Capítulo 17

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  Eu me levantei em um pulo.

- Nada disso - , ele me avisou com um tom de voz sombrio. - Nada de fugir. Ainda não terminamos.
- Você não sabe do que está falando. - Estar sob o domínio de alguém — perder o
direito de dizer não! —, eu jamais permitiria que isso voltasse a acontecer. - Você sabe pelo que eu passei. Preciso estar no controle, tanto quanto você.
- Sente-se, Nelly.
Fiquei de pé só para provar o que estava dizendo.
Ele abriu um sorriso bem largo, e eu derreti por dentro. - Você tem alguma ideia de como sou maluco por você? - , ele murmurou.
- Você realmente é maluco se está achando que vou aceitar obedecer ordens o tempo todo, principalmente na hora do sexo.
- Ora, Nelly. Você sabe que não tenho interesse em bater, punir, machucar, humilhar nem tratar você como um cachorrinho. Nenhum de nós dois precisa disso. - Ajeitando-se na cadeira, Taehyung se curvou para a frente e apoiou os cotovelos na mesa. - Você é a coisa mais importante da minha vida, é o meu tesouro. Quero proteger você e fazer com que se sinta segura. É por isso que estamos conversando sobre isso.

Minha nossa. Como é que ele conseguia ser tão maravilhoso e tão insano ao mesmo tempo?
- Eu não preciso ser dominada!
- Você precisa é de alguém em quem confiar... Não. Quieta, Nelly. Espere até eu terminar.
Meu protesto virou silêncio.
- Você me pediu para reavivar seu corpo fazendo coisas que antes eram dolorosas e
assustadoras. Não sei nem dizer o que significa essa confiança pra mim, e como eu me sentiria caso fizesse algo e acabasse perdendo isso. Não posso arriscar, Nelly. Precisamos fazer do jeito certo.
Cruzei os braços. - Acho que sou muito burra mesmo. Pensei que nossa vida sexual fosse o máximo.
Pondo o cálice sobre a mesa, Taehyung continuou falando como se eu não tivesse dito
nada. - Você me pediu pra satisfazer uma necessidade sua, e eu concordei. Agora precisamos...
- Se não sou o que você quer, pode dizer de uma vez! - Pus meu cálice e o porta-retratos sobre a mesa antes que fizesse alguma coisa com eles de que depois me arrependesse. - Não precisa ficar dando voltas...
Ele contornou a mesa e chegou até mim antes que eu pudesse dar um ou dois passos atrás, cobrindo minha boca com a dele e me aprisionando em seus braços. Como já havia
feito antes, ele me levou até uma parede e me segurou contra ela, agarrando meus punhos e
erguendo-os sobre minha cabeça.
Não pude fazer nada quando ele dobrou os joelhos e começou a esfregar o pênis ereto no meio das minhas pernas. Uma vez, depois outra. A seda criava atrito com meu clitóris. Seus dentes se fechando sobre meu mamilo coberto me fizeram estremecer, enquanto o cheiro de sua pele recém-lavada me intoxicava. Prendendo a respiração, soltei-me em seus braços.
- Viu como você se submete em um instante quando assumo o controle? - Ele beijou minhas sobrancelhas, e eu as levantei de surpresa. - E é gostoso, não é? É a coisa mais certa a fazer.
- Isso não é justo. - Olhei bem para ele. O que esperava que eu respondesse? Perturbada e confusa como estava, eu só poderia concordar.
- Claro que é. E é verdade.
Meus olhos se alternavam entre seus cabelos negros e sedosos e as feições bem desenhadas de seu rosto incomparável. O desejo que me abateu era tão agudo que chegava a doer. O trauma que ele escondia me fazia amá-lo ainda mais. Havia momentos em que parecia que eu encontraria outra parte de mim dentro dele.
- Não consigo evitar, quando você me deixa com tesão - , murmurei. - Meu corpo é programado fisiologicamente pra amolecer e relaxar, pra você poder enfiar seu pau enorme
em mim.
- Nelly. Vamos ser sinceros. Você quer que eu esteja no controle. É importante pra você poder confiar em mim, saber que vou cuidar de você. Não tem nada de errado nisso. E o mesmo vale pra mim — preciso que você confie em mim a ponto de abrir mão do controle.
Não conseguia pensar com ele ali grudado em mim, atormentando meu corpo com o contato tão próximo. - Eu não sou submissa.
- Comigo você é. Se pensar bem, você vai ver que está tentando me dizer isso desde o começo.
- Você é bom de cama! E tem mais experiência. Claro que eu deixo você fazer o que quiser comigo. - Mordi o lábio inferior para fazer com que parasse de tremer. - Desculpe se não sou tão interessante como você.
- Não é nada disso, Nelly. Você sabe que adoro transar com você. Se pudesse, não faria mais nada da vida. Não estamos falando de brincadeirinhas que me excitam.
- Então estamos falando do que me excita? É isso?
- É. Foi o que eu pensei. - Ele franziu a testa.
- Você está chateada. Eu não queria... droga. Pensei que falar a respeito fosse ajudar.
- Taehyung. - Meus olhos arderam, depois se encheram de lágrimas. Ele parecia tão magoado e confuso quanto eu. - Você está cortando meu coração.
Ele soltou meus pulsos, deu um passo atrás e me pegou no colo, carregando-me do seu escritório até o corredor, diante de uma porta fechada. - Vire a maçaneta - , ele disse
baixinho.
Entramos em um quarto iluminado a luz de velas, ainda cheirando a tinta fresca.
Durante alguns segundo fiquei desorientada, sem entender como saímos do apartamento de Taehyung diretamente para meu quarto.
- Não estou entendendo. - Dizer aquilo era um eufemismo, mas minha mente não conseguia vencer a perplexidade de ser transportada de uma casa para outra. - Você... mudou meu quarto pra cá?
- Não exatamente. - Ele me pôs no chão, mas continuou me prendendo com um dos braços.
- Eu recriei seu quarto com base na foto que tirei de você dormindo.
- Por quê?

EM REVISÃO - All Yours (Toda Sua) Livro 01 [K.T.]Onde histórias criam vida. Descubra agora