Capítulo 16

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Taehyung se debruçou sobre mim, ofegante, com seus cabelos fazendo cócegas no meu peito.

- Meu Deus, não posso passar mais de um dia sem isso. Até as horas no trabalho pareceram uma eternidade.
Percorri com os dedos as raízes úmidas de suor dos seus cabelos. - Também senti a sua falta.
Ele passou o rosto entre meus seios. - Quando estou longe de você, fico... Não fuja mais de mim, Nelly. Não consigo ficar sem você.
Ele me puxou para que eu ficasse de pé na frente dele, mantendo o pau dentro de mim até que meus saltos tocassem o piso de madeira.
- Vamos lá pra casa agora.
- Não posso ir embora sem Jimin.
- Então vamos levá-lo junto. Shh... Antes que você diga qualquer coisa, seja o que for que ele pretende conseguir nesta festa, eu posso providenciar. Ficar aqui não ajuda ninguém.
- Ele pode estar se divertindo.
- Não quero você aqui. - De repente ele pareceu distante, com um tom de voz controlado demais.
- Você tem ideia do quanto me deixa chateada falando uma coisa dessas? - Chorei baixinho, com o peito queimando de dor. - O que tem de errado comigo? Por que não posso chegar perto da sua família?
- Baby, não. - Ele me abraçou, acariciando minhas costas para que eu me acalmasse. - Não tem nada de errado com você. É esta casa. Eu não... eu é que não posso ficar aqui. Você quer saber com que eu sonho? É com esta casa.
- Ah. - Senti um nó no estômago de preocupação e de surpresa. - Desculpe. Eu não
sabia.
Alguma coisa na minha voz fez com que ele desse um beijo na minha testa. - Fui grosseiro demais com você hoje. Desculpe. Fico agressivo e irritado quando estou aqui, mas isso não é motivo.
Agarrei seu rosto com as duas mãos e olhei bem para os olhos dele, conseguindo um vislumbre dos sentimentos turbulentos que Taehyung estava tão acostumado a esconder.
- Nunca se desculpe por ser você mesmo quando está comigo. É isso que eu quero. Quero ser seu porto seguro, Taehyung.
- Isso você já é. Você nem imagina quanto, mas vou arrumar um jeito de explicar.
Ele grudou sua testa contra a minha. - Vamos pra casa. Comprei umas coisinhas pra você.
- Ah, é? Adoro presentes. - Principalmente quando vinham do meu namorado assumidamente nada romântico.
Com cuidado, ele começou a sair de dentro de mim. Fiquei até assustada ao perceber como estava molhada, dando-me conta do quanto ele havia gozado. Os últimos centímetros escorregaram com força para fora, respingando sêmen na parte interna das minhas coxas. Logo depois, duas audaciosas gotinhas caíram sobre o piso de madeira por entre minhas pernas abertas.
- Merda - , ele rosnou. - Isso é bom demais. Já estou ficando duro de novo.
Olhei para sua demonstração desavergonhada de virilidade e senti um calor subir pelo corpo.
- Você não vai aguentar depois de tudo aquilo.
- Claro que vou. - Pegando meu sexo com a mão em concha, ele me deixou toda meladinha, apertando os grandes lábios e massageando a parte interna com os dedos. Senti uma euforia se espalhar dentro de mim como o calor de um gole de uma bebida fina, um senso de contentamento que provinha simplesmente do fato de Taehyung gostar de desfrutar de mim e do meu corpo.
- Viro um animal quando estou com você - , ele murmurou. - Quero te deixar marcada. Quero possuir você de tal forma que não exista mais nenhuma distância entre nós.
Meus quadris começaram a se mover em pequenos círculos. Suas palavras e seu toque reacenderam o desejo que ele havia tornado ainda mais intenso com a força de seu pau. Eu queria gozar de novo, não queria ter que esperar até chegarmos à cama dele. Eu também virava uma criatura sexual ao lado de Taehyung, tão fisicamente em sintonia com ele e com tanta certeza de que ele jamais ia ferir meu corpo que me senti... livre.
Tomei seu pulso entre os dedos e guiei lentamente sua mão pelo meu quadril até
chegar à minha bunda. Mordendo seu queixo, reuni a coragem que ele me inspirava e
murmurei: - Me toque aqui. Me marque bem aqui.
Ele ficou paralisado, com o peito arfando em movimentos acelerados. - Eu não...
Ele pôs mais força na voz. - Eu não faço anal, Nelly.
Olhando em seus olhos, vi a presença de algo obscuro e volátil. Algo muito doloroso.

De todas as coisas que poderíamos ter em comum...

A paixão bruta da luxúria se acalmou até chegar à familiaridade amena do amor.
Com o coração sangrando, confessei: - Eu também não. Pelo menos voluntariamente.
- Então... por quê? - A perplexidade de seu tom de voz me comoveu.
Eu o abracei, pressionando o rosto contra o dele e ouvindo a batida quase desesperada de seu coração. - Porque acredito que seu toque pode me fazer esquecer o de Nathan.
- Ah, Nelly. - Ele deitou o rosto sobre a parte de cima da minha cabeça.
Eu o apertei ainda mais forte. - Com você eu me sinto segura.
Ficamos abraçados por um bom tempo. Ouvi sua pulsação se acalmar e sua respiração ficar mais lenta. Inspirei profundamente, deliciando-me com a mistura do cheiro
dele com o da nossa luxúria furiosa e do sexo ainda mais intenso.
Quando a ponta do dedo médio dele deslizou suavemente até as pregas do meu ânus, eu me afastei e olhei para ele. - Tae...?
- Por que eu? - , ele perguntou baixinho, com seus lindos olhos parecendo confusos e tempestuosos. - Você sabe que tenho traumas, Nelly. Você viu o que... naquela noite em que
me acordou. Você viu, porra. Como pode entregar seu corpo pra mim desse jeito?
- Confio no meu coração e no que ele está me dizendo. - Desfiz com os dedos a ruga entre suas sobrancelhas. - E você é capaz de devolver meu corpo pra mim, Taehyung. Acho que ninguém mais além de você pode fazer isso.
Ele fechou os olhos e encostou sua testa suada na minha. - Você tem uma palavra de segurança, Nelly?

EM REVISÃO - All Yours (Toda Sua) Livro 01 [K.T.]Onde histórias criam vida. Descubra agora