Christopher saiu do carro praticamente tropeçando nas próprias pernas. Quando ele estava em frente a porta da delegacia simplesmente travou. Seu corpo parou por alguns segundos. Ele sabia que precisava ir até lá, mas tinha medo do que iria encontrar. Respirou fundo e caminhou de vagar passando pela porta da frente.
Foi recepcionado por um policial e logo foi encaminhado ao delegado e ao policial que estava no caso (Jung kook). Ele estava trêmulo, observando o nervosismo o policial pediu para que ele se sentasse.-não se preocupe, sua amiga está a salvo. Pode se tranquilizar. Um suspiro profundo foi ouvido do Christopher. Mas precisamos te alertar sobre o por que de ela estar aqui. Chris assentiu. Recebemos um alerta de suicídio do CVV, ela estava prestes a se jogar da ponte no rio Han, tivemos sorte de ela pegar o telefone. Nessas condições não podemos liberar que ela vá sozinha pra casa e pedimos que fique de olho nela principalmente pelo fato de ela estar alcoolizada. O delegado disse.
Ele sentiu um peso no peito, algumas lágrimas saíram disfarçadamente. Se sentiu egoísta por deixar a amiga sem ao menos lhe explicar o porque, e pensou em como se sentiria um lixo se ela tivesse partido pra sempre.
JK -me acompanhe vou te levar até ela.
Christopher se levantou da cadeira e seguiu o policial até uma sala no fundo da delegacia. Quando o policial colocou a mão na porta ele sentiu seu coração disparar se esquecendo completamente de qualquer mágoa ou raiva. Naquele momento só queria ver Celeste viva e bem. A porta aberta revelou a amiga sentada em um sofá, quase sóbria,com uma expressão abatida olhando pros próprios pés.
-Christopher veio te buscar Celeste. Você está finalmente liberada. Jung kook disse.
Ao escutar o nome do amigo ela sentiu uma dor no peito. Se sentiu horrível porque além de te lo magoado por algo que não se lembrava ainda o fez ir atrás dela em uma maldita delegacia. Mais uma vez seu corpo falhou consigo. Não conseguia se mover e estava sem coragem pra olhar o rapaz.
Sentiu seu corpo ser abraçado com certo desespero e uma frase sendo repetida na mesma intensidade do abraço.-tá tudo bem, tá tudo bem.
Ela sabia de quem era aquela voz, mesmo assim não teve forças pra encarar.
-vamos pra casa! Disse o Chris levantando a garota. Antes de sairem passaram na sala do policial e Christopher assinou os papeis de liberação.
Ainda sem olhar no rosto do amigo celeste o seguiu até o carro que ,estava mal estacionado talvez pela pressa do garoto, Christopher abriu a porta do lado do carona e ajudou a amiga a entrar no carro entrando logo em seguida. Seguiram o caminho em um completo silêncio. Ele tinha muitas perguntas mas com certeza não era o momento certo.-onde estamos indo? Celeste pergunta com uma voz baixa quase inaudível quebrando o silêncio.
-vamos pra casa, pra minha casa.
-não precisa fazer isso. Pode me deixar aqui, eu pego um táxi e vou pra casa. Não há necessidade disso, eu não ia fazer nada. Celeste diz.
-o que você não ia fazer? Ele pergunta. E um silêncio constrangedor se instaura novamente.
-Eu não acho que vá ter problemas com a polícia se me deixar aqui. Realmente só quero ir pra casa e tomar um banho. Não é obrigatório ser uma babá.
Ela diz e o silêncio permanece.Eles chegam na portaria do condomínio, ele faz a identificação e em seguida entram na garagem. Christopher desce e vai em direção a porta do carona mas celeste abre antes dele chegar. Ela sai do carro e fecha a porta. Sente que está sendo observada e apenas olha pro chão.
Ele se agarra ao braço dela com delicadeza e a conduz para o elevador e em seguida até seu apartamento.-você já sabe onde fica o banheiro. Eu vou separar uma roupa confortável pra você pode ir tomando banho. Ele diz entregando uma toalha limpa a ela.
-eu sinto muito Céu. Sinto mesmo. Ele diz quase chorando e então a garota finalmente o olha nos olhos o abraça em seguida.-Chris por favor me perdoe. Eu não sei o que eu fiz, realmente não sei onde eu errei e nem a gravidade desse erro. Mas me desculpe por favor. Ela disse chorando se agarrando a ele. Ele retribui o abraço se sentindo aliviado por ter a amiga nos braços outra vez.
-não há o que perdoar, você não fez nada de errado Céu. Me perdoe se eu te fiz acreditar que tinha feito, mas amanhã a gente fala sobre isso. Ele diz segurando em seu rosto e secando as lágrimas dela.
-Agora vai direto pro banho porque você está com cheiro de mendigo. Ele fala e os dois dão risada.-nem vem... eu posso estar no meio de um lixão mas ainda vou cheirar feito uma princesa. Celeste brinca caminhando em direção ao banheiro.
Ela escuta as risadas do amigo e então finalmente entra e tranca a porta. Tira sua roupa depois entra do outro lado do box.
Abre o chuveiro e deixa a água cair sob seu corpo como se estivesse lavando a alma. E refletia sobre o que o Christopher disse sobre ela não ter feito nada. E tentava entender o motivo de terem se desentendido. Algumas batidas na porta interrompem seus pensamentos.—Céu você esqueceu a toalha! Ela caminha em direção a porta tentando ao máximo pisar só no tapete para não molhar o banheiro. Ela abre a porta e pega a toalha rapidamente. E tenta voltar correndo pro chuveiro para não encharcar o banheiro inteiro.
Então com toda sua falta de jeito ela escorrega no tapete caindo feito uma jaca e fazendo um barulho estrondoso no chão. Christopher escutando abre a porta imediatamente com uma cara assustada e super preocupada.-meu Deus, como isso aconteceu? Ele fala já cobrindo a amiga com a toalha que ela tinha em mãos e então a pega no colo a tirando do chão. Ele se senta no vaso com ela ainda em seu colo.
—eu acho que hoje realmente era meu dia pra morte. Ela diz rindo e ele apenas a encarou sério.
—o que é? você não tem senso de humor? Ela diz abraçando ele pelo pescoço.
E então naquele banheiro, olhando naqueles olhos castanhos quase negros e sentindo o corpo do amigo tão próximo ao seu ela se lembrou.
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Era só mais um clichê
De TodoDois amigos são "secretamente"apaixonados um pelo outro e resolvem descobrir esse amor juntos. Mas muitas coisas acontecem e eles conhecem pessoas que mudam completamente o que estão sentindo e o que pensam um do outro. É uma difícil jornada até se...