Sweet Domineering ( JenLisa )

" Capítulo 30 "

Olhei nos olhos de Jennie e vi como reagiu as minhas palavras, ela se apoio na mesa atrás de si, e no mesmo momento me arrependi amargamente do que tinha dito, como eu poderia deixar essa mulher, como tiraria nossa filha dela, ouvi o som de uma arma ser engatilhada e olhei para Ruby que me olhava com uma cara nada boa, entendi que mexer com uma automaticamente é mexer com a outra, ela se virou e olhou para a irmã e esperou por algo, como se quisesse saber se ela estava bem, vi minha esposa enxugar as lágrimas e assentir com a cabeça, Ruby voltou seu olhar pra mim e se aproximou.

- Se fizer alguma coisa contra ela ou aquela criança eu juro que meto uma bala na sua cabeça Manoban - rosnou contra meu rosto baixinho, eu encarei seu olhar.

- Jamais faria algo contra minha filha - falei e ela se afastou devagar, olhei para o homem sentado a poucos metros de mim também sobre a mira de uma arma.

- Comece a falar, não temos o dia todo - Ruby fez sinal com as mãos para que eu voltasse a falar, olhei para as duas a minha frente, eu respirei fundo.

- Tudo começa com a morte dos meus pais... Meu pai Marco era um policial importante naquela época, eu era só uma adolescente, Roseanne apenas uma criança, meu pai investigava uma pequena gangue na época, passavam drogas e alguns roubos, nada de novo na vida de dele, no cotidiano de trabalho, até o dia que recebi a notícia da sua morte - abaixei a cabeça, não costumava falar sobre aquele assunto - Não só a sua morte, como a morte da minha mãe, a única que sobreviveu aquele assalto foi minha irmã, os três saíram para buscar Rosé na escola e na volta, enquanto estavam parados em um sinal vermelho, um carro se aproximou e anunciou o assalto, minha irmã viu tudo, viu meus pais serem assassinados em sua frente, quando a polícia chegou ao local ela estava agachada entre os banco de trás, ela foi levada a delegacia, a investigação foi iniciada, Rosé mesmo pequena ainda conseguiu fazer um retrato falado do assassino, foi com dezessete anos que vi aquele rosto pela primeira vez - virei meu rosto e encarei o homem, todos fizeram o mesmo que eu, Jennie tinha uma interrogação enorme na testa, enquanto a irmã se mantinha pensativa - O cara que assassinou meus pais tinha aquele rosto, a polícia na época investigou o máximo, já que o tal assalto tinha muitas pontas soltas, haviam vários objetos de valor no carro, jóias, dinheiro e nada foi levado...

Quando o caso foi arquivado eu tinha acabado de completar meus dezoito anos, larguei tudo e entrei para a polícia, tudo que mais queria era achar o assassino dos meus pais, por isso fiz a prova, passei nos testes, subi de patentes, mesmo sendo muito nova, minha sede de vingança me tornava excelente em qualquer área apenas para por as mãos naquele caso, e não demorou a acontecer, eu li e reli cada documento, passei dias e noites encarando aquele retrato falado, memorizando cada traço, imaginando o dia que ficaria cara a cara com o homem que destruiu minha vida, que matou as pessoas que mais amei na vida, que acabou com a inocência da minha irmã, reuni uma pequena equipe, o nome Manoban era bem respeitado dentro da corporação, então não tive objeções, reabrimos o caso, seguimos todas as pontas soltas, não foi fácil, descobrimos o endereço, eu vi novamente aquele rosto, e descobri seu nome... Lee Soon Kim o nome do assassino dos meus pais - Falei e as duas areegalar os  olhos.

- Lee Soon Kim? - Jennie repetiu e olhou para o para o tio - Como? Como isso é possível?

- Deixe ela terminar Jennie - Ruby rosnou - Eu quero saber de tudo.- eu respirei mais uma vez e continuei.

- Fomos atrás do tal homem, não foi fácil, naquele meio tempo sua gangue cresceu, o cara tinha visão, sabia fazer negócios, tinha muitos contatos pela cidade, era muito escorregadio, tivemos alguns confrontos com alguns de seus homens, mas nunca conseguimos chegar nem perto, os anos foram passando, mesmo ouvindo muito esporro dentro da corporação, eu nunca desisti, um dia recebi uma denúncia anomia pelo telefone, o chefe da gangue tinha sido visto em um porto abandonado junto a vários homens, desconfiava que ele estava negociando drogas, larguei tudo e fui com uma equipe até o lugar, mas foi tarde demais, encontramos o corpo Lee Soon Kim, não tinha o que fazer, ele já estava morto, seu corpo continha muitas marcas, sinais de luta, com certeza houve uma discussão antes de sua morte, a perícia investigou todo o local, nem mesmo as balas foram encontradas, a única coisa que achamos perto ao corpo foi um anel de ouro com um Lotus cravada no topo, nunca descobrimos o que ouve ou quem o matou, fiquei de mãos atadas e fui obrigada a largar o caso e seguir minha vida - falei limpando minhas lágrimas.