Algumas coisas podem acontecer do nada, inclusive isso

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Rafaela estava dormindo, seus olhos firmemente fechados e um filete de saliva escorria pelo canto dos lábios

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Rafaela estava dormindo, seus olhos firmemente fechados e um filete de saliva escorria pelo canto dos lábios. A jovem se sentia flutuando no ar, mesmo que o local onde estivesse deitada fosse muito duro, em seus sonhos ela contemplava a imensidão enquanto deitada em nuvens brancas como neve, quando de repente correntes frias e apertadas se prenderam aos seus braços e a puxaram em direção a exosfera. Uma voz suave chamava ao longe:

— Rafaela.

A jovem se sentia confusa, seus cabelos flutuavam e seu pijama cor cinza quase saía do corpo pela falta de gravidade, Rafaela tentava gritar mas nenhum som saía de sua boca não importa o quanto ela gritasse, ela permanecia muda. As correntes de ferro não parava de puxá-la e a cada segundo a velocidade aumentava mais, Rafaela quase podia sentir a pele de seu rosto repuxando para trás com a velocidade e quando ela estava prestes a morrer de medo, a voz ecoou novamente, mas bem próxima aos seus ouvidos:

— Rafaela, acorda.

A garota abriu seus olhos abruptamente, ela acorda com a respiração muito ofegante e suando frio, Rafaela põe uma de suas mãos no seu peito e aperta com bastante força. Sentia que seu órgão iria pular para fora a qualquer instante, ainda ofegante ela solta o ar com força. "Tenho que ficar calma, se eu continuar nervosa desse jeito isso nunca vai parar" ela puxa o ar com um pouco menos de força e lentamente solta, aos poucos a garota fica calma. Ainda se sentindo meio atordoada, ela ficou um tempo tentando lembrar seu próprio nome, Rafaela notou o par de mãos que seguravam seus antebraços, um par de mãos duras e frias como metal, duas mãos de pele amorenada que ela conhecia muito bem.

— Rafaela. — Bruna a chamava repetidamente. — Está na hora de levantar, vamos.

Rafaela tirou uma mecha de cabelo da boca e limpou a saliva que escorria, tentando se lembrar o que deveriam fazer hoje para que sua prima a acordasse tão cedo, muitas coisas passaram em sua mente mas ela as considera inválidas logo em seguida. Pouco menos de um minutos depois ela desistiu de pensar e se virou para Bruna.

— Eu tive um sonho totalmente maluco. — Rafaela falou de repente, se esquecendo do assunto anterior. — Eu estava sentada em nuvens brancas olhando o céu azul, quando de repente correntes me levantaram e eu fui parar na droga da exosfera.

— Exosfera? Acho que passamos nesta parte faz um tempo. — Bruna deu uma risada anasalada, os cantos de seus lábios se erguendo levemente. — As correntes provavelmente eram minha mãos, como pode ver, eu estava tentando de acordar. — A morena disse, tentando bancar a desvendadora de sonhos.

— Por quê? - Rafaela perguntou olhando em seu relógio de pulso, demorou alguns segundos até que a garota conseguisse distinguir o horário. — Está vendo? São quatro da manhã! Eu deveria acordar às seis e aproveitar as míseras cinco horas de sono que os desgraçados nos dão, isso sem contar com a uma hora que eu e você usamos para conversar, são fodidas quatro horas para dormir!

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