Sterek - Amor e Ódio [EM REESCRITA]

PARTE 2: Capítulo 1 - A Queda

Derek

Espero que não tenha sido doloroso, muito menos que seja visto como algo sombrio. Eu realmente espero que ele esteja descansando de toda essa merda, que esteja olhando para mim lá de cima, como um anjo.

Por que é isso que o Stiles é... um anjo.

Em pé, andando de um lado para o outro, estou impaciente por notícias dele, enquanto Théo estava pouco se fodendo se eu estava ali ou não. Estávamos distantes de qualquer pensamento sobre qualquer pessoa que não fosse o Stiles, provavelmente é por isso que eu ainda não enchi esse filho da puta de porrada.

Sai dos meus pensamentos por uma voz masculina, era um enfermeiro.

- Responsável pelo Mi... Stiles Stilinski - o enfermeiro parecia confuso com o nome verdadeiro do Stiles, enquanto lia a ficha.

- Eu! - Theo se levantou - Sou o noivo dele.

Minha mão coçou pra dar um soco naquela cara cínica, mas eu precisava de respostas e não podia correr o risco dele matar todos do hospital, incluindo eu.

- Então senhor... - sugeriu que Théo falasse seu nome, com um sotaque londrino.

Aquilo me arremeteu que não era a primeira vez que eu escutava esse sotaque naquele hospital, o que significava que estávamos na Inglaterra, muito longe de casa.

- Theo Reaken - estendeu a mão para o enfermeiro.

- Bom Sr. Reaken, felizmente seu noivo está bem, fechamos as lesões e fizemos uma transfusão de sangue - explicou e abriu um sorriso de lado - o corte não perfurou nenhuma veia.

- Que bom! - o diabo abriu o sorriso diabóloico - Quando poderei vê-lo?

- Por ser uma tentativa de suicídio, ele terá que ficar em observação por alguns dias - explicou o enfermeiro.

Theo se aproximou do enfermeiro, sorrateiramente.

- E quanto eu tenho que pagar para sair com ele daqui hoje?

- E-Eu não aceito suborno Sr. Reaken - ficou perplexo com a tentativa.

- Desculpe, eu não fui claro, as opções são as seguintes: ou você me deixa sair daqui com o amor da minha vida sem me impedir, ou eu mato você e quem mais ficar no meu caminho - ele cuspiu as palavras - Fui claro agora?

- S-Sim...

- Ótimo, então me leve até o quarto do meu noivo - pediu, com o falso tom amigável de volta.

Os dois caminharam até a porta do elevador, mas Theo se virou em minha direção.

- Venha mascotinho, preciso dar uma lição no Stiles e você vai ser minha cobaia.

Eu apenas o segui no elevador, assim que a porta abriu.

Chegando no andar, andamos até o quarto e eu suspeitava que sofreria para que o Stiles sofresse, não queria que ele se machucasse mais nessa história mas precisava vê-lo na minha frente. A surpresa foi chegarmos no quarto e encontrar a cama vazia e nenhum Stiles no quarto.

O enfermeiro sugeriu chamar os seguranças do hospital para procurar pelo Stiles, mas Theo disse que resolveria por conta própria e saiu pelos corredores do hospital furioso.

Eu fiquei parado ali, vendo o enfermeiro sentar numa das cadeiras do corredor, com um olhar assustado.

- Calma, fica calmo, qual seja o seu nome... - falei, encostando na parede a sua frente - Ele não vai fazer nada com você se você obedecer, tem funcionado pra mim.

- Quem é ele? - ergueu o seu olhar pra mim - Por que ele está fazendo isso com você e o Stiles?

- Eu não sei, provavelmente um amor psicótico - suspirei frustrado - Nem tive tempo de conhecer ele e perguntar - soltei uma pitada de sarcasmo.

Mas logo me desculpei.

- Me desculpa, eu só quero achar o cara que eu amo, foder a cara daquele filho da puta e dar o fora daqui.

- Tudo bem - o enfermeiro forçou um sorriso pra mim - Vou seguir seu conselho, aliás, me chamo Brett.

O tal do Brett se levantou e seguiu para algum outro lugar, enquanto isso, eu adentrei o quarto do Stiles, vazio. Me aproximei da sua cama e cheirei os lençóis em busca do seu cheiro, que estava lá, bem fraquinho.

Ouvi o barulho de uma portinha se abrindo, quando vi um armário se abrindo e o Stiles saindo de lá, desengonçado.

- Stiles? - me aproximei e o abracei - Achei que tivesse fugido.

- Sem você? - ouvi uma risada chorosa - Nunca.

- Foi o que imaginei.

Ouvimos a voz de Theo e nos afastamos.

- Você vem comigo - se aproximou e puxou Stiles pelo pulso, que gemeu de dor.

Enquanto Stiles era arrastado, eu ficava cada vez mais inconformado com a falsa sensação de liberdade que tive agora a pouco, tentei passar pela porta do quarto mas fui impedido por dois seguranças.

- Eu não preciso mais de você - Theo piscou pra mim e direcionou suas palavras aos seguranças - Se livrem dele somente quando não estivermos mais no hospital, sejam discretos.

E sumiu com o Stiles da minha vista, tentei ultrapassar outra vez a barreira humana feita pelos dois, mas dessa vez fui impedido por duas pistolas apontadas em minha direção. Levantei as mãos, me rendendo.

Cerca de 1 minuto se passou, eu ouvi um barulho e os seguranças estavam caídos no chão logo após, era o Brett, o enfermeiro. Com duas injeções inseridas nas costas dos seguranças.

- Eles estavam precisando se acalmar - sorri pra mim - Corre! Vai salvar o Stiles, eles estão no terraço, eu já liguei para a polícia mas ele tem um helicóptero.

Antes de correr atrás do meu Stiles, fui precavido e peguei uma das armas dos seguranças. Subi quatro andares por que ir de elevador poderia me colocar como alvo facilmente, chegando na porta eu caminhei mais devagar e a abri lentamente.

Pela brecha pude observar com atenção, o helicóptero ligado, Theo de costas falando no celular e Stiles desacordado em um banco bem próximo a mim. Não hesitei, corri até o Stiles para pegá-lo no colo e assim o fiz.

- Você não desiste mesmo, não é? - ouvi a voz do Theo e vi ele me encarar, com uma arma apontada em minha direção - Ele não te ama, ele me ama, por isso se entregou de corpo e alma para mim na noite anterior.

Em um deslize, despreparado pelo que ouvi, deixei Stiles cair dos meus braços e no instante que Theo desviou seu olhar para o menor caído, com todo o meu ódio eu corri até ele e o empurrei no chão com tudo. Rolamos no chão, a arma dele também, só que para longe.

Eu soquei ele algumas vez e recebi uma cabeça, nós dois já estávamos sangrando e rolando no topo daquele prédio. Desnorteado, me levantei e me aproximei para socá-lo, porém ele foi mais e golpeu minha barriga, me fazendo ajoelhar de dor e assim que eu vi um ponto de vulnerabilidade ali nele, eu usei. Dei uma rasteira, que com certeza ele não estava esperando, o que eu não esperava era estarmos bem próximo da beirada.

Theo caiu, mas eu não ouvi barulho algum da queda.

- Me ajuda seu desgraçado de merda! - ele gritou, pendurado no parapeito do hospital.

Apenas me levantei, me aproximei dele, sorri e finalizei aquele momento pisando em suas mãos. Agora sim eu ouvi a queda e me sentia muito aliviado, sem remorsos.

Ainda sorrindo, me virei a procura de Stiles e o encontrei com a arma de Theo em mãos e no seu rosto havia pavor, temor... Espero que não seja de mim.

Continua...