A Christmas Carol - Percabeth

Natal Passado - parte 1

Naquela noite eu fui dormir cedo já que estava cansada depois de um dia cheio. Tomei meu banho para logo em seguida me deitar na cama e o que era pra ser uma noite de sono calma se tornou um completo desastre.

Primeiro, quando me deitei não conseguia pegar no sono. A menção da minha mãe pela parte de Ártemis e meu pai mexeu com a minha cabeça sem contar também com Percy.

Segundo, quando já tinha estava dormindo sinto uma luz forte me atingir resultado de eu ter um sono muito leve. Abri meus olhos já xingando o sol que supostamente estaria entrando pela janela do meu quarto, mas tudo que vi do através do vidro foi a lua iluminando a cidade. Me levantei tentando me acostumar com a luz que só tinha percebido que estava vindo do outro lado do meu quarto. Seu brilho era de um tom de azul claro e foi deixando de ficar tão intensa me permitindo ver o que era aquilo.

Minha primeira reação foi gritar tão alto que provavelmente o prédio inteiro ouviu.

- Pare de gritar! – ela gritou por cima dos meus gritos.

- Sai do meu quarto! – pedi ainda gritando e pego uma cadeira para me defender de o que quer que seja aquilo na minha frente.

Ela pôs as mãos na cintura e foi quando percebi que aquilo estava mesmo acontecendo.

- O que você está fazendo aqui, mãe? – pergunto olhando para o espírito dela.

- Eu posso explicar – ela estende os braços, mas ergo a cadeira fazendo-a recuar.

- Isso não pode estar acontecendo – disse mais para mim mesma do que para ela – Eu só posso ter morrido.

- Você não morreu, Annabeth – ouço minha mãe morta dizer.

- Então como você explica isso? – gritei já me sentindo meio tonta – Ou eu morri ou estou vendo mortos que nem aquele garotinho daquele filme. Eu sabia que não deveria ter visto esse filme ontem.

- Se acalme, Annabeth – ela disse novamente.

- Eu vim te avisar sobre o que vai acontecer hoje à noite – ela diz ainda pairando no ar.

- Se você estiver falando do show da Mariah Carey na Times Square eu prefiro ficar em casa – coloco a cadeira de volta no lugar.

Ela revira os olhos antes de responder.

- Não é isso – ela finalmente se mexe vindo na minha direção e foi quando parei para ver o seu estado. Além de ela estar trêmula, com a mesma luz azul clara em volta de todo seu corpo, usando uma roupa social bem cafona e seus cabelos presos no coque de sempre, havia correntes penduradas em seus braços e ombros. A olhei meio assustada tentando o que estava acontecendo.

- Eu morri? – solto essa pergunta e minha mãe revira os olhos novamente.

- Já disse que não – Athena se senta na poltrona ao lado da minha cama e eu me afasto meio receosa.

- Então o que é isso? – pergunto já ficando irritada – Se isso for algum tipo de pegadinha é capaz de eu matar um.

Athena aponta para minha cama e diz:

- Sente-se.

De imediato a obedeço e fico a encarando esperando por uma explicação.

- Agora escute – ela cruza os dedos do mesmo jeito que fazia – hoje à noite você vai receber a visita de um espírito que vai te levar em uma viagem pelos seus natais.

- Agora eu tenho certeza de que é uma pegadinha – digo soltando uma risada de nervoso.

- Ela vai te guiar nessa viagem para que você se encontre novamente...