The Royalty - The tradition of choice

Capítulo 2

Acordo no dia seguinte, ao meio dia, sentindo um cheiro delicioso que vem da cozinha. Quando olho ao meu redor, estou deitada toda torta em minha cama, com uma página do meu livro amassada e Nathália não está no quarto. Saio do quarto em direção a cozinha e dou de cara com uma cena que não via há anos.

- Bom dia! - Disseram minha mãe e Nathália em uníssono, enquanto mastigavam panquecas.

- Bom dia! O café da manhã dessa casa está cada vez mais chique kkkkk. - Digo totalmente realizada, pois sei que se eu não trabalhasse, não teríamos nem metade disso.

- Mahal! Ficou sabendo que as cartas começarão a ser enviadas em uma semana? - Minha irmã diz super empolgada.

- Já te disse Nathália, não me importo e espero que nem me chamem, pra não ter o trabalho de dizer não. - Digo ao juntar a elas.

- Para de graça, já sei que as duas estão doidas para conhecer o príncipe kkkkkkk! - Diz minha mãe em tom de brincadeira e pisca para mim.

- Claro, vou me apresentar para um príncipe que eu nem sei o nome kkkkkk! - Digo brincando.

- Como assim? Vou te ensinar tudo sobre eles! Não quero o meu sobrenome associado a uma desinformada. - Nathália soou muito séria e preocupada.

Com o passar dos dias, descobri que o seu nome era Giovanni De Luca, filho único, por isso tomavam muito cuidado com sua imagem e exposição, pois não poderiam correr o risco de perdê-lo, seus pais se chamavam Francesco De Luca e Naomi De Luca, todos nasceram aqui em Asmatens, além disso, minha irmã decidiu que era importante saber quem era Tomás Agostini, braço direito do príncipe herdeiro, seu querido primo. Nathália disse que ele cresceram juntos, mas a mídia só teve acesso ao Tomás, por preservarem muito o herdeiro.

Ao chegarmos na Sexta-feira, Nathália já estava desesperada, por não ter recebido sua carta, visto que muitas das pretendentes já estavam de malas prontas.

- Não acredito Mahal, eu sei que tinha potencial! - Diz com os olhos marejados.

No instante seguinte, escutamos um grito vindo do portão.

- RECADO DE VOSSA ALTEZA REAL, PRÍNCIPE GIOVANNI! - Grita um dos soldados no meu portão.

- Eu não acredito que eles vieram! - Diz correndo para o portão.

Abrimos o portão e nos foram entregues duas cartas. Em seguida, o guarda afirma que voltará no dia seguinte na parte da manhã para nos buscar.

- Eu não acredito. - Digo em desespero.

- Pois acredite, nós vamos ser princesas!! - Nathália estava fora de si, ela estava em êxtase.

- Vamos meninas, vocês tem poucas roupas, mas ainda terão que levar algumas. Todas indo fazer as malas, agora! - Diz minha mãe empolgada.

A tarde se passou, as malas já estão arrumadas, separamos nossos melhores vestidos, com nossas economias, compramos cremes para nossos cabelos e decidimos que faríamos de tudo para a Nathália ser a escolhida. Na carta, vinha escrito "A família Real de Asmatens, convida a senhorita Mahal Dutroit, para o baile de boas vindas da Seleção. Este convite é intransferível! Pedimos a todas as selecionadas para arrumarem suas bagagens e seguirem as instruções dos motoristas que irão buscá-las."

Acordo no dia seguinte com uma grande falação dentro de casa...

- Sairemos em 30 minutos. - Diz um guarda que logo se retira da sala de minha casa.

- Mahal, acorde logo! - Minha mãe grita.

- Bom dia. Quanto barulho! - Digo ao chegar na sala.

- Vamos, se arrume, não quero passar vergonha por você estar desarrumada! - Diz Nathália, que já estava toda produzida e me aguardava estressada.

Tomo meu banho, arrumo meus cabelos, boto um vestido e ao sair do banheiro me deparo com Nathália.

- Já estou na carruagem, sairemos em 5 minutos, por favor, não se atrase, quero ser uma das primeiras a chegar!

- Já estou indo, só falta colocar meu sapato. - Digo me apressando.

Passamos o caminho todo apenas observando a paisagem, cada vez mais próximo de uma possível mudança de vida. Durante todo o caminho, me peguei pensando se queria abrir mão dessa oportunidade mesmo ou não, por que eu não era como as outras, a maioria das meninas gostariam de estar no meu lugar... Ao chegarmos, a carruagem para em frente a uma enorme porta, o castelo era lindo, tinha um jardim enorme, espero que esse tempo aqui seja bom.

- Senhoritas Dutroit, bem vindas ao Castelo Real de Asmatens. Me sigam para encontrar seus aposentos. O baile iniciará às 21h. - Diz o motorista.

- Sou a Mahal. Qual o seu nome, senhor? - Pergunto e ao mesmo tempo, imito o tom de voz formal do motorista.

- Sou o Lui Ferri, motorista real. - Diz com um sorriso de canto de boca. - Sigam-me.

Lui nos mostra o caminho até nossos quartos, estou desacreditada, é enorme!

- Senhoritas, os seus aposentos são lado a lado! Caso precisem de ajuda, podem chamar as camareiras. O jantar será servido às 20h em seus respectivos quartos.

- Muito obrigada! - Dissemos em uníssono.

Nathália nem se despediu de mim, quando fui olhar, ela já estava em seu quarto. Então, decidi entrar em meu quarto, para escolher um vestido para o baile.

Escolhi o meu vestido, simples, porém charmoso. Após isso, jantei e fui até o quarto da minha irmã vê-la, ao chegar lá, me deparo com umas 5 moças, uma puxava seu cabelo para um penteado, a outra o alisava, uma pintava suas unhas, outra fazia a maquiagem de Nathália e tinha uma que passava diversos vestidos sem parar.

- Nathália, o que está acontecendo aqui? - Digo perdida.

- Não vê? Estou ficando linda para o príncipe! Você está uma graça, gostaria de algo? Posso pedir para alguém fazer sua maquiagem ou suas unhas ou o que você precisar! - Diz meio perdida.

- Não, estou ótima, sei me arrumar sozinha, vim te buscar para descer, não quero que se atrase!

- ESTOU ATRASADA? - Gritou. - Como ninguém me avisa!

- Você não precisa gritar! E não, você não está atrasada... - Digo frustrada. - Irei descer, te encontro no salão principal.

- Até, fale de mim para o príncipe. - Diz enquanto dá uma singela piscada para mim.

Começo então a descer as escadas...

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