Por que sempre o alcool?

56 9 1
                                    

Indo pra casa Celeste decide que vai resolver a situação. Decidiu ir até a casa de Christopher e lhe confrontar frente a frente. Ela precisava de uma resposta e então lhe deixaria em paz. Bom pelo menos esse era o plano.
Na metade do caminho ela sente suas pernas falharem e então começar a suar as mãos. A verdade era que ela não queria deixar Christopher em paz, não queria estar naquela maldita situação. Mas não lhe restava nada a não ser respeitar a decisão do "amigo". Seu corpo mais uma vez estava falhando consigo mesma, ela se encontrava paralisada no meio da rua, no meio do trajeto. Faltava tão pouco... inclusive coragem pra seguir adiante. Ela então decide entrar em um bar e beber o suficiente pra lhe dar coragem. Não o bastante para estar bêbada mas o quanto for necessário pra olhar Chris de frente.
Após 2 garrafas e meia ela percebeu que era em vão. NADA fazia com que ela criasse coragem e estava com muito medo de terminar de estragar tudo. Se dando conta de que foi que foi a bebida que começou com tudo, ela conclui que realmente não era uma boa ideia ir até ele. E além do mas eles estiveram frente a frente e ele nem se quer a olhou então por que abriria a porta??! Ela comprou mais algumas garrafas, mais uma vez mudou seu destino e saiu caminhando sem rumo pela cidade.
Caminhou até avistar o rio Han, seguiu em frente adentrando sobre a ponte. As mensagens positivas e a favor da vida pareciam tão idiotas pra ela naquele momento e o fato de chamarem aquela ponte como a "ponte da vida" era patético pra ela.
Apenas se sentou sobre a ponte e continuou bebendo sua cerveja e chorando lágrimas que não conseguia e nem tentava segurar.
No fim estava bêbada o suficiente pra mal conseguir caminhar, e cambaleando se levantou e tomou destino no qual acreditava ser para casa. Passando pela ponte avistou uma espécie de orelhão/telefone público no qual estava escrito "o que está incomodando você hoje"  de alguma forma aquilo a deixou irritada, parecia que tudo ali estava zombando dela. Em um ato inconsciente sob um surto de ódio e indignação pegou o telefone. Uma voz masculina e calma se dirigiu do outro lado:

centro de valorização a vida, o que está incomodando você hoje?

Chorando em desespero e praticamente gritando Celeste respondeu:

se essa é a ponte da vida, então por que eu me sinto morta? Por que eu sinto que nada vale a pena? E Por que não tenho coragem de ir até o fim? Ela disse se referindo a ir a casa de Christopher. A voz do outro lado se manteve calma:

por que não me explica com calma pra eu poder te ajudar? O que está acontecendo com você? Disse o homem do outro lado da linha.

ele me deixou!! Nada mais importa agora! Eu achava que ele se importava comigo. Mas me enganei. Eu não quero mais estar sozinha. E eu... eu tenho que ir pra casa, mas não quero voltar pra casa onde ele me deu as costas! Disse Celeste.

você não está sozinha. Eu estou aqui com você agora. Você pode se tranquilizar. Qual seu nome?

Antes que pudesse responder foi segurada fortemente nos braços, por uns instantes não compreendeu o que estava acontecendo, mas depois se deu conta que era a polícia.
Um rosto familiar tentou a tranquilizar dizendo:

tudo bem, você está segura agora, vamos te levar em segurança.

Ela relutou em ir com o policial dizendo que estava completamente bem e que podia ir pra casa sozinha.

ei ei...Celeste sou eu! Lembra de mim? Jung kook. A gente se conheceu na integração da empresa em que trabalha. Se lembra agora? Ela apenas o encarou tentando se lembrar, logo veio uma tontura em razão a bebida e então Celeste se deu por vencida e acompanhou o policial.
Entrou no carro e seguiu em silêncio, nas esperança de estar em casa logo. Ao perceber que estavam entrando em uma delegacia ela se desespera.

ei por que está me trazendo pra cá? Eu quero ir pra casa não quero estar aqui!

—sinto muito Celeste. Mas não posso te deixar ir pra casa sozinha nessa situação. Não posso deixar que sua vida corra perigo outra vez. Disse Jung kook conduzindo Celeste até uma sala com cadeiras confortáveis. Percebendo a situação na qual tinha se colocado ela tentar explicar ao policial.

eu não ia me matar eu juro, eu apenas estava conversando! Da maneira que disse nem ela mesma acreditava no que estava dizendo. Droga! Ela era tão boa em fingir, não podia fingir com firmeza que estava completamente bem?

Eu preciso do seu celular. Disse o jovem policial. Alguns minutos se passaram e ela continuou a repetir que não iria se matar.
O policial se afastou de Celeste, sentada em uma cadeira mal se aguentando firme, e pegou o número de emergência do celular discando pelo telefone da delegacia.
Christopher atendeu do outro lado:

alô?!?

olá, boa noite senhor. Eu consigo falar com Christopher nesse número?

sim é ele mesmo. Quem gostaria?

aqui é da delegacia central, é sobre Celeste levandowisk, você a conhece? Christopher sentiu seu corpo gelar, ficou sem reação por alguns segundos. Um aperto no peito tomou conta de seu corpo e nada ali parecia real. Ele voltou a realidade e respondeu com certo desespero:

sim, é minha amiga. Aconteceu alguma coisa com ela?!?

senhor Christopher eu peço que se dirija a delegacia o mais breve que puder, creio que não seja um assunto a ser tratado por telefone...
Nesse momento Christopher estava tremendo e suando frio, desligou o telefone antes mesmo de ouvir tudo que o policial tinha a dizer, e desesperado desceu até a garagem e depois dirigiu o mais rápido que pode para a delegacia. Ele não podia deixar de pensar o pior. A forma como o policial falou e o fato de não ter estado perto da amiga nos últimos dias mesmo tendo visto como ela estava ainda naquele dia mais cedo estavam se transformando em uma grande nuvem de culpa que plainava a cabeça de Christopher.

Era só mais um clichêOnde histórias criam vida. Descubra agora