. Me deixa entrar. — Falou a pessoa no qual era impossível não reconhecer sua voz. Era Rio.

Nesse momento, me peguei pensando um pouco se deveria abrir a porta ou não. Me pergunto o que teria acontecido se eu não tivesse aberto. Bem, nunca saberemos. Eu abri.

Abri a porta e o puxei para dentro do quarto, antes de fechar olhei para os dois lados do corredor, para ver se tinha alguém. Não tinha ninguém, era só precaução.

— O que você tá fazendo Rio? — Andei para frente dele.— Se o professor pega a gente, ele mata nós dois. — Sussurrei.

— Eu sei, vem, eu tenho que falar com você.— Também falou sussurrando. Ele me puxou pela blusa para frente da cama. Rio se sentou e me chamou para se sentar também.

— Vem, senta.

— O que foi?

— Senta logo, cacete.— Me sentei ao seu lado e olhei pra ele.

— O que foi? — Pergunto novamente.

— Amanhã é o assalto.— Engoliu seco.— A gente não sabe o que vai acontecer. — Falava nervoso. Eu apenas o encarava, esperando ele formular seja lá o que ele estava querendo.

— Quero que saiba que tô levando a gente a sério.— Dei um sorriso fraco para ele. — E sabe, eu tava pensado se... se você não quer deixar isso mais sério. — Meu sorriso se alargou. — Por isso eu quero te dar uma coisa. — Ele tirou uma correntinha de prata que estava escondida dentro da blusa e colocou em minha mão.

— Não comprei um anel, porque estamos presos aqui.— Sorri olhando pra correntinha. Suas mãos estavam embaixo das minhas. — Mas assim que eu sair daqui eu vou comprar um anel com tanto diamante, que você não vai conseguir nem andar direito. — Levantei meu olhar, olhando pra ele, que já estava olhando pra mim e simplesmente sorrimos nos encarando.

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2023 ⏰

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𝐋𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐏𝐄𝐋 ━━━━━ ᴘᴇʀᴅɪᴅᴏs ɴᴏ ᴀᴍᴀɴʜᴀ  Onde histórias criam vida. Descubra agora