Sterek - Amor e Ódio [EM REESCRITA]

Capítulo 5 - O Silêncio

Derek

- Corey abre essa porta!! - gritei.

Ele não me respondia, enquanto eu batia na janela do carro.

- Corey!!

Nada, apenas suas lágrimas.

- COREEEEEEY!!!

BOOOOOOOM!!!

DIA 1

Meus olhos se abriram, devagar, minhas pupilas ainda se acostumavam com a claridade, tentei bloquear com meu braço mas foi em vão. Minha mãe, Talia, estava no quarto dormindo.

Aos poucos eu fui me lembrando do que aconteceu e meus olhos se encheram de lágrimas, meu carro havia explodido e o Corey estava dentro. Eu não conseguia me mexer e já estava ciente disse, mas nem gritar enquanto chorava eu era capaz, só consegui ser notado pela minha mãe quando o monitor cardíaco começou a acelerar e uma dor enorme invadiu meu peito.

Os médicos corriam para me salvar, mas aos poucos fui fechando meus olhos.

DIA 2

Desta vez quando abri meus olhos, minha mãe estava acordada e não estava sozinha. Meu pai também estava ali junto com Cora, os dois sorriam para mim, um fato não muito comum entre os Hale mas eu queria sorrir pra eles também, infelizmente isso não aconteceu.

- Oi filho, tudo bem? - minha mãe perguntou.

Eu apenas continuei olhando pra ela e para os outros dois.

- Você está me ouvindo filho? - ela perguntou novamente.

Tentei com todas as minhas forças soltar alguma palavras mas só consegui emitir um som, quase como um gemido. Acho que ela entendeu, porque parou de perguntar.

- O médico disse que a exposição ao seu sistema nervoso foi superficial e que tem grandes chances em breve você recuperar os movimentos - Cora disse e segurou minha mão, mas eu não senti nada.

- Nós estamos aqui pra você meu filho - meu pai abraçou Cora e minha mãe de lado, os três sorriram pra mim.

DIA 3

O dia foi chato, fui monitorado por uma enfermeira gostosa, sua bunda era enorme e apetitosa. Meu Deus, como eu sinto falta de movimentar meu quadril na transa. Corey e eu já haviamos transado e apesar dele ser ótimo na cama, eu imaginei algumas vezes como seria com o Stiles, me masturbei com esses pensamentos e foi tão bom.

Hoje era segunda-feira, provavelmente todos estão ocupados com suas vidas, foi o que eu pensei, mas fui surpreendido com a visista de Stiles.

Ele entrou e se sentou ao meu lado e me observou, eu retribui seu olhar, somente movimentando os olhos. Olhar ele era tão bom, acordado e vivo, ele é tão maravilhosa e me atrai como ninguém foi capaz e eu o atropelei, isso aqui só pode ser karma.

- É... oi Derek - ele sorriu e deixou uma lágrima escapar - Parece que nunca poderemos nos conhecer e ser amigos, estamos sempre a beira da morte.

Ele sorriu lindamente enquanto derramava gotículas de água em seu suéter.

- Eu só queria que você soubesse que eu me arrependo do que eu disse na nossa última conversa, não nos resta somente o ódio, nós podemos e vamos conseguir conviver um com o outro, você com com certeza é uma pessoa incrível - continuou - Assim que você recuperar seus movimentos e a fala eu vou estar aqui, esperando.

Ele se levantou e ao invés de se distanciar, se aproximou e me abraçou. Não me contive, eu queria sentir ele em meus braços mas não sentia, forçei meu cérebro em um nível cansativo e senti finalmente meu dedo se mexer.

Ok, agora eu estava cansado, eu precisava fechar meus olhos por apenas alguns segundos e descansar, então os fechei.

DIA 4

Minha irmã estava passando por uma barra, já que não tinha amigos em Beacon Hills, então lá estava ela em pleno verão em um quarto de hospital ao meu lado. Eu nunca a deixei sozinha, apesar de sempre implicarmos um com o outro e agora lá estava ela ao meu lado, Cora é uma irmã incrível.

- Eu gosto de um garoto lá da escola, eu nunca te disse isso porque ele namora e eu sei que é errado, mas eu não consigo evitar - ela desabafou - Você me mataria agora se pudesse.

Ela não estava errada.

- É Liam, o Dunbar, eu não quero atrapalhar o que ele tem mas eu só queria que ele largasse tudo pra ficar comigo, mas enfim, sou apenas uma sonhadora.

E no finalzinho da tarde, quando Cora deixou o hospital, ele apareceu. A melhor parte do meu dia e a razão pela qual eu ainda estou vivo, além da minha família, claro. Mas ele não estava sozinho, o tal garoto que ele encontrou quando acordou do coma e que ele tratou de afirmar que estão juntos.

- Oi, você me ouve? - ele sorriu, lindo, como sempre - Eu trouxe uma companhia, não sei se você se lembra do Theo.

- É... oi - o tal do Theo parecia desconcertado.

- Eu só queria que vocês dois se conhecessem, não sei, talvez tenha sido uma péssima ideia - Stiles estava nervoso, era nítido.

- Não Sti, eu entendo, você só quer que duas pessoas importantes na sua vida te conheçam - ele abraçou o garoto de lado.

- Eu vou pegar café para nós e vou deixar vocês se comunicarem.

Stiles saiu do quarto após deixar um selinho nos lábios do Theo, foi como tortura.

- Então, não tivemos tempo de conversar antes do seu trágico "acidente" - ele gestículou as aspas - Mas eu ouvi o quão apaixonado você é pelo meu namorado e como nessa conversa você só ouve e não fala, vou entender que você irá acatar tudo que eu disser.

Ele se sentou ao meu lado.

- Você nunca mais vai ver o Stiles se você tiver chance de melhorar, se você continuar assim, vai ser só um coitado - Theo apontou seu dedo indicador pra mim - Se afaste da coisa mais importante da minha vida, ele é meu ou eu posso fazer uma segunda explosão, dessa vez mais eficaz.

Meu coração se encheu de adrelina, eu não consegui me conter, que filho da puta. Senti meus dedos se moverem e Theo pareceu perceber.

- Parece que as coisas vão ser do jeito difícil por aqui, eu matei o seu namoradinho e posso acabar com você.

A última coisa que eu me lembro é de alguns flashes.

Primeiro, o Stiles entrando no quarto e me encarando assustado. Depois dois homens apareceram e carregaram ele e por último, alguém de máscara injetando algo no meu braço.

E a escuridão tomou conta.

Continua...