𝐔MA ASSASSINA procurada por toda a Espanha e uma emboscada a sua espera. Foi quando um homem de Selta Ibiza 92 vermelho chegou oferecendo uma proposta muito tentadora.
sᴇʀɪᴀ ᴇʟᴇ sᴇᴜ ᴀɴᴊᴏ ᴅᴀ ɢᴜᴀʀᴅᴀ ᴏᴜ ᴇʟᴇ ᴀ ᴄᴏɴᴠɪᴅᴏᴜ ᴘᴀʀᴀ sᴜᴀ ᴍᴏʀᴛᴇ?
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ʟᴀ ᴄᴀsᴀ ᴅᴇ ᴘᴀᴘᴇʟ – ᴘᴇʀᴅɪᴅᴏs ɴᴏ ᴀᴍᴀɴʜᴀ
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MEU NOME É ITÁLIA, mas quando essa história começou, eu não me chamava assim.
"Suspeita de roubo em fuga, deixa um morto pra trás e 3 pessoas gravemente feridas." — O noticiário que se passava na televisão antiga do quarto anunciou.
Essa era eu.
E o morto, meu irmão mais velho.
Da última vez que eu o vi, ele tava com uma poça de sangue com os olhos abertos.
Realizamos 18 roubos limpos. Mas misturar família com trabalho, nunca dá certo. Então quando o segurança atirou, tive que mudar de profissão, de ladra a assassina. E assim começei a fugir. De certa forma, eu também estava morta.
Ou quase morta.
Levantei da cama, em que estava deitada e fui a procura da minha mochila. Revirando algumas tralhas pelo quarto, a encontrei.
Aquele lugar aparentava ter sido abandonado a alguns anos. Mas entre ser presa e dividir a casa com ratos, eu prefiro os ratos. Eles não falam, não te incomodam, não te julgam. São ótimos amigos. O único problema era que não tinha limite no quesito banheiro. Eles defecavam em qualquer lugar. Ainda sim, prefiro os ratos.
Começei a juntar minhas coisas. Pistola, Munições, roupas velhas, cigarros e drogas. Tudo que tinha de útil naquele quarto. Peguei alguns trapos menos surrados que estavam por lá e me vesti.
Estava com um moletom preto com capuz e uma calça jeans azul escura. Acrescentei uma peruca castanha longa, para não me reconhecerem. Botei um boné vermelho, coloquei o capuz, joguei minha mochila nas costas e saí da casa.
"Vende-se"
Estava escrito na porta da casa completamente desgastada.
Eu tava escondida há 20 dias. Minhas fotos estavam espalhadas em todas as delegacias da Espanha. Eu podia pegar 30 anos. Mas falando a verdade, eu não quero envelhecer na cela de uma prisão. Então prefiro fugir. De corpo e alma. E se eu não posso levar o meu corpo, pelo menos minha alma escapa.
Depois de alguns minutos caminhando, apressei alguns passos até um orelhão que havia avistado próximo de onde estava. Eu tinha coisas importantes para fazer. Na verdade uma só.
— Alô? — Fala uma mulher cabisbaixa.
— Mamãe? — Pergunto incerta.
— Ah, minha filha. — Ela deixa escapar um leve suspiro.
