Você outra vez?

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Celeste seguiu caminhando aos prantos, mas dessa vez decidiu ser forte. Se permitiu chorar por Christopher uma última vez, mas agora a cada passo que dava, em direção a lugar nenhum, deixava uma parte de tudo aquilo para atrás. E ela caminharia o quanto fosse necessário pra esquecer tudo de vez, nem que pra isso virasse andarilho.
E lá estava ela sobre a ponte do rio Han outra vez mas agora sóbria e já sem lágrimas para chorar, havia gastado todas pelo caminho, mas ainda assim soluçava em um choro amargo e seco. Andava devagar e cabisbaixa quando sentiu alguém tocar seu ombro.

Celeste?!? Tá tudo bem??
A voz lhe parecia muito familiar mas só se deu conta de quem era ao virar-se de frente para o rapaz.

Você outra vez??? Não tem mais o que fazer não?? Escuta aqui, as pessoas andam por essa ponte ta okay?!? É necessário se você quiser chegar ao outro lado. Ela diz em um tom nada amigável. O rapaz percebe o cansaço e esgotamento tanto em seu tom de voz quanto em seu semblante e apenas pôde sentir pena.

Mas está bem longe de casa pra ir andando. Não acha?

—Eu não posso voltar para casa. Ela diz cabisbaixa. — E como sabe onde eu moro?! O que você é? Um stalker?!? Eu mau sei seu nome... Jon yuk?? Jung Hyuk??? Questiona como se estivesse indignada.

É Jung Kook. Ele afirma com um pequeno sorriso nos lábios. —E sei onde mora porque fui eu quem fez sua ficha ontem na delegacia. Lembra?!? De qualquer forma não estou aqui para te prender ou algo assim, na verdade meu turno acabou agora de manhã. Mas posso te dar uma carona pra casa se quiser, só preciso passar na delegacia antes pra trocar de roupas e pegar meu carro.

— muito obrigada pela gentileza mas... eu não posso voltar pra casa. É o primeiro lugar em que ele me procuraria. Celeste diz bem baixo olhando para os próprios pés.

Está acontecendo algo grave? Ele questiona sinceramente preocupado.

Por que não pergunta pra sua amiguinha?!?
Ela  questiona de forma agressiva e vira as costas pra seguir seu caminho. Jung Kook caminha apressado e para em sua frente.

ei ei... tá tudo bem! Você diz que não pode ir pra casa, e se fossemos a um café? Pode ser bom ter alguém pra desabafar. Não é bom andar por ai sozinha guardando tudo para si. Ele estava sendo sincero em cada palavra, viu a situação na qual a garota se encontrava no dia anterior e temia por sua vida, então apenas estava sendo a boa pessoa que sempre fora.

Olha aqui cara... eu nem te conheço. Ela diz o encarando nos olhos e faz uma pausa. — Mas sinto que já estou no fundo do fundo do buraco abaixo do poço... então não tenho nada a perder, se você me assassinasse seria um favor.

—Não pode sair por ai dizendo isso as pessoas sabia?!? Pode ser perigoso. Ele diz em protesto enquanto os dois caminham rumo a viatura para seguir seu destino.

acho que você ainda não entendeu a situação aqui. Ela diz dando um pequeno riso e entrando no banco da frente do passageiro na viatura. A verdade é que no fundo ela estava grata pelo desconhecido. Parece o cúmulo da decadência, mas ter alguém que parecia se importar com sua pequena existência a fazia feliz e lhe trazia algum conforto.  E assim os dois seguiram primeiro rumo à delegacia.

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Olá pessoinhas... o de hoje está curto mas ainda vem muitas coisas por ai. Obrigadinhoo.

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Era só mais um clichêOnde histórias criam vida. Descubra agora