Capítulo 12

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Giovanni De Luca

Acordo na Sexta-feira, extremamente cansado, mas também, muito chateado com tudo o que aconteceu na noite de ontem, estou cansado de ter que cumprir diversos protocolos e não poder sequer, casar com quem eu tenho vontade... Decido levantar e não irei participar do café da manhã hoje, mas com a briga de ontem, meu pai retirou os meus empregados, então desço até a cozinha, em total silêncio, espero encontrar Mahal por lá.

- Bom dia! - Digo baixinho.

- Bom dia, senhor! - Responde Romeu sem sequer olhar para mim.

- Tem alguma coisa que eu possa comer? - Digo e olho ao redor

- Tudo o que o senhor desejar. - Diz e me olha. - Precisa de algo? Está tudo bem? Procura um de seus serventes?

- Sim sim, quer dizer... Não! Não preciso de nada, está tudo bem na medida do possível e achei que encontraria Mahal por aqui...

- Ah sim... - Ele diz e começa a mudar de assunto. - Gostaria de waffles?

- Ela tem aparecido por aqui? - Digo ao encará-lo.

- Não senhor, faz alguns dias que não a vejo. - Sorri. - E sobre os waffles?

- Aceito sim! Por favor, não conte aos meus pais que estive aqui!

- Certo.

Estranhei a atitude de Romeu, estava extremamente quieto e sem papo, não estava feliz e fugia dos assuntos sobre a senhorita... Tomei meu café da manhã e retornei para o meu quarto, mas antes, decidi passar no quarto da Mahal, pra ver como ela estava.

- Mahal?

Talvez ela quisesse cumprir o que meu pai disse, não vou insistir.

- Desculpa... Ainda me importo com você.

Então acabo empurrando a porta sem querer, pois me apoiei demais nela.

- Mahal?

Percebo que estava falando sozinho, pois era muito cedo, ela ainda não tinha descido e sua cama estava devidamente arrumada, como alguém deixa o quarto tão arrumado, impossível, vou até o banheiro, e não tem nada dela, vou até os armários e me dou conta que está praticamente vazio, onde será que ela se meteu... Sai do quarto dela, mas meus pensamentos ainda não estão lá. Após o café, meu querido pai foi me buscar em meus aposentos, para minha felicidade, só que não... Tive que passar o resto da manhã resolvendo coisas para o baile e sendo pressionado a resolver logo com quem irei casar. Ao ser liberado, desço para o almoço, na esperança de encontrar com ela, mas me deparei com Nathália com o rosto de raiva ao me ver, me aproximei dela e então ela virou a cara e começou a conversar com Teresa, mas fiz questão de sentar ao seu lado.

- Boa tarde senhorita Dutroit e senhorita De Márquez.

- Boa tarde. - Responderam as duas mulheres que me fuzilavam com o olhar.

- Falta uma mosqueteira nesse grupinho né...

Nathália se levanta e vou atrás dela.

- Nathália, eu sei que ela te falou algo, me diz onde ela está.

- Se eu soubesse, eu não estaria aqui, perdendo o meu tempo né, sou pobre, mas nem tão burra assim.

- Nathália, por favor me ajuda. Eu realmente quero ela aqui, não deu tempo de explicar, mas eu estou do lado dela.

- Deixa ela, foca em quem realmente importa para sua família, Mahal tem os sonhos dela, deixe ela voar, principalmente para longe de pessoas assim, que a demonstram tamanha irresponsabilidade.

- EU ASSUMI A CULPA, OK?

- Idai? Você a meteu nessa. Se eu fosse ela, estaria voltando a minha vida normal, essa outra realidade de vocês é demais para qualquer um.

Voltar à vida normal? O trabalho... É isso! Ela foi para casa!

- Obrigada!!! - Abraço ela e corro para o escritório onde temos as fichas das candidatas.

Chego ao escritório e busco a ficha de Mahal, e descubro então onde ela mora, na saída da sala, esbarro com meu pai.

- Eu não acredito que você irá fazer isso!

- Já estou fazendo e será melhor se você não impedir. - Então saio andando.

Pego meu carro e começo a ir em direção aos portões, porém lembro que a imprensa dorme em nossa porta, faz anos que não faço uma aparição extra oficial, então sigo para a saída da parte de trás das terras, usamos essa saída quando não queremos a imprensa nos seguindo e então sigo até o endereço descrito, porém o caminho é super longo e demorou até que visualizei uma de pedra, com portas brancas, super pequena e envolta de portões de madeira, vi também um gatinho passeando pelo jardim, tomo coragem e saio do carro e me dirijo a porta.

- Olá?

- Só um momento! - Grita alguém que estava dentro da casa. - Olá. - Diz uma senhora.

- Sou Giovanni De Luca e estou a procura da senhorita Dutroit, ela se encontra?

- Mahal, visita para você...- Ela a chama. - Por favor, entre logo, está chamando a atenção dos vizinhos vestindo-se assim.

- Já vou. - Avisa a mulher dos meus sonhos.

- Desculpe a pergunta, mas qual é o seu nome, senhora?

- Izabel Dutroit. A mãe da Mahal.

Mahal então adentra no cômodo em que estávamos conversando.

- O que você faz aqui? Como me achou? Se retire da minha casa, por favor.

-Eu vim atrás de você, te achei, por que preciso de você comigo e eu saio da sua casa, mas vamos conversar por favor.

- Vamos logo, pois já está escurecendo e você precisa voltar logo, para não se meter em encrenca novamente.

Nós andamos até o meu carro e ela nem me olhava.

- Você acha que eu preciso que você me salve? É assim que você me vê?

- Eu te vejo como uma mulher incrível, uma mulher que eu quero comigo para o resto da minha vida, eu te vejo como humana Mahal, eu quero e preciso de você perto de mim. O que eu fiz foi um erro, você sabia, você me disse, eu preciso de alguém como você, que não me bajule, que saiba que eu sou uma pessoa normal. - Ela só me olhava e não falava mais nada. - Por favor, volta, eu vou dar meu jeito, eles sabem que a culpa não foi sua. Eu não vim até aqui para deixar você desistir assim, eu não vou desistir de você.

- Obrigada pelas palavras, acho que já está tarde e é melhor você voltar para sua casa.

- Mahal, eu vou repetir milhões de vezes, eu não vou embora daqui sem você! 

Ela somente me olhava e não falava nada, aquele silêncio é um martírio...

- Prometo que não falarei com você amanhã, você curte o dia com as meninas e eu resolvo as coisas com meus pais, mas por favor, volta...

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