Conto 2: Mistério/Crime.

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Morte na Mansão.

☆ Capítulo Único ☆

    Não esperaram dez minutos para assistirem, exercendo a liberdade do homem da lei, o sargento da polícia adentrar no salão daquela mansão.

O aguardado policial é famoso pelo seu jeito todo peculiar de incontrar pistas onde muito poucos encontrariam. Seus colegas lhe chamam de Sherlok Holmes brasileiro.
Imponente e muito seguro no olhar, ele deu uma vista de olhos, ainda em silêncio, no que cerca à primeira vista de quem passar pelo portal na sala da mansão.

Amontoadas num dos cantos da robusta sala de estar, estão pouco mais de vinte jovens. Uns de pé e outros sentados em poltronas.

Mantiveram-se atentos ao agente-chefe. Olhos expõem medo, repúdio e aversão pela ordem (não sairá ninguém daqui) dada pelos primeiros policiais que chegaram após uma chamada ao 197, para a polícia do estado.

O sargento, expondo uma voz viril e seca, pediu que os policiais o conduzissem até local onde a vítima se encontra. Um deles sinalizou ao outro indicando para que ficasse atento às testemunhas.

Saíram para o outro cômodo.

Chegaram num grandioso quarto. O lugar denota ser de algum adolescente com notórios muitos desejos realizados.

Pôsteres espalhados por todas as paredes exibem a apreciação por grupos de Punk e Heavy Metal.

Mais ao fundo, há um janelão com grades de segurança - desses que se instalam para as crianças não passarem perigo. Tem as duas portas escandaradas.

Amarrada às grades está uma gravata e, é nela onde está pendurado um corpo sem vida: Um raquítico jovem branco de menos de vinte anos.

O sargento aproximou-se da cena.

Observou que o jovem tem suas unhas e os lábios tingidos em preto, assim como as roupas que vesti seu corpo desalmado.
Seus braços estão rabiscados em tatuagens esplendorosamente bem desenhadas em figuras que esboçam o fanatismo pelo sombrio.

Há um tamborete caído debaixo do corpo; o que corrobora com a tese do suicídio.

O olhar atento do chefe deu uma minuciosa vista de olhos no quarto a buscar algo de suspeito.

Atentou-se ao criado-mudo onde há um porta-retratos  expondo cinco fotografias.

O chefe abaixou-se e, sem tocar no quadro, observou que em todas as fotos está o mesmo rapaz estrangulado na janela.
Em duas delas, ele está acompanhado de uma moça branca de mesma idade, na qual, em uma estão em algum show caracterizados de diabos e em outra estão deitados na mesma cama daquele quarto. É notório o grandioso carinho e a paixão entre o casal.

Há um cinzeiro pousado a frente do porta-retratos. Entre as tantas guimbas amarelas, que transbordam à peça, estão outras de cigarros caseiros.
O chefe meteu à mão no bolso, retirou uma luva cirúrgica e vestiu sua mão esquerda. Pegou num dos restos dos cigarros cazeiro e levou até seu nariz; "maconha" identificou, "e foi recém fumada" concluiu a si mesmo.

Pôs-se de pé e buscou por mais vestígios delatores, porém, não há nada a mais de anormal.

Retornaram para a salão principal e depararam-se com os jovens amedrontados e nervosos a espera que os deixassem irem aos refúgios de suas casas.

Varreu o lugar numa apurada análise ao que lhe cerca. Uma festa de grande porte estava acontecendo quando o ocorrido se realizou.
O chefe cochichou algo ao colega que o acompanhou na cena do então suicídio. Logo em seguida, o policial apontou para uma das jovens.

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