Quase perfeito:

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Naquela manhã de domingo o céu estava nublado, havia chovido a noite inteira, a brisa fresca que entrava pela enorme janela do meu quarto, me trazia paz e sossego.

Mas o que realmente me trazia paz era lembrar que tinha uma série para maratona, não qualquer série, com personagens qualqueis, e sim uma na qual veria o ser mais reluzente que já conheci... é estranho pensar assim, como se te conhecesse pois isso é algo totalmente improvável.

Em um pulo saltei da cama, escovei os dentes e tomei o meu café da manhã, naquele dia tinha optado por ficar sozinha em casa, toda a minha família havia ido visitar os meus avós, então teria toda a tranquilidade do mundo para te apreciar.

Me acomodei no meu local preferido da minha casa, a minha preciosa biblioteca, desde de pequena adorei ler e só me apaixonei mais ainda pelos livros quando soube que você também adorava uma boa leitura... nunca entendi o porquê de ter uma biblioteca aqui em casa, pois ninguém além de mim entra nesse cômodo... os meus pais até vivem me falando, pra sair dali , dizem que eu tenho que socializar, aproveitar o dia ao lado das minhas amigas, eu não vou negar que gosto de curtir, que gosto de fazer loucuras, mas uma hora todo mundo precisa relaxar um pouco.

Escutei a sua voz assim que o episódio começou, o meu sorriso ficou ainda mais largo, as batidas do meu coração estavam frenéticas, uma sensação de bem estar me tomava a cada minuto que se passava. Você estava mais perfeito do que nunca, mais elegante e encantador, pensava que não tinha como te admirar mais do que já admirava, só que percebi que estava enganada, a forma que você tentava manter a sua família unida e protegida, que se preocupava com o seu irmão, me comoveu, me deu motivação pra tentar fortalecer os laços de afeto que ainda existiam entre mim e os meus familiares.

Só que nem tudo foi perfeito, você foi novamente arrancado de mim, e quando Klaus enviou aquela adaga em seu peito, foi como um balde de água fria pra mim, fiquei em choque, totalmente descrente, e sim eu chorei, é eu confesso a minha fraqueza... ódio! Eu realmente não sou normal, como posso sofrer por uma pessoa que não existe, que nunca vi pessoalmente, que nunca troquei uma mera palavra sequer.

Novamente me senti sozinha Elijah.


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