Drop everything now
Meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk
Take away the pain
'Cause I see sparks fly
Whenever you smileOctober 5th, 2015
Annabeth
— O que é isso na mesinha, Anna? — Jason perguntou, erguendo a cabeça em minha direção.
— O que? — respondi, olhando para onde sua mão indicava. Várias folhas de papel em diferentes cores estavam espalhadas sobre a mesa de centro da sala sem nenhuma organização, fazendo o ambiente parecer menor do que realmente era. — Ah, isso. Semana passada eu tive uma inspiração súbita no meio da madrugada para algumas músicas e acabei desorganizando todas as minhas partituras antigas.
— Inspiração súbita, é? — ele provocou, os cantos de seus lábios se retorcendo em um sorriso zombeteiro. — Essa inspiração tem um nome, por acaso? 1,90 de altura e cabelo bagunçado? Um sotaque britânico, talvez?
— Você larga do meu pé, Jason. Já não basta a Piper fazendo essa mesma cara safada toda vez que eu digo que o Percy passou aqui em casa.
— Então quer dizer que se eu desse uma olhada nessas letras eu não encontraria nada sobre o galã inglês?
— Exatamente, você iria encontrar coisas sobre mim — confirmei, pausando por alguns segundos quando ele me lançou um olhar desafiador. — Certo, talvez a música seja inspirada nele sim, mas tem algumas partes sobre amor no geral e alguns exageros.
— Sobre amor? — ele perguntou, levantando as sobrancelhas em descrença. — Posso? — Concordei com a cabeça.
Ele pigarreou antes de repetir as palavras que eu havia rabiscado em uma folha verde clara.
— Saúde-me, sou sua Rainha Americana — ele recitava com um sorriso no rosto, de uma forma que delatava que estava tentando imaginar o ritmo dos meus pensamentos. — E de uma vez só, você é aquele que eu tenho esperado, rei do meu coração. Corpo e alma. E de uma vez só, você é tudo o que eu quero. Nunca vou te largar, rei do meu coração. Corpo e alma.
— Anda, pode tirar sarro da letra. É brega, eu sei. Não sei se acredito muito no que escrevi.
— Qual o ritmo? — ele perguntou, se sentando para ouvir as notas sem reconhecer minha última declaração. Suspirei e cedi, sabendo que uma hora ou outra eu acabaria mesmo pedindo ajuda a Jason com a organização da melodia. — Você pode adicionar umas batidas nesse refrão — ele comentou, colocando a folha de volta na mesa e pegando um outro pedaço de papel em seu lugar. — Também pode adicionar umas marcas de oralidade, uns sons extras. Um "woah" ficaria bom nessa parte.
— Pode deixar que eu vou anotar — comentei com um sorriso.
Jason começou a batucar os dedos na coxa, como se mesmo de maneira inconsciente ainda pensassem em notas e arranjos. Ele continuou olhando para os papéis na mesa com a minha autorização, parando vez ou outra para comentar partes em voz alta.
— Espero que tenha melhorado da ressaca da noite passada, Sabidinha. Precisei sair mais cedo para gravar e não quis te acordar, mas tem um comprimido para dor de cabeça em cima da mesa de cabeceira. Dorme bem e toma o remédio, te ligo mais tarde. PS: Até dormindo você tem cara de brava, sabia disso? — ele olhou para mim por debaixo dos cílios, tirando sua atenção do bilhete com caligrafia caprichada e erguendo a sobrancelha. — Ele ainda fez um desenho de coruja no canto do post-it.
— Eu gosto de corujas — respondi simplesmente, torcendo para que minhas bochechas não tivessem mudado de cor. Levando em conta o calor que tinha passado a se estender pelo meu pescoço, sabia que essa esperança era em vão.
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Mirrorball - Percabeth
FanfictionMesmo sendo uma das cantoras românticas mais populares da atualidade, Annabeth Chase não tinha vergonha de admitir que pensava no amor como pura conveniência. Afinal, como poderia ser diferente? Ela conhecia a mídia e sabia o quão fácil um coração p...